Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
O novo capítulo da “novela” das contas do HSBC, agora mostrando que os titulares de contas numeradas daquele banco, na Suíça, irrigaram com pelo menos R 5,8 bilhões as campanhas eleitorais do ano passado, com nítida preferência (R$ 2,9 milhões, a metade do total) pelos candidatos tucanos, inclusive Aécio Neves, mostra o quanto de hipocrisia há no financiamento privado das campanhas.
O dinheiro doado veio de lá? Sim ou não, tanto faz, saiu do mesmo bolo e há uma completa impossibilidade de separar – senão por má-fé e exploração política – o que é dado a um partido ou político do que é dado a outro.
Porque não é preciso dizer que, não fossem Armínio Fraga e Aécio Neves alguns dos personagens deste imbroglio, mas Dilma e, por exemplo, Henrique Meirelles, já haveria algum tucano, histérico, empoleirado em microfones e câmeras de televisão, a gritar o curupaco de “corrupção, corrupção”.
Ter conta na Suíça, repetem e repetem as reportagens, não é, por si, ilegal, se estiverem informadas ao Fisco. Mas é, por si, imoral – a menos que o sujeito viva por lá, obvio – porque denota a fuga esperta aos deveres tributários aqui, por caminhos e descaminhos que não se oferecem aos democráticos mortais como nós.
Alguém pode argumentar que são empresários e o dinheiro é deles, não do povo. Além dos impostos burlados, que são do povo, mais dele provém também do povo, que paga pelos juros que auferem na especulação e nos produtos que consome. Um deles, até, é beneficiário de uma família que enriqueceu operando os modestos “vale-refeição” de trabalhadores, a VR.
E os candidatos com isso? Nada, porque esta é a regra perversa, que o ministro Gilmar Mendes vem perpetuando, que rege o financiamento de campanhas eleitorais.
Aí está, evidente, o caminho de uma forte moralização da política no Brasil.
O resto é hipocrisia. E, portanto, imoral.
O novo capítulo da “novela” das contas do HSBC, agora mostrando que os titulares de contas numeradas daquele banco, na Suíça, irrigaram com pelo menos R 5,8 bilhões as campanhas eleitorais do ano passado, com nítida preferência (R$ 2,9 milhões, a metade do total) pelos candidatos tucanos, inclusive Aécio Neves, mostra o quanto de hipocrisia há no financiamento privado das campanhas.
O dinheiro doado veio de lá? Sim ou não, tanto faz, saiu do mesmo bolo e há uma completa impossibilidade de separar – senão por má-fé e exploração política – o que é dado a um partido ou político do que é dado a outro.
Porque não é preciso dizer que, não fossem Armínio Fraga e Aécio Neves alguns dos personagens deste imbroglio, mas Dilma e, por exemplo, Henrique Meirelles, já haveria algum tucano, histérico, empoleirado em microfones e câmeras de televisão, a gritar o curupaco de “corrupção, corrupção”.
Ter conta na Suíça, repetem e repetem as reportagens, não é, por si, ilegal, se estiverem informadas ao Fisco. Mas é, por si, imoral – a menos que o sujeito viva por lá, obvio – porque denota a fuga esperta aos deveres tributários aqui, por caminhos e descaminhos que não se oferecem aos democráticos mortais como nós.
Alguém pode argumentar que são empresários e o dinheiro é deles, não do povo. Além dos impostos burlados, que são do povo, mais dele provém também do povo, que paga pelos juros que auferem na especulação e nos produtos que consome. Um deles, até, é beneficiário de uma família que enriqueceu operando os modestos “vale-refeição” de trabalhadores, a VR.
E os candidatos com isso? Nada, porque esta é a regra perversa, que o ministro Gilmar Mendes vem perpetuando, que rege o financiamento de campanhas eleitorais.
Aí está, evidente, o caminho de uma forte moralização da política no Brasil.
O resto é hipocrisia. E, portanto, imoral.
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