sábado, 22 de dezembro de 2018

Queiroz será o PC Farias de Bolsonaro?

Por Altamiro Borges

Pela segunda vez em uma semana, Fabrício Queiroz, ex-motorista do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), faltou a um depoimento marcado na sede do Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro nesta sexta-feira (21). Na quarta-feira, o motivo alegado pelos advogados para a sua ausência foi a de que ele teve “uma inesperada crise de saúde”. Agora, novamente, a desculpa foi a de que o já famoso aspone da famiglia Bolsonaro “precisou ser internado na data de hoje, para realização de um procedimento invasivo com anestesia, o que será devidamente comprovado, posteriormente, através dos respectivos laudos médicos”. Diante de tantos e inesperados problemas de saúde, muita gente já teme pelo pior para a vida do ilustre “laranja”. Muitos lembram da surpreendente morte de PC Farias, o operador do ex-presidente Collor de Mello.

Abril sem Civitas e Globo sem Marinhos

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Na prática, a Editora Abril fechou hoje.

As portas continuarão sendo abertas, as revistas – nem todas – vão para as bancas, os anúncios continuarão – em menor quantidade – a ser postos em suas páginas.

Veja continuará a ter seu lugar nas salas de espera dos consultórios.

A editora, entretanto, deu seu último suspiro, encerrando uma trajetória que foi marcada por cumes e esgotos desde que a empresa, há quase 60 anos, lançou-se no campo do jornalismo, primeiro com Realidade, logo depois com a Exame e a Veja de Mino Carta.

Chico Mendes: um legado a defender

Por Rosilene Corrêa, no jornal Brasil de Fato:

Ouvir a frase que ecoava repetidas vezes “Ninguém abandona a defesa dos povos da floresta e ninguém desiste do legado de Chico Mendes”, durante o Encontro para celebrar a memória desse líder de tantos legados, nos enchia de emoção e renovou nossa esperança – do verbo esperançar, na construção de trincheiras de resistência.

Um pouco de história


Cinco razões para defender Battisti

Por Igor Fuser, no site Outras Palavras:

No momento em que escrevo estas linhas, o escritor Cesare Battisti, de 63 anos, estrangeiro regularmente residente no Brasil por decisão de todas as instâncias cabíveis dos poderes públicos deste país, exerce o direito mais fundamental de todo ser humano: o de preservar, por qualquer meio, sua vida e sua liberdade.

Cada dia que Battisti sobrevive à caçada policial é um desgosto para Jair Bolsonaro, impedido de pôr em prática sua concepção ditatorial que encara o cargo de Presidente da República como uma carta branca para qualquer tipo de arbítrio.

Uma inovação brasileira: o fascismo servil

Por Rogério de Campos, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

Em 2002, os primeiros ministros Tony Blair e José María Aznar levaram à cúpula da União Europeia a proposta de punir com sanções econômicas os países de origem de imigrantes indesejáveis. A proposta causou escândalo porque explicitava o desejo de que governos dos países da África, por exemplo, transformassem-se em “carcereiros dos seus cidadãos” [1]. O novo modelo de Estado para o Terceiro Mundo, na proposta de Blair e Aznar, seria um que, além de cumprir a tradicional tarefa de garantir o fornecimento de matéria prima para o Primeiro Mundo a baixo custo, passaria a vigiar para que seus habitantes não tentassem escapar da miséria provocada por esse baixo custo. Nações pobres se tornariam grandes campos de trabalho forçado, com seus cidadãos impedidos de fugir.

2018: todos ficamos a perigo

Por Wladimir Pomar, no site Correio da Cidadania:

O ano de 2018 cer­ta­mente se trans­formou num di­visor de águas no pro­cesso de de­sen­vol­vi­mento histó­rico da so­ci­e­dade bra­si­leira. Por isso é ine­vi­tável que, numa re­senha a res­peito do que acon­teceu ao longo de seus meses, seja ne­ces­sário buscar num pas­sado mais lon­gínquo as raízes desse salto his­tó­rico.

Apesar das di­fe­renças é pos­sível com­parar o sig­ni­fi­cado dos acon­te­ci­mentos mar­cantes de 2018 com os de 1937 e 1964. Em 1937 houve um golpe civil de ten­dência fas­cista apoiado pelos mi­li­tares; em 1964, em­bora nin­guém o tenha ca­rac­te­ri­zado como fas­cista, o golpe foi re­a­li­zado pelos mi­li­tares com apoio civil de cor­rentes con­ser­va­doras e re­a­ci­o­ná­rias de ten­dência ni­ti­da­mente fas­cista. Em 2018, embora a rigor não tenha ha­vido golpe idên­tico àqueles dois, é pre­ciso lem­brar tanto o golpe parlamentar an­te­ci­pado de im­pe­di­mento da pre­si­dente Dilma, em 2016, assim como a pro­posta aberta­mente fas­cista ven­ce­dora da eleição pre­si­den­cial.