Reproduzo release enviado pelo amigo Vinicius Souza:
Todos os anos, mais de 500 mil pessoas morrem vítimas de armas de fogo no mundo. Muitas outras são feridas ou ficam com seqüelas permanentes. Além das incontáveis tragédias familiares, a violência armada também afeta diretamente o desenvolvimento dos países – em especial países pobres - que sofrem com sérias limitações ao seu crescimento econômico e social. Por outro lado, governos continuam investindo grandes montantes de dinheiro na compra de novas armas - que frequentemente acabam nas mãos dos criminosos - ao invés de investir em áreas importantes como educação e saúde.
Não há, atualmente, nenhuma lei que regule o mercado internacional de armas e munições. A ausência de um Tratado que estabeleça regras válidas para todos os países muitas vezes permite que as armas e munições que circulam pelas fronteiras acabem em mãos erradas – mãos que usam estas armas para matar, espalhar insegurança e conflito, violar os direitos humanos e destruir a esperança e a oportunidade de superar a pobreza.
Para estimular a discussão sobre este assunto tão crítico nos países em desenvolvimento, a Oxfam Internacional, em parceria com o Instituto Sou da Paz e o Viva Rio, está lançando no Brasil o concurso Mirando as armas e combatendo a pobreza. O concurso é aberto para todos os países, mas o foco é o Brasil, a África do Sul e a Índia.
Todos podem participar: basta inscrever uma proposta de argumento para um documentário de 5 a 15 minutos sobre este tema. O argumento deve ser encaminhado no formulário próprio em português para o e-mail: shootingpoverty@drop.io até o dia 01 de junho de 2010. As três melhores propostas serão selecionadas por um júri internacional e receberão todos os recursos para a produção, incluindo uma semana inteira de gravação com equipamento profissional e produtor exclusivo. Os documentários serão apresentados por seus diretores na sede da ONU em Nova Iorque. O diretor do filme mais votado pelo público através do site www.shootingpoverty.org ganhará uma câmera Sony EX1R com equipamento de iluminação e captação de som portáteis.
Mais informações em português, orientações para escrever seu argumento, exemplos e dicas de uma diretora vencedora do Oscar, além dos prazos e do regulamento completo do concurso estão no site http://shootingpoverty.org/pt-br/ que pode também ser acessado pelos links em http://www.soudapaz.org/ e http://www.vivario.org.br .
Contatos
Sobre o concurso:
Vinicius Souza - vgpsouza@uol.com.br
(11) 9631-0666/ 5093-2855/ 8279-9997
Natasha Leite - natasha@vivario.org.br
(21) 2555-3771
Sobre o Instituto Sou da Paz:
Daniela Caldeirinha – daniela@soudapaz.org (11) 3812-1333
http://www.soudapaz.org/
Sobre o Viva Rio:
Graciela Bittencourt - graciela@vivario.org.br (21) 2555-3750
http://www.vivario.org.br
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sexta-feira, 9 de abril de 2010
Assembléia de fundação da Altercom
Reproduzo abaixo o release de convocação da assembléia constituinte da Altercom:
A Associação Brasileira de Empresas e Empreendedores da Comunicação (Altercom) realiza neste sábado, dia 10 de abril, sua Assembléia Constituinte, que deverá aprovar a carta de princípios e o estatuto da entidade. O encontro ocorrerá das 8h30min às 17h, no auditório do Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo (rua Genebra, 25, São Paulo). A pauta da assembléia é a seguinte:
8h30 às 9h – Encontro para debates preliminares;
9h às 10h –Discussão e aprovação da Carta de Princípios da Altercom;
10h às 12h –Discussão e aprovação do Estatuto da Altercom;
12h às 13 h – Inscrição das chapas para Diretoria (I. Assembléia Geral; II. Presidência; III. Conselho Fiscal; IV. Diretoria Executiva; V. Secretarias Técnicas; VI. Conselho Consultivo);
13h às 14h30h – Almoço;
15h – Eleição e escrutínio;
16h – Ato político de posse da diretoria eleita com a presença do senador Renato Casagrande (PSB) dos Deputados Paulo Teixeira (PT), Luiza Erundina (PSB), Manuela D’Ávila (PCdoB), Brizola Neto (PDT)e Rui Falcão (PT), para a formação de uma frente parlamentar de apoio à Altercom.
A Altercom contará com um grupo de conselheiros que participarão das atividades e debates propostos pela entidade. Estão confirmados os nomes de : Luis Fernando Veríssimo, Ricardo Musse, José Luis Fiori, Ladislau Dowbor, Laurindo Leal Filho, Venício Lima, Emir Sader, Moacyr Scliar, Luiz Gonzaga Belluzzo, Ermínia Maricato, Carlos Alberto de Almeida, Emiliano José e Maria Victória de Mesquita Benevides.
