Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Na prática, a Editora Abril fechou hoje.
As portas continuarão sendo abertas, as revistas – nem todas – vão para as bancas, os anúncios continuarão – em menor quantidade – a ser postos em suas páginas.
Veja continuará a ter seu lugar nas salas de espera dos consultórios.
A editora, entretanto, deu seu último suspiro, encerrando uma trajetória que foi marcada por cumes e esgotos desde que a empresa, há quase 60 anos, lançou-se no campo do jornalismo, primeiro com Realidade, logo depois com a Exame e a Veja de Mino Carta.
É apenas uma questão de tempo para que seus títulos sejam encerrados ou vendidos, “avulsos” ou em lotes.
Ricos, muito ricos, os netos livram-se da carcaça da empresa que, durante os últimos 30 anos deitou regras sobre como o Brasil deveria ser dirigido e como deveriam proceder seus governantes, liquidou o império editorial criado por Victor e Roberto Civita.
Saem fazendo aquilo que dizem ser o horror dos horrores quando se trata de países, mas acham natural quando acontece com empresas: um calote de R$ 1,6 bilhões, em troca de pagarem apenas 8% do que devem, ainda assim a perder de vista, em 18 anos.
Imaginem o que aconteceria se o Brasil oferecesse aos detentores dos títulos de nossa dívida condições apenas um décimo destas? Seria mesmo um “plano comunista” a ser enfrentado com intervenção militar, não é?
O comprador formal não importa, é um negócio entre bancos: os aventureiros do BTG Pactual de um lado e Bradesco, Itaú e Santander de outro, fazendo trocas contábeis de dívidas, fixando preços fictícios, providenciando ganhos com o calote em direitos trabalhistas e tudo o mais que se puder criar nos laboratórios de “soluções criativas” com que a picaretagem financeira hoje lida.
É bom que se observe bem este processo de esvaziamento do poder da Abril e, afinal, de sua morte.
Ele já está em curso com a Globo e os interesses representados por Edir Macedo – e estes interesses não são apenas os de sua Igreja Universal – percebem e estão bem posicionados para explorar todas as possibilidades que o novo governo lhes dá.
As portas continuarão sendo abertas, as revistas – nem todas – vão para as bancas, os anúncios continuarão – em menor quantidade – a ser postos em suas páginas.
Veja continuará a ter seu lugar nas salas de espera dos consultórios.
A editora, entretanto, deu seu último suspiro, encerrando uma trajetória que foi marcada por cumes e esgotos desde que a empresa, há quase 60 anos, lançou-se no campo do jornalismo, primeiro com Realidade, logo depois com a Exame e a Veja de Mino Carta.
É apenas uma questão de tempo para que seus títulos sejam encerrados ou vendidos, “avulsos” ou em lotes.
Ricos, muito ricos, os netos livram-se da carcaça da empresa que, durante os últimos 30 anos deitou regras sobre como o Brasil deveria ser dirigido e como deveriam proceder seus governantes, liquidou o império editorial criado por Victor e Roberto Civita.
Saem fazendo aquilo que dizem ser o horror dos horrores quando se trata de países, mas acham natural quando acontece com empresas: um calote de R$ 1,6 bilhões, em troca de pagarem apenas 8% do que devem, ainda assim a perder de vista, em 18 anos.
Imaginem o que aconteceria se o Brasil oferecesse aos detentores dos títulos de nossa dívida condições apenas um décimo destas? Seria mesmo um “plano comunista” a ser enfrentado com intervenção militar, não é?
O comprador formal não importa, é um negócio entre bancos: os aventureiros do BTG Pactual de um lado e Bradesco, Itaú e Santander de outro, fazendo trocas contábeis de dívidas, fixando preços fictícios, providenciando ganhos com o calote em direitos trabalhistas e tudo o mais que se puder criar nos laboratórios de “soluções criativas” com que a picaretagem financeira hoje lida.
É bom que se observe bem este processo de esvaziamento do poder da Abril e, afinal, de sua morte.
Ele já está em curso com a Globo e os interesses representados por Edir Macedo – e estes interesses não são apenas os de sua Igreja Universal – percebem e estão bem posicionados para explorar todas as possibilidades que o novo governo lhes dá.
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