quinta-feira, 19 de março de 2015

Mídia: confundir para convencer

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

As edições dos jornais de quinta-feira (19/3) tiram do anonimato o relatório que critica a política de comunicação do governo federal. Segundo a imprensa, o autor do documento seria o próprio ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Thomas Traumann. Ou seja, na versão que se discute publicamente, o ministro teria feito uma autocrítica devastadora e em seguida se ausentou do país, para atender a uma irmã que se encontra em tratamento médico nos Estados Unidos.

Eduardo Cunha, o poderoso “achacador”!

Por Altamiro Borges

Vitoriosa na eleição presidencial, Dilma Rousseff sofreu um duro revés na disputa para o Congresso Nacional e agora é refém de um parlamento ultraconservador – o pior desde o fim da ditadura militar. A cena deprimente da noite desta quarta-feira (18), quando o lobista Eduardo Cunha, presidente da Câmara Federal, anunciou com arrogância a queda do ministro Cid Gomes, da Educação, é mais uma prova da delicada situação da presidenta reeleita. Apesar de listado na Operação Lava-Jato e acusado em outros escândalos de corrupção, o “peemedebista rebelde” – como gosta de paparicar a mídia oposicionista – segue posando de valente, esbanjando superpoderes.

Greve dos professores. Cadê a Globo?

Por Altamiro Borges

Os professores da rede estadual de ensino de São Paulo estão em greve desde segunda-feira (16). A adesão está crescendo. Segundo Maria Izabel de Azevedo Noronha, a Bebel, presidente do sindicato único da categoria (Apeoesp), no segundo dia de paralisação o movimento já contava com 30% de participação em todos os municípios do Estado. Passeatas e assembleias dos professores agitam São Paulo. Apesar disto, a mídia privada e privatista até agora não deu qualquer destaque para a greve. Bem diferente da postura adotada na cobertura 'jornalística' dos protestos golpistas de domingo (15).

Obama prepara o cerco à Venezuela

Josetxo Ezcurra/Rebelión
Por Mark Weisbrot, no site Outras Palavras:

Em 10 de março, a Casa Branca deu mais um passo rumo ao teatro do absurdo, ao declarar “emergência nacional com respeito à inusual e extraordinária ameaça à segurança nacional e à política exterior dos EUA que se manifesta na situação na Venezuela” – como o presidente Obama escreveu em carta que enviou ao presidente do Congresso, John Boehner.

Falta ver se alguém, do valente corpo de jornalistas que cobre a Casa Branca, terá coragem de perguntar o que, afinal, o chefe do executivo da nação mais poderosa do universo pensou que estivesse dizendo na tal carta. O quê?! Estará a Venezuela financiando iminente ataque de terroristas contra os EUA? Planeja invadir território norte-americano? Está construindo bomba atômica?

O jornal antinacional da TV Globo

Por José Carlos de Assis, no Jornal GGN:

Em artigo anterior expus os vícios praticados pelos noticiaristas e comentaristas da Globo na cobertura distorcida do noticiário nacional. Agora vou acabar o serviço fazendo uma análise sumária do noticiário internacional. Este é o campo preferido de William Wack, onde, com seus esgares característicos, ele nada de braçadas, ora vocalizando os interesses do Departamento de Estado americano, ora fulminando com a política de integração sul americana iniciada na gestão de Lula e aprofundada no governo Dilma.

Enfrentar o cerco da direita nas ruas!

Editorial do jornal Brasil de Fato:

O cerco político da direita se intensifica. A propaganda explícita que os meios de comunicação, especialmente a Rede Globo fez para fortalecer a manifestação do dia 15 de março escancara a dimensão do ataque ao governo Dilma. A Rede Globo perdeu qualquer pudor em aparentar uma neutralidade jornalística, transformando-se na porta voz desta ofensiva da direita.

Os protestos contra o McDonald's

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Os trabalhadores do McDonald’s em 19 cidades nos Estados Unidos foram à Justiça esta semana contra as condições de trabalho na rede de fast-food mais conhecida do mundo. Eles acusam a empresa de não equipá-los adequadamente, de não possuir kit de primeiros-socorros em suas lojas e de sugerir aos empregados que passem mostarda, manteiga, maionese ou ketchup para “curar” as queimaduras que sofrem fritando batatas em óleo borbulhante e grelhando hambúrgueres na chapa. A campanha #BurnedByFastFood está nas redes sociais desde segunda-feira para chamar a atenção para o problema.

Os reais problemas da presidenta Dilma

Por Maria Inês Nassif, no site Carta Maior:

Para o governo, para as forças progressistas e para a democracia, o problema não é o que aconteceu nas ruas no domingo, dia 15 de março. O problema é o que deixou de acontecer nas ruas na sexta-feira, 13.

O domingo é um repetitivo terceiro turno. São Paulo, o grande enclave conservador do país, levou às ruas o maior contingente contra a presidenta Dilma Rousseff e abrigou, sem qualquer conflito, forças a favor do impeachment e até uma extrema-direita virulenta que pedia, cartazes em punho, a intervenção militar contra o governo do PT.

Armínio Fraga é investigado... nos EUA

Por Amaury Ribeiro, no portal R7:

O fundo intitulado Armínio Fraga Neto Fundação Gávea, do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, é investigado nos Estados Unidos por ter transferido US$ 4,4 milhões de uma conta nas ilhas Cayman para outra conta do HSBC na Suíça. A informação é de uma fonte do FBI, polícia federal norte-americana.

Documentos apontam ainda que, para supostamente evitar a tributação de impostos, Fraga teria declarado à Receita Federal que o fundo era filantrópico, ou seja, isento de tributos.

Dinheiro da Suíça para o PSDB pode?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O novo capítulo da “novela” das contas do HSBC, agora mostrando que os titulares de contas numeradas daquele banco, na Suíça, irrigaram com pelo menos R 5,8 bilhões as campanhas eleitorais do ano passado, com nítida preferência (R$ 2,9 milhões, a metade do total) pelos candidatos tucanos, inclusive Aécio Neves, mostra o quanto de hipocrisia há no financiamento privado das campanhas.