sexta-feira, 30 de abril de 2021

Ricardo Salles e a “máfia das madeireiras”

Por Altamiro Borges

A revista IstoÉ desta semana publica uma longa reportagem sobre "a misteriosa história do ministro Ricardo Salles com madeireiros ilegais". A matéria é bombástica e ajuda a reforçar o pedido dos partidos de oposição pela abertura imediata de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os crimes ambientais deste devastador de fama mundial.

Segundo a reportagem, que apresenta vários documentos exclusivos, "a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) investigam a ligação do ministro do Meio Ambiente com integrantes da família de Walter Dacroce, suspeita de grilagem de terras públicas no Pará".

Guedes será convocado pela CPI do Genocídio?

Por Altamiro Borges

O abutre rentista Paulo Guedes, que desembestou a falar besteiras nos últimos dias, deverá ser chamado em breve a depor na CPI do Genocídio. Segundo informa o site Congresso em Foco, "os senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Humberto Costa (PT-PE) apresentaram os requerimentos de convocação do ministro da Economia".

Os parlamentares da oposição consideram indispensável a presença do bravateiro incompetente e desumano para que explique sobre a gestão econômica da pandemia da Covid-19, como o atraso na concessão do auxílio emergencial, e sobre a falta de recursos no orçamento para o enfrentamento da grave crise neste ano.

A nobre comunicação dos trabalhadores

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Com o intuito de debater a importância, os desafios e as estratégias da comunicação sindical, o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé estreia, neste 1º de maio, um novo programa de entrevistas: o Barão Sindical. A primeira edição vai ao ar às 10h deste sábado, Dia Internacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras, com João Franzin, coordenador da Agência Sindical, como convidado. A apresentação e direção é feminina e fixa, a cargo de Rita Casaro, coordenadora do Barão de Itararé e jornalista sindical há mais de 20 anos. O programa terá periodicidade mensal e será veiculado no #CanalDoBarão (inscreva-se aqui).

TV Cultura tolerará o vitupério de Mainardi?

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:

Há muito tempo a TV Cultura de São Paulo rompeu com os princípios que lhe proporcionaram o conceito de TV Pública. A subordinação de sua programação aos interesses políticos do PSDB vem de antes, mas agravou-se no governo Dória. E chegou ao fundo do poço com o deprimente espetáculo de vulgaridade protagonizado pelo jornalista Diogo Mainardi, que exige uma manifestação de censura do Conselho Curador da Fundação Padre Anchieta. Ou então, a renúncia de seus integrantes, por não ter o conselho a mínima serventia na preservação dos fundamentos da radiodifusão pública pelos quais deveria zelar.

A longa marcha dos trabalhadores por direitos

Por José Dirceu, no site Poder-360:

A classe trabalhadora sempre foi vanguarda nas lutas pela democracia e soberania nacional, desde a criação da Petrobras e a defesa de nossos bancos públicos e de políticas de desenvolvimento do país e da indústria, do desenvolvimento científico-tecnológico, das reformas agrária, bancária, tributária e educacional.

Nossa classe trabalhadora surgiu na virada do século 19 fortemente influenciada pela imigração e pelas ideias anarco-sindicalistas.

400 mil tragédias!

Editorial do site Vermelho:

E lá se foram 400 mil vidas em pouco mais de 13 meses, como numa guerra ou num desastre natural. Às voltas com a segunda onda da pandemia, o Brasil alcançou, nesta quinta-feira (29), o patamar de 401.417 mortes por Covid-19, conforme o balanço do consórcio de imprensa. Diferentemente do que insinuou o presidente Jair Bolsonaro, não se trata de 400 mil “CPFs cancelados”. São 400 mil histórias individuais abreviadas e interrompidas antes da hora – 400 mil tragédias num país onde o presidente da República não se cansa de negligenciar a crise e flertar com a morte.

Emiliano José lança “Balança mas não cai”

Publicado no site Notícia Capital:

Exatamente dois anos após o início da publicação das crônicas diárias que compõem a série #MemóriasJornalismoEmiliano, em sua página do Facebook, o escritor, jornalista e professor Emiliano José lança, dia 11 de maio, o primeiro volume desse baú que envolve lembranças dele e de vários colegas de profissão, reproduzindo sobretudo os bastidores do jornalismo no período da Ditadura Militar. “Balança mas não cai: Memórias do jornalismo Vol.1” retrata os primeiros passos do autor após quatro anos de prisão política, a descoberta como repórter, o acolhimento pelas redações da Tribuna da Bahia e Jornal da Bahia, os tantos “cúmplices” que encontrou pelo caminho.

