sábado, 23 de fevereiro de 2013

Yoani e a diplomacia da desintegração

Por Beto Almeida

A gira da blogueira cubana Yoani Sánchez pelo Brasil tem se revelado, até o momento, uma exitosa campanha de ‘over’ exposição midiática dela, numa tentativa de distorcer a gigantesca função histórica libertadora da revolução cubana e, também, numa fracassada operação da diplomacia da desintegração. Trata-se de uma ação geopolítica da direita para tentar impedir a crescente presença política de Cuba na América Latina e Caribe por meio de vários projetos de cooperação, mas, sobretudo, pela criação da Celca (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), da qual Cuba é hoje presidente e onde foram derrotados pelos povos da região todos os esforços da agressiva política dos EUA para isolar a ilha caribenha. Começo por reivindicar 1% do espaço midiático dado a ela, para discutir este outro ponto de vista.

Clinton e os falsos moralistas

Por Altamiro Borges

Os discursos moralistas geralmente servem para acobertar as sujeiras dos políticos imorais. Que o diga Demóstenes Torres, o “mosqueteiro da ética” da Veja que foi cassado no Senado por suas ligações com o mafioso Carlinhos Cachoeira. Outro caso grotesco surge agora nos EUA. O ex-senador republicano Pete Domenici, que pediu o impeachment de Bill Clinton por causa das suas relações amorosas com Monica Lewinsky, assumiu nesta semana que manteve em segredo um filho fora do casamento por mais de 30 anos.

Greve dos portuários e o ódio da mídia

Por Altamiro Borges

A greve dos portuários na sexta-feira, que mobilizou cerca de 30 mil operários em 36 portos de 12 estados, fez com que o governo recuasse na sua posição de acelerar a aplicação da Medida Provisória 595, que cria um novo marco regulatório para o setor. Após reunião em Brasília, os sindicatos anunciaram o fim imediato da paralisação. Em troca, o governo se comprometeu, finalmente, a negociar alguns pontos polêmicos do MP. A mídia patronal, que destilou ódio contra os grevistas, não deve ter gostado do desfecho.

Lula desafia FHC: vamos comparar?




Por Altamiro Borges

O infográfico acima, publicado no Valor Econômico na quinta-feira (21), explica porque o ex-presidente FHC anda tão amargurado. Ele foge como o diabo da cruz das comparações entre o seu triste reinado e as gestões de Lula e Dilma. Sabe que isto é fatal para o sonho tucano de retornar ao poder em 2014. Por isto ele se antecipou à festa dos dez anos do PT no governo e divulgou um vídeo criticando as comparações. Para FHC, isto é “picuinha”, é “coisa de criança”. Na prática, ele parece uma criança mimada – ou um senil rejeitado!

O que Aécio faria no Brasil de hoje?


Encarregado de fazer o contraponto à la carte para a mídia, Aécio Neves sequer roçou a grande pergunta embutida no feixe de avanços sociais e econômicos reunidos pela Fundação Perseu Abramo, para o evento da última quarta-feira, '10 Anos do PT'.

A pergunta é:

'Se voltasse ao poder, o que o conservadorismo faria do Brasil que temos hoje?'

Celac e a luta contra o neoliberalismo

Por Ángel Guerra Cabrera, no sítio da Adital:

Os países da América Latina e do Caribe fizeram história ao acordar na Rivera Maya, México (2010), a constituição da Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac). Significava que os 33 Estados da região se reuniram por primeira vez em uma organização sem a presença dos Estados Unidos nem do Canadá e que, em sua grande diversidade, falaram em uma única e soberana voz no concerto mundial de nações. Sua trajetória até hoje, os pronunciamentos de sua Cúpula em Santiago do Chile (28/1/13) e a eleição unânime de Cuba para encabeçá-la até a II Cúpula de Havana (2014) demonstram isso. Essa posição, ao indicar a Washington o apoio latino-caribenho a Cuba e os protestos que Obama teve que escutar sobre a ‘argentinidade’ das Malvinas e contra o bloqueio e a ausência da ilha na chamada Cúpula das Américas, de Cartagena (2012) assinalam o crucial giro político da América Latina e do Caribe.