Por Altamiro Borges
Os professores da rede estadual de ensino de São Paulo estão em greve desde segunda-feira (16). A adesão está crescendo. Segundo Maria Izabel de Azevedo Noronha, a Bebel, presidente do sindicato único da categoria (Apeoesp), no segundo dia de paralisação o movimento já contava com 30% de participação em todos os municípios do Estado. Passeatas e assembleias dos professores agitam São Paulo. Apesar disto, a mídia privada e privatista até agora não deu qualquer destaque para a greve. Bem diferente da postura adotada na cobertura 'jornalística' dos protestos golpistas de domingo (15).
Os professores da rede estadual de ensino de São Paulo estão em greve desde segunda-feira (16). A adesão está crescendo. Segundo Maria Izabel de Azevedo Noronha, a Bebel, presidente do sindicato único da categoria (Apeoesp), no segundo dia de paralisação o movimento já contava com 30% de participação em todos os municípios do Estado. Passeatas e assembleias dos professores agitam São Paulo. Apesar disto, a mídia privada e privatista até agora não deu qualquer destaque para a greve. Bem diferente da postura adotada na cobertura 'jornalística' dos protestos golpistas de domingo (15).
A TV Globo, por exemplo, deslocou repórteres a várias cidades paulistas para divulgar as marchas da direita fascista. Teve até jornalista de capacete cobrindo o "ato pela democracia" na Avenida Paulista e programas de esporte sendo usados para "convocar" as famílias revoltadas com a derrota nas urnas nas eleições presidenciais de outubro passado. A mídia privada, em especial a Rede Globo, atiçou e festejou o resultado dos protestos pelo impeachment da presidenta Dilma e pela volta dos militares ao poder. Já no caso da greve dos professoras, ela simplesmente tenta invisibilizar a luta da categoria.
A categoria reivindica melhores condições de trabalho, o que inclui o desmembramento das salas de aula superlotadas, melhorando as condições para docentes e estudantes, e aumento de 75,33% para a equiparação salarial com os demais profissionais com formação de nível superior, conforme fixa o Plano Nacional de Educação (PNE). A greve serve também para denunciar o descaso do governo tucano de Geraldo Alckmin - sempre tão blindado pela mídia.
"Segundo a Apeoesp, a Secretaria da Educação fechou 3.390 classes, sendo 3.300 apenas de ensino médio, neste ano. O dado é referente a 73 regiões do estado. A ação agravou a superlotação. Turmas do ensino regular chegam a ter 60 alunos por sala e as classes de Educação de Jovens e Adultos (EJA), até 91 alunos. Além disso, o governo estadual cortou verbas das escolas, muitas das quais não têm recursos nem sequer para comprar papel higiênico. Quanto aos recursos humanos, foi reduzido o número de coordenadores pedagógicos, profissionais fundamentais ao planejamento e execução do trabalho nas escolas, o que piora ainda mais a qualidade do ensino. Sem contar o grande número de escolas que dispensam os alunos mais cedo por falta de água", descreve matéria da Rede Brasil Atual.
"Segundo a Apeoesp, a Secretaria da Educação fechou 3.390 classes, sendo 3.300 apenas de ensino médio, neste ano. O dado é referente a 73 regiões do estado. A ação agravou a superlotação. Turmas do ensino regular chegam a ter 60 alunos por sala e as classes de Educação de Jovens e Adultos (EJA), até 91 alunos. Além disso, o governo estadual cortou verbas das escolas, muitas das quais não têm recursos nem sequer para comprar papel higiênico. Quanto aos recursos humanos, foi reduzido o número de coordenadores pedagógicos, profissionais fundamentais ao planejamento e execução do trabalho nas escolas, o que piora ainda mais a qualidade do ensino. Sem contar o grande número de escolas que dispensam os alunos mais cedo por falta de água", descreve matéria da Rede Brasil Atual.
*****
Leia também:
3 comentários:
Amigo Altamiro,tenho uma sugestão a lhe fazer,porque você e os outros blogueiros ditos sujos,não pedem ou participam de coletiva de imprensa feita por Dilma ou o palacio do planalto?vocês teria a oportunidade de ouro em rede nacional de passar nessa mídia burguesa as perguntas que todo jornalista de verdade deveria fazer ao governo,aguardo respostas
Fernando, sugestão 10.
Tenho vergonha de ser professor neste Estado. Vergonha de não ser valorizado pelo governo pela mídia e por grande parte da população. Em pensar que oito anos de universidade são julgados como lixo por uma grande maioria. Vergonha de ver a situação das salas de aula, falta de estrutura, falta de verba para melhoria da educação, passeios culturais, cursos de formação. Vergonha de ver escolas virando depósito de adolescentes, desperdício de talentos. Vergonha de ver o pouco valor que a educação tem para os governantes. Vergonha em saber que diante desse quadro não há futuro melhor para ocidadao
Postar um comentário