quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

O dia em que recusei convite da Globo

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Recebo convite para a comemoração dos 80 anos de Woile Guimarães. Woile foi um dos grandes jornalistas da geração imediatamente anterior à minha. Passou pelo Jornal da Tarde, dirigiu depois a sucursal da TV Globo em São Paulo, onde se notabilizou pelo talento e pelo fino trato. E me vem à memória uma das decisões mais importantes que tomei em minha carreira.

Nos anos 80 fiquei conhecido pelo uso intensivo da matemática no jornalismo e pela introdução do chamado jornalismo de serviços na imprensa, criando o Seu Dinheiro, no Jornal da Tarde e, depois, o Dinheiro Vivo na Folha.

O quão livre é o MBL?

Por Iago Montalvão, no site da UJS:

Já não é mais segredo para ninguém que vivemos em um momento turbulento na política brasileira. Sobram motivos, mas faltam explicações sobre como chegamos até aqui. O fato é que desde a crise mundial de 2008 que atingiu o Brasil com mais força após 2013, somada às manipulações midiáticas e de lideranças infiltradas nos movimentos que levaram às Jornadas de Junho e, ainda, o desencadeamento da operação Lava-Jato e sua espetacularização por parte do judiciário e da imprensa, instalou-se um ambiente de total descredibilização das instituições democráticas e de um completo caos político em nosso país.

Continência de Bolsonaro e a republiqueta

Por Mário Magalhães, no site The Intercept-Brasil:

Se ainda integrasse o serviço ativo do Exército, Jair Bolsonaro teria transgredido a norma que estabelece regras para o gesto de continência nas Forças Armadas. Na quinta-feira, o presidente eleito prestou continência ao visitante John Bolton, assessor de Segurança Nacional dos Estados Unidos. Mas o capitão reformado é cidadão civil, deputado federal há sete mandatos; não tem obrigação de obedecer aos dispositivos castrenses. Seu ato foi mesmo o que pareceu: mais um retrato para o álbum de imagens picarescas de submissão diplomática na história do Brasil.

A pobreza no Brasil é um genocídio

Editorial do site Vermelho:

O Dia Mundial do Pobre, instituído em 2017 pelo Papa Francisco e assinalado neste ano em 18 de novembro, coincidiu com dados alarmantes sobre o assunto, entre eles os que mostram o aumento de 2 milhões de brasileiros em situação de pobreza em um ano, conforme divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A Síntese de Indicadores Sociais (SIS) apontou que a pobreza extrema também cresceu em patamar semelhante. Soma-se a esses dados o relatório da Oxfam Brasil revelando que a desigualdade de renda parou de cair e a pobreza cresceu.

Bolsonaro e a regressão trabalhista

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

“É horrível ser patrão nesse país” (Jair Bolsonaro)

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Bom mesmo, para o presidente eleito, é ser trabalhador sem carteira assinada, sem direitos, ganhando a metade dos empregados formais.

Para ele, que votou a favor da “reforma trabalhista” de Michel Temer, ainda foi pouco o que fizeram. Tem que arrochar mais os trabalhadores para deixar os patrões mais satisfeitos.

Temer prometeu que a sua reforma iria gerar novos empregos, mas aconteceu exatamente o contrário.

Dez fiascos de Bolsonaro na política externa

Por Alejandro Barrios, no blog Socialista Morena:

Em 2022, o Brasil completa dois séculos de vida nacional, independente e soberana. É fato que a diplomacia convive com os impulsos internos, que são projetados ao cenário internacional. Faltando apenas quatro anos para um grande marco histórico da sua ação externa, o país vive momentos de fiascos e confusões sobre o expediente das relações exteriores: dúvidas e ataques aos pilares da casa de Rio Branco têm sido desencadeadas por setores da sociedade que não compreendem as determinações históricas da inserção internacional do Brasil. Desenvolveu-se um quadro geral de desconhecimento dos condicionantes da ação externa do país. A visão de mundo é, contudo, elemento chave em qualquer estratégia diplomática.

O que esperar da economia no novo governo?

Por Luiz Fernando de Paula, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

O quadro atual da economia brasileira mostra uma situação de compasso de espera, com uma recuperação gradual e lenta: taxa de crescimento do PIB de 1% em 2017 e 1,4% em 2018 (segundo previsão do Focus). Já a taxa de desocupação se mantém bastante elevada, oscilando entre 12% a 13% desde o início de 2017 contra 6,5% em dezembro de 2014. A utilização da capacidade da indústria, por sua vez, se situa em 75,1% no 3º trimestre de 2018 contra 81,5% no 4º trimestre de 2014; consequentemente a formação bruta de capital fixo – após forte declínio desde 2014 – se mantêm estagnada desde o início de 2016. De acordo como o relatório Focus de 16 de novembro de 2018 a previsão de crescimento do PIB real do Brasil é de 1,36% em 2018 e 2,5% em 2019; já a previsão recente do OCDE é de um crescimento menor, de 2,1%, em 2019 (contra 3,5% da economia mundial). Neste contexto, o que se pode esperar da política econômica do governo Bolsonaro? Quais as perspectivas para a economia brasileira durante o seu governo?


É horrível ser patrão! Bom é ser escravo!

Manifesto contra a extinção da EBC

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

“Ajustes podem ser feitos, uma vez que nenhuma área é imune a críticas. Contudo, não se pode confundir a necessidade de aperfeiçoamento com o fim de serviços essenciais à sociedade brasileira”. Mais de 140 organizações e representantes da sociedade civil brasileira lançam uma carta-manifesto contra a extinção da Empresa Brasil de Comunicação, a EBC.

Confira na íntegra abaixo, juntamente com a lista de organizações:

Autocrítica no partido dos outros é colírio

Por Ayrton Centeno, no jornal Brasil de Fato:

Um estrangeiro distraído que desembarcar no Brasil ficará impressionado ao ouvir falar tanto em autocrítica. Julgará não existir no planeta alguém mais fascinado pela técnica de expiação do que o brasileiro. À primeira vista. Um segundo olhar, mais apurado, perceberá uma particularidade neste clamor: todos querem autocrítica mas apenas do Partido dos Trabalhadores.

De preferência, publicamente, no meio da rua, rasgando suas vestes, num espetáculo de autoflagelação, expondo-se à execração nacional como escadaria para o céu da redenção. Uma catarse para exorcizar os demônios que o conduziram ao mau caminho e para trazê-lo de volta à senda dos bons e dos justos. Parece atraente. Pelo menos, do ponto de vista dos autores da receita.