quarta-feira, 11 de abril de 2018

Milícia Federal ameaça movimentos sociais

Por Rodrigo Vianna, em seu blog:

A carta do Sindicato dos Delegados da Policia Federal/seção Paraná é um indicativo claro de que o setor da PF atuante na Lava-Jato se transformou numa espécie de Milícia.

A partir de hoje, os movimentos sociais, os democratas, os sindicatos e todos aqueles que se opõem ao Golpes e aos abusos dessa operação parcial e eivada de ilegalidades (Lava-Jato) deveriam se referir ao bando armado do Paraná como Milícia Federal. É a mesma Milícia que visita o acampamento durante a noite, que intimida e que abriga sob suas barbas provocadores como aquele que atacou a deputada Manuela (sim, a Milícia Federal deu guarida para o provocador, dentro de suas dependências).

A irrupção do ódio na política brasileira

Por Diogo Cunha, no site Carta Maior:

A ordem de prisão expedida pelo juiz Sérgio Moro contra o ex-presidente Lula encerra mais um capítulo – que certamente não será o último – da crise que o Brasil atravessa desde 2013. Em entrevista ao Valor Econômico, publicada no dia 2 de março passado, Wanderley Guilherme dos Santos disse que nunca se deparou com uma crise igual a que se está vivendo hoje no Brasil: “Há uma desestruturação tão grande no sistema político, uma multiplicação de centros autônomos que, todavia, não podem ser domesticados, ou enquadrados”. O decano da Ciência Política brasileira ainda comparou a atual situação brasileira a uma tragédia grega: “Na tragédia grega todos os atores agem sabendo que não vão escapar ao destino, não importa o que façam. Todos que estão, hoje, no processo político brasileiro, com as posturas que estão tendo, sabem que o que desejam não vai acontecer. Só
que não podem agir de outro jeito”. Toda crise marca uma ruptura e a manifestação de conflitos latentes na coletividade; toda crise traz consigo fenômenos que se exprimem por meio de paroxismos emocionais e irracionais. Um dos componentes mais assustadores e graves da crise brasileira que ora atravessamos é a irrupção do ódio no espaço público.

Tragédia e mitificação de Lula

Por Aldo Fornazieri, no Jornal GGN:

Carmen Lúcia desmoralizou o STF para salvar Aécio Neves, um escroque da política brasileira, um corrupto degenerado. Carmen Lúcia rasgou a Constituição, não pela primeira vez, para ver Lula na cadeia. Dizem que militantes vandalizaram o prédio onde ela tem um apartamento em Belo Horizonte. Até pode ser verdade, mas foram apenas muros, talvez vidros. E o que dizer de Carmen Lúcia que vandalizou a Constituição, texto sagrado de uma nação, cuja dever de defender ela tinha acima de todos? Ela perdeu respeito devido e seu retrato deveria frequentar o frontispício do memorial dos traidores da Constituição que se deveria construir para que esta história de tempos sombrios que estamos vivendo servisse de lição para a posteridade.

Perversa combinação: desemprego e arrocho

Por Paulo Kliass, no site Outras Palavras:

A opção relativa aos rumos para a política econômica, tal como adotada pelos sucessivos governos a partir de 2015, representou uma verdadeira tragédia para a grande maioria da população brasileira. O diagnóstico equivocado a respeito dos desequilíbrios nas contas públicas foi sendo martelado à exaustão pelos grandes meios de comunicação e pelos arautos do financismo. Como diz a música, parecia mesmo que “tá tudo dominado!” O consenso em torno da agenda conservadora era de tal ordem que Lula chega a sugerir a Dilma o nome de Henrique Meirelles para o Ministério da Fazenda. E ela acaba optando por um genérico e nomeia Joaquim Levy para o cargo no início de seu segundo mandato. O estrago estava a caminho.

Lava-Jato agora vai pegar os tucanos?

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Já estava pegando mal, dando muito na vista.

Após quatro anos de Operação Lava Jato, enquanto a cúpula do PT era dizimada, os tucanões denunciados continuavam voando livres, leves e soltos, condenando a corrupção alheia.

De repente, uma notícia aqui e outra acolá, muito discretamente, alguns figurões do PSDB começaram a aparecer no noticiário político-jurídico-policial que ocupa todos os espaços e horários mais nobres.