1º de Maio: uma repetição bem-vinda

Por João Guilherme Vargas Netto


O saudoso Walter Barelli dizia, ironicamente, que greve não dá duas safras.

Mas quando uma iniciativa inovadora da ação sindical tem êxito e revela-se produtiva, nada impede a sua repetição; pelo contrário, tudo a recomenda.

É o que acontecerá agora com a comemoração virtual do 1º de Maio pelas centrais sindicais, repetindo o sucesso do evento do ano passado – exemplo único no mundo inteiro.

Garantida a unidade de ação das direções, resolvidos os problemas logísticos e afastadas as eventuais dificuldades político-partidárias que a afetavam, a comemoração do Dia do Trabalhador afirma-se como a mais importante manifestação social em defesa da democracia, do emprego e da vacinação em massa, dando exemplo de solidariedade humana.

Evangélicos começam a abandonar Bolsonaro

Por Julinho Bittencourt, na revista Fórum:

Por conta da má gestão do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) durante a pandemia do coronavírus, alguns pastores evangélicos que votaram nele há dois anos já falam em terceira via para as eleições de 2022.

Outros ainda admitem que o apoio ao presidente persiste apenas para evitar a volta do PT ao poder.

Nem mesmo o fato de Bolsonaro ter lutado para manter templos abertos durante o isolamento social parece ter melhorado o humor de parte destes evangélicos.

No ano passado, 36 líderes evangélicos gravaram um vídeo em que atendiam “à proclamação santa feita pelo chefe supremo da nação” para um “dia do jejum”. Este ano, a cerimônia realizada no mesmo dia em que foi anunciada a troca de seis ministros, teve a presença de três lideranças.

Estados "bolsonaristas" lideram em mortes

Do jornal Brasil de Fato:


Um levantamento feito pelo portal Congresso em Foco mostrou que a lista dos estados brasileiros com mais óbitos por Covid é liderada por unidades federativas onde o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi o candidato mais votado no primeiro turno das eleições de 2018.

O ranking é puxado pelos estados de Amazonas, Rondônia e Mato Grosso, que registraram, respectivamente, 292.8, 245.8 e 231.9 mortes por 100 mil habitantes até o último dia 6, de acordo com os dados oficiais do Ministério da Saúde (MS).

Os três tiveram, seguindo a mesma ordem, percentuais de 41,14%, 58,94% e 55,81% de votos para Bolsonaro na primeira fase da disputa daquele ano, considerando os números do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Brasil: as peripécias da legalidade

Por Roberto Amaral, em seu blog:

"Lá vão as leis para onde querem os reis" - (Provérbio peninsular)

A leitura da história republicana recomenda cautela quando se trata de analisar o jogo político. A regra brasileira é a insegurança jurídica, porque o direito é o instrumento mediante o qual a classe dominante exerce seu império e faz prevalecer seus interesses; dita as regras que lhe são mais favoráveis, sustenta a democracia representativa quando pode disciplinar a soberania popular, e não hesita em fraturar a ordem legal por ela mesma ditada, quando vê seus interesses ameaçados. O direito não é, está sendo. Assim se explica, por exemplo, a gangorra republicana: presidencialismo, parlamentarismo, presidencialismo, democracia, ditadura, autoritarismo, momentos de franquias políticas, momentos de brutal repressão aos movimentos sociais. 

O filho do porteiro e o serviçal da elite

Por Fernando Brito, em seu blog:


Mais um “vazamento” do pensamento sincero do sr. Paulo Guedes mostra nas mãos de que tipo de gente estamos.

Mais um trecho de seu ‘momento botequim” do ministro na reunião quer teve com representantes dos planos de saúde.

Desta vez dizendo que “o filho do porteiro” teve direito ao Fies – fundo de financiamento ao ensino universitário – mesmo ‘tirando zero no vestibular”, que foi transmitida sem o seu conhecimento e da qual ele se defende como sendo “um momento infeliz”.

Não foi. Guedes é isso, um escravocrata, um remanescente do Brasil censitário, onde o direito das pessoas vem do berço ou da esperteza.