sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Mulheres ganham espaço na Câmara dos EUA

Ilhan Omar. eleita pelo Partido Democrata. EFE/Archivo
Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

A eleição para o Congresso dos EUA é mais um indício do protagonismo que as mulheres terão na luta contra o fascismo em ascensão no mundo. As novas vozes progressistas ganharam espaço sobretudo na Câmara dos Deputados, como ocorreu no Brasil em 2018: negras, indígenas, latinas e muçulmanas foram eleitas, e a imprensa norte-americana já fala em uma vitória histórica das minorias. Haverá mais mulheres na Câmara (mais de 100) na próxima legislatura do que nunca. Pelo menos 87 delas são democratas.

Fake News seguirão pautando as eleições

Por Victor Amatucci, no blog Diário do Centro do Mundo:

Metade dos eleitores que usam o WhatsApp dizem acreditar nas notícias que recebem pelo aplicativo, segundo pesquisa do Datafolha. O levantamento foi feito nos dias 24 e 25 de outubro de 2018, véspera do 2º turno das eleições no Brasil.

O fenômeno das Fake News – notícias falsas com linguagem jornalística – ficou amplamente conhecido com a eleição de Donald Trump em 2016 .

O uso dos metadados pela Cambridge Analytica para construir o perfil dos eleitores americanos foi a base para a produção das notícias falsas. A construção baseada num perfil psicossocial tem muito mais poder de convencimento que qualquer credibilidade de um veículo de imprensa.

Ódio e Humanidade real: fascismo em alta

Por Tarso Genro, no site Sul-21:

O Presidente FHC disse esta semana que findou, em Portugal, que “ainda não sabe” se Bolsonaro é de extrema direita. Ciro Gomes manifestou, logo depois do resultado eleitoral, que não admite mais “fazer campanhas eleitorais ao lado do PT”. Magno Malta pode ser “Ministro da Família” e Moro estará ao lado do Presidente eleito como Super ministro. Até aqui são contingências da política – más ou boas – que podem ser criticadas ou apoiadas, dentro de uma certa relação com a democracia e que permitem que os seus protagonistas possam mudar ou não de posição, no curso dos contenciosos ordinários da democracia e assim serem julgados, politicamente, pelos seus aliados ou adversários.

Werneck Sodré e o povo brasileiro

Nelson Werneck Sodré
Por Augusto C. Buonicore, no site da Fundação Mauricio Grabois:

Neste artigo não pretendemos fazer uma exaustiva análise da rica obra do historiador comunista Nelson Werneck Sodré, e sim analisar um único texto: Quem é o povo no Brasil? Essa escolha nos parece óbvia, pois nele o autor expõe de maneira mais clara, até didática, o seu conceito de povo brasileiro. Dentro da velha e respeitável tradição marxista e leninista, abordada no artigo anterior, ele escreveu o seu pequeno ensaio, publicado na coleção Cadernos do Povo Brasileiro, da Editora Civilização Brasileira. Posteriormente, o texto foi incorporado à segunda edição de Introdução à Revolução Brasileira (1963).


Moro cospe na Constituição e STF se cala

Por Jeferson Miola, em seu blog:

O artigo 95 da Constituição do Brasil é claro: juiz é juiz – e ponto. Mesmo em férias, juiz continua sendo juiz. Juiz só deixa de ser juiz depois de exonerado do cargo.

Ninguém pode ser juiz e agente político-partidário ao mesmo tempo. A Constituição não deixa nenhuma sombra de dúvida: para o bem da República, da democracia e do Estado de Direito, justiça e política não se misturam e não se confundem:

“Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:

[…]

A sobrevivência da democracia

Por Jandira Feghali

Em 5 de outubro de 1988, o presidente da Assembleia Nacional Constituinte, Ulysses Guimarães proferiu histórico discurso em sessão de promulgação da Carta Magna. Naquele dia, ele afirmou que “a Constituição certamente não é perfeita. Ela própria o confessa, ao admitir a reforma. Quanto a ela, discordar, sim. Divergir, sim. Descumprir, jamais. Afrontá-la, nunca. Traidor da Constituição é traidor da Pátria. Conhecemos o caminho maldito: rasgar a Constituição, trancar as portas do Parlamento, garrotear a liberdade, mandar os patriotas para a cadeia, o exílio, o cemitério. A persistência da Constituição é a sobrevivência da democracia”. Nada mais emblemático.

Edir Macedo e as demissões na TV Gazeta

Por Altamiro Borges

Nesta segunda-feira (5), a Fundação Cásper Líbero demitiu cerca de 80 funcionários, metade deles da TV Gazeta. Em uma nota lacônica, ela afirmou tratar-se de “reestruturação interna com o objetivo de equalizar as despesas à realidade das receitas do momento”, e culpou “a situação macroeconômica, com forte retração no mercado publicitário” pelo doloroso facão. É certo que a recessão – e a própria crise do modelo de negócios da mídia tradicional – contribuiu para os cortes. Mas há boatos de que as dispensas também já refletem as trevas de Jair Bolsonaro. O bispo “charlatão” Edir Macedo, dono da Record, poderia estar por traz das demissões.