terça-feira, 13 de dezembro de 2022

Bolsonaristas tentam invadir PF. Cadê o líder?

Diplomação de Lula e a violência bolsonarista

O terror golpista em Brasília

A ordem contra a desordem terá de ser dada

Charge: Laerte
Por Fernando Brito, em seu blog:

A manchete do site do Estadão – Primeira ordem de Lula a chefes das Forças Armadas será acabar com atos bolsonaristas em quartéis – dá bem a medida à situação a que o país está entregue nos próximos 18 dias, tempo que resta para que deixemos de ter um chefe de governo criminoso.

Os eventos de ontem – que não deveriam surpreender ninguém, de tão previsíveis e até anunciados que foram – não serão os últimos e não são iguais ao que os selvagens do trumpismo praticaram, em seu inconformismo com a vitória de Joe Biden.

E não são por uma simples razão: ali, apesar da demora e das vacilações, o poder de Estado se lançou contra os que queriam derrubá-lo, enquanto aqui, os chefes da “lei e da ordem” agem num terreno pantanoso entre a leniência e a cumplicidade com a subversão da ordem democrática e o resultado do pleito eleitoral.

Lula: primeiros nomes e Haddad na Fazenda

Por Paulo Kliass, no site Vermelho:


Pouco a pouco, Lula vai revelando os nomes de seus principais colaboradores para o começo de seu terceiro mandato em janeiro próximo. Apesar da intenção inicial declarada de que não aceitaria pressões e deixaria a divulgação para um período mais próxima da posse, a dinâmica da política terminou por precipitar a antecipação de alguns integrantes de cargos considerados mais sensíveis na Esplanada. Assim, às vésperas do jogo em que a seleção brasileira foi eliminada da Copa do Mundo da FIFA no Qatar, o presidente eleito anunciou os cinco primeiros nomes de sua equipe. E assim foram confirmados: i) Ruy Costa para a Casa Civil; ii) Mauro Vieira para as Relações Exteriores; iii) Flávio Dino para a Justiça; iv) José Mucio para a Defesa; e, v) Fernando Haddad para a Fazenda.

Bolsonaro caminha em direção ao penhasco

Charge: Bacellar
Por Moisés Mendes, em seu blog:

Todos os que tentaram uma saída menos previsível para Bolsonaro acabaram fracassando. Não há caminho de volta para quem nunca soube nem mesmo andar para os lados.

Bolsonaro insiste no cenário do caos porque não obteve o que tentou negociar. Porque não confia mais nos interlocutores e sabe que a outra alternativa é a certeza de um fim terrível, possivelmente preso.

Entre ir direto em direção ao final que já está escrito, sem resistir, e testar seus limites até a última hora, optou pelo tudo ou nada, mesmo que o mais provável seja o nada.

À sua frente, só um arbusto, que pode ser uma miragem, e o penhasco. O arbusto é onde ele ainda enxerga resistência e onde Luis Roberto Barroso só vê manés.

Bolsonaro foi informado por sua intuição precária, por recados diretos ou por senhas e sinais falsos, que ainda há uma chance. Com muita bagunça nas ruas, com cerco à Polícia Federal, incêndios, correrias e pânico.

Terrorismo em Brasília e a guerra fascista

Charge: Aroeira
Por Jeferson Miola, em seu blog:


A eleição de 2022 foi a batalha central da guerra fascista-bolsonarista contra a democracia.

Apesar da derrota institucional da máquina de crime eleitoral da chapa militar Bolsonaro/Braga Netto, os fascistas não desistirão da guerra para destruir a democracia e o Estado de Direito com o objetivo de implantar um regime fascista-militar com o emprego de métodos terroristas.

O Brasil é um dos principais epicentros internacionais da escalada da extrema-direita que amedronta o mundo inteiro.

A diplomação da chapa eleita Lula/Alckmin [12/12], providencialmente antecipada em razão disso, teve um significado maior que a “mera” formalidade republicana de encerramento do processo eleitoral.

