domingo, 3 de julho de 2016

Por que defender a Constituição de 1988

Por Roberto Amaral, na revista CartaCapital:

À Constituição de 1988 são devidos 26 anos de estabilidade democrática, o mais extenso período desde 1946.

É preciso festejá-los, pois é nos momentos de segurança democrática que mais avança o processo político, e com ele se fortalecem as organizações sindicais e populares.

Temos todos os motivos (e comungamos de todos os deveres) para defender a legalidade democrática, pois, sempre que ela é rompida são os movimentos populares, os trabalhadores, os camponeses e os pobres que pagam o alto preço da fatura, seja por força das restrições impostas ao exercício da política em geral e do sindicalismo de forma específica, seja pela prática de restrições (também chamadas de ‘flexibilização’) aos direitos trabalhistas, no que, aliás já se empenha o presidente interino porque esta é, entre nós, a história recorrente dos governantes de direita.

Internet para todos, um direito social

Por Margarida Salomão, na revista Teoria e Debate:

A discussão acerca da franquia de dados para a internet fixa não está passando pela população, por mais que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) reafirme a necessidade de um amplo debate com a sociedade e com todas as partes envolvidas. Isso é conveniente para as operadoras interessadas na limitação de dados e para a própria Anatel, que chegou a ser acusada pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, de atuar como instrumento das operadoras em prejuízo dos consumidores.

Paulo Freire e a pedagogia da ignorância

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Apenas um mês atrás, um levantamento feito com base na ferramenta de busca Google Scholar apontou a Pedagogia do Oprimido, do educador brasileiro Paulo Freire (1921-1997), em terceiro lugar entre os livros mais citados por pesquisadores em Ciências Sociais de todo o mundo. O pernambucano Freire é reconhecidamente uma sumidade internacional na área da educação e deveria ser motivo de orgulho para qualquer um de nós - menos para os reaças que nunca o leram e que não sabem patavinas do que falam, mas se dedicam a atacá-lo.

A comunicação no governo Haddad

Foto: Elineudo Meira/PT-SP
Do site do PT:

O Seminário “Mídias alternativas e a comunicação na cidade de São Paulo” aconteceu neste sábado (2) na Universidade Mackenzie e destacou a importância das redes sociais e canais diversificados para a comunicação. O seminário, dividido em duas mesas de debate, faz parte da atividade de colaboração para construção do programa de governo na área de comunicação para a gestão do prefeito de São Paulo Fernando Haddad.

A conexão das redes com as ruas como meio de fortalecer a relação com a população foi um dos destaques das falas dos integrantes da primeira mesa de debate realizada no período da manhã, coordenada pelo secretário municipal de comunicação do Diretório do PT da capital,João Bravin.

Facebook pode nos deixar mais burros

Do Jornal GGN:

Recentemente o Facebook anunciou uma nova mudança no seu algoritmo que permitirá que o usuário aumente sua interação na linha do tempo com seus amigos mais próximos.

Na prática, isso quer dizer que os feeds que serão reproduzidos na timeline de cada usuário serão de pessoas mais próximas e não tanto notícias, reportagens ou de pessoas que matem pouca interação. Isso significa que a rede social aproximará cada vez mais pessoas que pensam igual e, portanto, afastará o contato do usuário com pessoas que pensam diferente dele. No artigo a seguir, assinado por Federico Nejrotti, a análise é que o novo modelo de filtro organizado pelo Facebook deixará o usuário mais burro vivendo em sua "bolha".

PSDB prepara o golpe dos golpes?

Por Tico Santa Cruz, no jornal Brasil de Fato:

Se Dilma não apontar uma perspectiva de mudança que agregue votos no Senado agora em agosto, será colocada definitivamente para fora do cargo. O Brasil ficará nas mãos do PMDB, que por sua vez está refém de Sérgio Machado e Eduardo Cunha, dois homens-bomba, que podem ser usados a qualquer momento para implodir essa "nova" formação da República.

Me parece que nem Machado quer ir para cadeia e nem Cunha quer ver sua mulher atrás das grades. Então se preparem, porque cabeças vão rolar.

Historiadores incomodam a velha mídia

O grande Marc Bloch transformou a historiografia e lutou
na resistência francesa. O frágil “Estadão” é capaz de citá-lo
e defender a velha noção de “ciência neutra”
Por Jocelito Zalla, no site Outras Palavras:

Um capítulo triste para a história da mídia impressa brasileira foi recentemente escrito por O Estado de S.Paulo. No dia 14 de junho, o jornal publicou editorial, intitulado “O lugar de Dilma na História”, que condena a participação de historiadores no movimento em defesa da democracia. Não nesses termos, evidentemente. A histórica relação do periódico com grupos políticos conservadores, e o poder econômico que eles representam, não é nenhum segredo. Seus malabarismos verbais para esconder a realidade também não são novos. No dia 2 de abril de 1964, por exemplo, o jornal noticiava o golpe militar que iniciou a última ditadura brasileira com a seguinte manchete: “Vitorioso o movimento democrático”. Mas talvez seja inédito um ataque tão explícito a profissionais que estudam o passado.

A lógica do governo golpista

Por Frei Betto, no site da Adital:

Na feliz expressão de Renato Meirelles, presidente do instituto de pesquisa Data Popular, "perder dói mais do que deixar de ganhar.”

De fato, ninguém se queixa de viajar de ônibus de São Paulo a Belo Horizonte, até o dia em que se vê em condições de cobrir o percurso em avião. Logo vê-se impossibilitado de voar e obrigado a viajar de novo por terra. Isso dói.

Essa dor da perda faz milhões de brasileiros se decepcionarem com o governo golpista de Temer. De cara, ele passou o rodo nos ministérios e secretarias especiais que, em 13 anos de governo do PT, trouxeram avanços significativos em suas respectivas áreas: Cultura, Direitos Humanos, Mulheres, Juventude e Igualdade Racial.

O trabalho infantil nos Estados Unidos

Trabalho infantil em indústria de tabaco nos EUA
Do site Vermelho:

Em 12 de junho de 2013, Dia Internacional contra o Trabalho Infantil, o secretário de estado, John Kerry, apelou à comunidade internacional de Washington com um chamado urgente a "resgatar" aos mais de 220 milhões de crianças que são explorados no mundo todo perante o olhar indiferente de seus governos. 

"Queremos que nossos aliados se unam ao compromisso que contraímos com esses milhões de meninos para serem adotadas políticas que eliminem o trabalho infantil", disse o chefe da diplomacia americana.