Por Altamiro Borges
Vitoriosa na eleição presidencial, Dilma Rousseff sofreu um duro revés na disputa para o Congresso Nacional e agora é refém de um parlamento ultraconservador – o pior desde o fim da ditadura militar. A cena deprimente da noite desta quarta-feira (18), quando o lobista Eduardo Cunha, presidente da Câmara Federal, anunciou com arrogância a queda do ministro Cid Gomes, da Educação, é mais uma prova da delicada situação da presidenta reeleita. Apesar de listado na Operação Lava-Jato e acusado em outros escândalos de corrupção, o “peemedebista rebelde” – como gosta de paparicar a mídia oposicionista – segue posando de valente, esbanjando superpoderes.
As dificuldades da gelatinosa base governista – que podem inclusive facilitar um futuro processo de impeachment contra Dilma – são motivo de festa para os barões da mídia e para a rancorosa oposição direitista. Em manchete nesta quinta-feira, a Folha tucana não escondeu a sua torcida pela implosão da frágil base de sustentação do governo. “Após bate-boca na Câmara, Eduardo Cunha anuncia queda de ministro”, estampou na capa. A reportagem é puro veneno, insinuando que o país está a beira de uma crise institucional:
“Enfrentando protestos de rua e reprovada por 62% da população antes de três meses de governo, a presidente Dilma Rousseff foi obrigada a aceitar a demissão do seu ministro da Educação, Cid Gomes, para evitar que o PMDB deixasse de apoiá-la na Câmara e agravasse ainda mais a crise política. Em uma situação inédita e constrangedora para o Planalto, a demissão foi anunciada em primeira mão pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), desafeto de Dilma”. Toda a crise decorreu de uma palestra de Cid Gomes, presidente do Pros, para jovens do Pará, em que ele afirmou que “há 400 ou 300 achacadores” no Congresso. A frase irritou o lobista Eduardo Cunha e forçou a exoneração do ministro.
Aos jornalistas, Cid Gomes afirmou que pediu demissão para não prejudicar o governo na sua relação com o Legislativo. Ele ainda reafirmou suas críticas aos “achacadores” e, principalmente, ao deputado Eduardo Cunha. “Tem muita gente que fala em corrupção. Parece uma coisa intrínseca ao governo, mas o que Dilma está fazendo é exatamente limpar o governo de corrupção que aconteceu no passado. É por isso que a gente vive uma crise”. Em outra entrevista, o ex-ministro disparou: “Considero o parlamento fundamental para a democracia. O lamentável é a sua composição, e a forma de se relacionar com o poder. Virou o antipoder. Ou tomam parte do poder, ou apostam no quanto pior, melhor, para assumir o poder e muitas vezes fazer as mesmas coisas que se está fazendo, ou pior”.
No outro extremo, irônico e arrogante, o lobista Eduardo Cunha festejou a saída de Cid Gomes e os golpistas fizeram a festa. “Não precisamos de oposição nesta casa. Este governo produz uma crise por dia”, ironizou o líder dos demos, o “ético” Mendonça Filho (PE). O cambaleante Aécio Neves, que até agora não se curou da ressaca das eleições presidenciais, também aproveitou para afirmar que “o governo Dilma acabou”. A cena deprimente confirma que será necessária muita pressão das ruas para evitar retrocessos políticos no Brasil! Da atual composição conservadora e “achacadora” do Congresso Nacional não dá mesmo para esperar mais nada!
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Vitoriosa na eleição presidencial, Dilma Rousseff sofreu um duro revés na disputa para o Congresso Nacional e agora é refém de um parlamento ultraconservador – o pior desde o fim da ditadura militar. A cena deprimente da noite desta quarta-feira (18), quando o lobista Eduardo Cunha, presidente da Câmara Federal, anunciou com arrogância a queda do ministro Cid Gomes, da Educação, é mais uma prova da delicada situação da presidenta reeleita. Apesar de listado na Operação Lava-Jato e acusado em outros escândalos de corrupção, o “peemedebista rebelde” – como gosta de paparicar a mídia oposicionista – segue posando de valente, esbanjando superpoderes.
As dificuldades da gelatinosa base governista – que podem inclusive facilitar um futuro processo de impeachment contra Dilma – são motivo de festa para os barões da mídia e para a rancorosa oposição direitista. Em manchete nesta quinta-feira, a Folha tucana não escondeu a sua torcida pela implosão da frágil base de sustentação do governo. “Após bate-boca na Câmara, Eduardo Cunha anuncia queda de ministro”, estampou na capa. A reportagem é puro veneno, insinuando que o país está a beira de uma crise institucional:
“Enfrentando protestos de rua e reprovada por 62% da população antes de três meses de governo, a presidente Dilma Rousseff foi obrigada a aceitar a demissão do seu ministro da Educação, Cid Gomes, para evitar que o PMDB deixasse de apoiá-la na Câmara e agravasse ainda mais a crise política. Em uma situação inédita e constrangedora para o Planalto, a demissão foi anunciada em primeira mão pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), desafeto de Dilma”. Toda a crise decorreu de uma palestra de Cid Gomes, presidente do Pros, para jovens do Pará, em que ele afirmou que “há 400 ou 300 achacadores” no Congresso. A frase irritou o lobista Eduardo Cunha e forçou a exoneração do ministro.
Aos jornalistas, Cid Gomes afirmou que pediu demissão para não prejudicar o governo na sua relação com o Legislativo. Ele ainda reafirmou suas críticas aos “achacadores” e, principalmente, ao deputado Eduardo Cunha. “Tem muita gente que fala em corrupção. Parece uma coisa intrínseca ao governo, mas o que Dilma está fazendo é exatamente limpar o governo de corrupção que aconteceu no passado. É por isso que a gente vive uma crise”. Em outra entrevista, o ex-ministro disparou: “Considero o parlamento fundamental para a democracia. O lamentável é a sua composição, e a forma de se relacionar com o poder. Virou o antipoder. Ou tomam parte do poder, ou apostam no quanto pior, melhor, para assumir o poder e muitas vezes fazer as mesmas coisas que se está fazendo, ou pior”.
No outro extremo, irônico e arrogante, o lobista Eduardo Cunha festejou a saída de Cid Gomes e os golpistas fizeram a festa. “Não precisamos de oposição nesta casa. Este governo produz uma crise por dia”, ironizou o líder dos demos, o “ético” Mendonça Filho (PE). O cambaleante Aécio Neves, que até agora não se curou da ressaca das eleições presidenciais, também aproveitou para afirmar que “o governo Dilma acabou”. A cena deprimente confirma que será necessária muita pressão das ruas para evitar retrocessos políticos no Brasil! Da atual composição conservadora e “achacadora” do Congresso Nacional não dá mesmo para esperar mais nada!
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