Carregada de simbologias, a solenidade representou a materialização de um pacto nacional amplo em defesa da democracia.

Nenhum terrorista bolsonarista foi preso

Charge: Nando Motta
Por Victor Dias, no Diário do Centro do Mundo:


Terroristas bolsonaristas deflagraram uma série de atos de vandalismo em Brasília na noite de segunda-feira (12). Carros e ônibus foram danificados e incendiados. Os golpistas entraram em confronto com a Polícia Militar. Nenhum apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) foi preso até a atualização desta reportagem.

Os atos de vandalismo começaram na frente da Polícia Federal, na Asa Norte, por volta de 19h30, após o cumprimento de um mandado de prisão temporária contra o indígena José Acácio Tserere Xavante, apoiador de Bolsonaro.

A prisão do indígena aconteceu por determinação do STF e atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República. A PGR e o STF afirmam que o Tserere é investigado por participar de atos golpistas e reunir pessoas para cometer crimes.

Congresso, garimpo e crime

Estrada ilegal na Terra Indígena Yanomami
Foto: Valentina Ricardo/Greenpeace
Por Cristina Serra, em seu blog:


O anteprojeto do novo Código de Mineração, aprovado por um Grupo de Trabalho (GT) na Câmara dos Deputados, é um exemplo de como parlamentares podem agir como despachantes de poderosos grupos econômicos em vez de propor leis que contemplem os interesses mais amplos da sociedade.

O código vigente é de 1967 e precisa, de fato, ser atualizado. Assunto de tamanha importância deveria ter tramitado nas comissões da Câmara. Mas o presidente da casa, Arthur Lira, preferiu criar um GT, onde o rito é mais acelerado e distante do monitoramento público.

O tal GT privilegiou audiências com lobistas da indústria da mineração e, sobretudo, do garimpo. O projeto, relatado pelo deputado Joaquim Passarinho (PL-PA), resultou num texto sob medida para facilitar a atividade garimpeira. O garimpo ganha de presente “prioridade”, “exclusividade” e “simplificação” de processos. É um prêmio injustificado para um setor que não sai das páginas policiais por crimes como trabalho escravo, destruição ambiental, invasão de terra indígena e lavagem de dinheiro.

Vitória assediada pela tragédia assassina

Bolsonaristas incendiaram ônibus em Brasília. Foto: Reprodução
Por Tarso Genro, no site Sul-21:


No dia 12 de dezembro de 2022, enquanto o Presidente Lula era diplomado numa histórica sessão do Tribunal Superior Eleitoral, ouvindo um épico discurso do Ministro Alexandre de Moraes, milicianos bolsonaristas atacaram a sede da Polícia Federal e incendiaram alguns veículos em Brasília. Era a nossa Cervejaria de Munich, um “putsch” para um golpe que faliu e um protesto pela sua derrota nas eleições presidenciais, onde toda sujeira que nela emergiu veio das suas estrebarias de “fake news”, dos órgãos de Estado aparelhados, das ações ilegais da polícia Rodoviária Federal e dos escaninhos bandidos do Orçamento Secreto. Estas ações da direita bolsonarista mostram que a vitória de Lula e da democracia ainda pendem de um forte processo político de afastamento dos restos da tragédia ancorados no porto da nossa história recente.

Bolsonaristas tentam invadir a PF. Cadê o líder?

Bolsonaristas incendeiam carros em Brasília (12/12/22)
Por Altamiro Borges

No final da tarde desta segunda-feira (12), no dia da diplomação de Lula no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), bolsonaristas ensandecidos tentaram invadir a sede da Polícia Federal em Brasília. Os terroristas incendiaram mais de dez carros e cinco ônibus. Eles também tentaram se dirigir ao hotel onde estão hospedados o presidente e o vice-presidente eleitos pelo povo brasileiro. As milícias fascistas, porém, foram contidas pela ação – bastante branda – da polícia do Distrito Federal.