sexta-feira, 30 de abril de 2021

Emiliano José lança “Balança mas não cai”

Publicado no site Notícia Capital:

Exatamente dois anos após o início da publicação das crônicas diárias que compõem a série #MemóriasJornalismoEmiliano, em sua página do Facebook, o escritor, jornalista e professor Emiliano José lança, dia 11 de maio, o primeiro volume desse baú que envolve lembranças dele e de vários colegas de profissão, reproduzindo sobretudo os bastidores do jornalismo no período da Ditadura Militar. “Balança mas não cai: Memórias do jornalismo Vol.1” retrata os primeiros passos do autor após quatro anos de prisão política, a descoberta como repórter, o acolhimento pelas redações da Tribuna da Bahia e Jornal da Bahia, os tantos “cúmplices” que encontrou pelo caminho.

O livro, 16º da carreira e primeiro no formato virtual, já está liberado para pré-venda na Amazon. O lançamento, entretanto, será com a live “Balança mas não cai”, dia 11 de maio à noite (os canais de transmissão ainda serão divulgados), com a participação do também escritor e jornalista Franciel Cruz, autor de Ingresia.

“Esse livro tem um sabor especial de recomeço, por ser o primeiro e-book, um mundo que eu ainda não domino. Mas por onde vou caminhar, a partir de agora, lado a lado com o impresso”, admite Emiliano José, autor de títulos como “Lamarca, o capitão da guerrilha” (este junto em coautoria com o jornalista Oldack de Miranda) e “Carlos Marighella: o inimigo número um da ditadura militar”. Mais novo imortal da Academia de Letras da Bahia, lançou recentemente “O cão morde a noite”, pela Edufba, também autobiográfico, relembrando da infância aos terríveis quatro anos de prisão política.

Rumo da prosa

Na introdução ele anuncia: “Nesse primeiro livro, sou o protagonista. Digo com franqueza: prefiro os meus colegas, os meus parceiros, minhas parceiras de jornada. Confiem: logo depois desse livro, virão outros, com histórias maravilhosas, personagens novos, eu só escrevendo, olhando, de soslaio. Por enquanto, contentem-se com os primeiros passos de minha trajetória. Vou torcer para uma boa leitura nesse novo caminho, o do livro digital. Não está descartada a hipótese do impresso, paralelamente”.

Transformar os artigos da série em livros foi sugestão de vários seguidores do perfil do escritor, diante de verdadeiras biografias de profissionais que marcaram e marcam o jornalismo baiano. Apaixonado por contar histórias e descobrir bons personagens, Emiliano José intercala suas próprias memórias com as de outros protagonistas. Por isso, as crônicas têm sequências diferentes de datas. E estão só começando. O autor tem muito que revirar ainda os subterrâneos de sua vivência nas redações, na faculdade como aluno e professor, na política como deputado estadual e federal, no mundo literário, sem deixar, nem por um minuto, de ser o repórter atento que sempre foi.

“O jornalismo tornou-se minha droga, meu vício, paixão...”, confessa o escritor ao longo da narrativa. E isso fica bem claro com essa série #MemóriasJornalismoEmiliano, que despertou o interesse dos colegas de profissão e seguidores da página no Facebook. Tanto que os comentários foram integrados à edição de “Balança mas não cai”, pela importância das contribuições, algumas decisivas para “o rumo da prosa”. E fotos da época que também foram chegando, como a da capa de autoria do repórter fotográfico Agliberto Lima, que retrata Emiliano na redação da extinta sucursal do jornal O Estado de São Paulo.

O prefácio de “Balança mas não cai” é da jornalista Mônica Bichara, do Blog Pilha Pura (https://pilhapuradejoaninha.blogspot.com/), onde as crônicas da série estão sendo reproduzidas no formato mantido no livro, incluindo fotos e comentários. A capa e design gráfico são do também escritor Gabriel Galo.

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