O que é a Altercom
Empresários, empreendedores individuais, estudantes, professores e ativistas da área da comunicação criaram a Altercom no dia 27 de fevereiro deste ano, durante encontro realizado em São Paulo. A entidade terá como objetivo central defender os interesses políticos e econômicos das empresas e empreendedores de comunicação comprometidos com os princípios da democratização do acesso à comunicação, da pluralidade e da liberdade de expressão. Não a liberdade apenas para uns poucos grandes grupos midiáticos, como ocorre hoje, mas sim para a maioria da população que não tem respeitado hoje o direito à uma informação de qualidade.
Quanto mais proprietários e empreendimentos de comunicação houver no país, maior será a liberdade de expressão. Essa é uma das idéias que anima a criação da nova entidade: a garantia da expressão coletiva, a universalização do direito à liberdade de expressão. Por meio de uma intervenção coletiva organizada e articulada em todo o país, a Altercom pretende propor e disputar políticas públicas, além de regulamentações que democratizem o acesso aos meios e aos recursos de comunicação no Brasil. Outro objetivo da entidade é dar visibilidade às novas experiências midiáticas e comunicacionais que vêm se expandindo pelo país.
A idéia de criar a nova entidade surgiu no processo de debates preparatórios para a I Conferência Nacional de Comunicação, realizada em dezembro, em Brasília. De lá para cá ocorreram uma série de reuniões preparatórias, em São Paulo e em Porto Alegre, que culminaram no encontro de 27 de fevereiro. No terreno econômico, a associação defenderá, entre outras coisas, uma regulamentação mais justa e clara das verbas públicas de publicidade, de modo a estimular a diversidade de opiniões existente na sociedade brasileira. Além disso, procurará articular pequenos e médios empresários e empreendedores do setor para disputar também parte da verba dos anunciantes privados. A Altercom pretende ainda abrir espaço para centenas de empreendedores individuais – a maioria deles blogueiros – que surgiram nos últimos anos no Brasil.
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A Associação Brasileira de Empresas e Empreendedores da Comunicação (Altercom) realiza neste sábado, dia 10 de abril, sua Assembléia Constituinte, que deverá aprovar a carta de princípios e o estatuto da entidade. O encontro ocorrerá das 8h30min às 17h, no auditório do Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo (rua Genebra, 25, São Paulo). A pauta da assembléia é a seguinte:
8h30 às 9h – Encontro para debates preliminares;
9h às 10h –Discussão e aprovação da Carta de Princípios da Altercom;
10h às 12h –Discussão e aprovação do Estatuto da Altercom;
12h às 13 h – Inscrição das chapas para Diretoria (I. Assembléia Geral; II. Presidência; III. Conselho Fiscal; IV. Diretoria Executiva; V. Secretarias Técnicas; VI. Conselho Consultivo);
13h às 14h30h – Almoço;
15h – Eleição e escrutínio;
16h – Ato político de posse da diretoria eleita com a presença do senador Renato Casagrande (PSB) dos Deputados Paulo Teixeira (PT), Luiza Erundina (PSB), Manuela D’Ávila (PCdoB), Brizola Neto (PDT)e Rui Falcão (PT), para a formação de uma frente parlamentar de apoio à Altercom.
A Altercom contará com um grupo de conselheiros que participarão das atividades e debates propostos pela entidade. Estão confirmados os nomes de : Luis Fernando Veríssimo, Ricardo Musse, José Luis Fiori, Ladislau Dowbor, Laurindo Leal Filho, Venício Lima, Emir Sader, Moacyr Scliar, Luiz Gonzaga Belluzzo, Ermínia Maricato, Carlos Alberto de Almeida, Emiliano José e Maria Victória de Mesquita Benevides.
O que é a Altercom
Empresários, empreendedores individuais, estudantes, professores e ativistas da área da comunicação criaram a Altercom no dia 27 de fevereiro deste ano, durante encontro realizado em São Paulo. A entidade terá como objetivo central defender os interesses políticos e econômicos das empresas e empreendedores de comunicação comprometidos com os princípios da democratização do acesso à comunicação, da pluralidade e da liberdade de expressão. Não a liberdade apenas para uns poucos grandes grupos midiáticos, como ocorre hoje, mas sim para a maioria da população que não tem respeitado hoje o direito à uma informação de qualidade.
Quanto mais proprietários e empreendimentos de comunicação houver no país, maior será a liberdade de expressão. Essa é uma das idéias que anima a criação da nova entidade: a garantia da expressão coletiva, a universalização do direito à liberdade de expressão. Por meio de uma intervenção coletiva organizada e articulada em todo o país, a Altercom pretende propor e disputar políticas públicas, além de regulamentações que democratizem o acesso aos meios e aos recursos de comunicação no Brasil. Outro objetivo da entidade é dar visibilidade às novas experiências midiáticas e comunicacionais que vêm se expandindo pelo país.