O presidenciável Geraldo Alckmin, o senador e ex-candidato a presidente Aécio Neves e o onipresente operador tucano Paulo Preto, um a um eles foram entrando na roda.

FHC volta a atacar

Por Marcos Coimbra, na revista CartaCapital:

Em seu mais recente artigo, Fernando Henrique Cardoso se superou. Pouca gente acreditava que conseguisse ultrapassar as marcas anteriores, mas foi além. Fez pior que de costume. 

Aproveitando-se do assassinato de Marielle Franco, é intitulado Civilização ou Barbárie, e foi publicado, como de hábito, nos Santos Evangelhos da direita brasileira, O Globo e O Estado de S. Paulo. O texto reapresenta as velhas ideias do ex-presidente e termina insinuando, pela milésima vez, que não há ninguém melhor que ele próprio para ser presidente da República.

Manipulação grotesca contra direitos de Lula

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A pressão para impedir o Supremo de realizar o debate necessário sobre o trânsito em julgado, questão que pode abrir a porta da cela solitária onde Lula se encontra confinado desde a noite de sábado, 7 de abril, confirma que a Justiça brasileira encontra-se num grau escandaloso de manipulação por interesses políticos, que nada tem a ver com o respeito a lei e a defesa da Constituição.

Para desistir de uma liminar de sua autoria que pedia o cumprimento - urgente - do artigo 5 LVII da Constituição, confirmado pelo 283 do Código de Processo Penal, o presidente do PEN, Adilson Barroso, empregou argumentos incompatíveis com os fundamentos elementares do Estado Democrático de Direito, como a imparcialidade e o respeito aos direitos de todos, qualquer que seja sua preferência política, origem social e raça.

Eleitorado à beira de uma crise de nervos

Por Reginaldo Moraes, no site Brasil Debate:

A frase de John Maynard Keynes é bem conhecida: “Quando os eventos reais de um século não perturbaram suas ilusões, o homem normal considera o que foi normal durante três gerações como parte do contexto social permanente”.

Não, não é necessário pensar a partir de um período tão longo assim – um século. Quando os eventos reais dos últimos doze anos não perturbavam as expectativas, o homem normal achava que aquilo que foi normal nesse período era parte do contexto social permanente. Mas não é. E vamos percebendo isso rapidinho, rapidinho.

Pensemos neste quadro abaixo:

Um atentado à democracia

Por Guilherme Boulos e Manuela D´Ávila, no Blog do Renato:

Os tempos em que vivemos representam o maior ataque à democracia desde o fim da ditadura militar. O golpe parlamentar que colocou Temer no poder, a execução de Marielle Franco e Anderson Gomes e a ofensiva contra Lula, do atentado a sua caravana à absurda e ilegal decisão de prendê-lo, exigem unidade da esquerda pela defesa da democracia e contra a escalada de violência fascista no país.

Como pré-candidatos à Presidência, temos clareza de que diferenças programáticas para as eleições não impedem nossa unidade como reação ao momento sombrio atual.

Agressão a jornalistas gera preocupação

Por Cristiane Sampaio, no jornal Brasil de Fato:

A violência contra profissionais de imprensa no exercício da função está no centro das preocupações de trabalhadores e entidades representativas. Na semana passada, diante da prisão do ex-presidente Lula (PT), o país registrou não só uma intensificação dos protestos de rua, mas também novas agressões contra profissionais que atuam na cobertura jornalística.

A fotógrafa free lancer Bárbara Cabral, que trabalha em Brasília, foi uma das vítimas. Na última quinta-feira (5), ao chegar ao local onde acompanharia uma manifestação, ela e a repórter com quem estava tiveram o carro da equipe atacado por manifestantes.

O juiz Sergio Bolsomoro

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O juiz Sérgio Bolsomoro resolveu restringir ao máximo as visitas e a comunicação de Lula com o mundo exterior.

Uma visita por semana, e olhe lá.

Menos não poderia dar, porque assim o impedem a Lei das Execuções Penais, que impede a privação de visitas – inclusive de amigos – e as chamadas “Regras de Mandela”, um documento da ONU que define direitos mínimos dos que estão presos.