A idéia de criar a nova entidade surgiu no processo de debates preparatórios para a I Conferência Nacional de Comunicação, realizada em dezembro, em Brasília. De lá para cá ocorreram uma série de reuniões preparatórias, em São Paulo e em Porto Alegre, que culminaram no encontro de 27 de fevereiro. No terreno econômico, a associação defenderá, entre outras coisas, uma regulamentação mais justa e clara das verbas públicas de publicidade, de modo a estimular a diversidade de opiniões existente na sociedade brasileira. Além disso, procurará articular pequenos e médios empresários e empreendedores do setor para disputar também parte da verba dos anunciantes privados. A Altercom pretende ainda abrir espaço para centenas de empreendedores individuais – a maioria deles blogueiros – que surgiram nos últimos anos no Brasil.
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TV Globo manda no futebol e no Kassab
Como já era esperado, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) vetou ao projeto de lei 564/06, que restringia o horário do término dos jogos de futebol nos estádios da capital paulista até as 23h15. Numa nota lacônica, o demo alegou que “a limitação não parece razoável”. O projeto, de autoria dos vereadores Antonio Goulart (PMDB) e Agnaldo Timóteo (PR), foi aprovado pela Câmara Municipal de São Paulo em 10 de março. Mas, novamente, o prefeito cedeu à TV Globo.
Com mais esta decisão antipopular, o demo revela todo o seu servilismo diante da Rede Globo e prejudica os amantes do futebol, impondo horários inviáveis aos paulistanos que gostam de ir aos estádios. Já a poderosa emissora, que se coloca acima dos anseios da sociedade na defesa de seus lucrativos negócios, demonstra todo o seu desrespeito aos torcedores e ao futebol brasileiro – que é encarado como mais uma mercadoria e não como um entretenimento popular.
“Televisão não pode regulamentar a vida”
Durante os intensos e tensos debates na Câmara de Vereadores, a prepotente a TV Globo sequer enviou seus representantes para discutir o tema. Apostou suas fichas no medo dos parlamentares e, como último recurso, no veto do prefeito. Mas, pressionados por vários setores da sociedade, os vereadores surpreenderam a emissora ao aprovar o projeto. Além da crítica dos torcedores, os vereadores sentiram a pressão de outros setores descontentes com o horário de transmissão das partidas. A Rádio Jovem Pan, por exemplo, fez campanha explícita pela aprovação do projeto.
Em editorial veiculado diariamente, ela atacou a TV Globo pela “forma primária e leviana como se pretendeu manipular a opinião pública e a consciência dos nossos vereadores e deputados”. Ainda segundo o editorial, “a grade de uma televisão não pode regulamentar a vida, a ponto de prejudicar a paz, o sono e a segurança dos cidadãos, o descanso de todos, de quem vai ao estádio e de quem assiste TV em casa. Essa não é uma briga do bem contra o mal. É um movimento que coloca o apelo popular, as pessoas pedindo o fim dos jogos às 10 da noite, o bom senso, enfim”.
Rebelião das outras emissoras
A pressão, porém, não foi suficiente. A Rede Globo contou com a fidelidade do prefeito Kassab, que deve favores à emissora por sua projeção política. Na prática, ela continuará mandando no futebol brasileiro, impondo horários absurdos para os jogos. Ela detém o direito de transmissão do campeonato nacional e de vários torneios estaduais, o que já provoca distorções, obrigando os torcedores de determinados estados a assistirem partidas de outras localidades. Este monopólio também prejudica outras emissoras de televisão, que se submetem à grade da TV Globo.
Antonio Carlos Teixeira, em artigo no Observatório da Imprensa, chega a fazer um apelo para que as outras redes de televisão se rebelem. “Essa postura, que revela a crueldade do monopólio da transmissão esportiva, tem passado dos limites. Por isso, a necessidade das demais emissoras se unirem para tentar quebrar o monopólio do TV Globo. O torcedor não tem mais opção aos domingos e às quartas-feiras. Engole-se aquilo que lhe enfia goela abaixo. No seco. Sem choro”.
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Com mais esta decisão antipopular, o demo revela todo o seu servilismo diante da Rede Globo e prejudica os amantes do futebol, impondo horários inviáveis aos paulistanos que gostam de ir aos estádios. Já a poderosa emissora, que se coloca acima dos anseios da sociedade na defesa de seus lucrativos negócios, demonstra todo o seu desrespeito aos torcedores e ao futebol brasileiro – que é encarado como mais uma mercadoria e não como um entretenimento popular.
“Televisão não pode regulamentar a vida”
Durante os intensos e tensos debates na Câmara de Vereadores, a prepotente a TV Globo sequer enviou seus representantes para discutir o tema. Apostou suas fichas no medo dos parlamentares e, como último recurso, no veto do prefeito. Mas, pressionados por vários setores da sociedade, os vereadores surpreenderam a emissora ao aprovar o projeto. Além da crítica dos torcedores, os vereadores sentiram a pressão de outros setores descontentes com o horário de transmissão das partidas. A Rádio Jovem Pan, por exemplo, fez campanha explícita pela aprovação do projeto.
Em editorial veiculado diariamente, ela atacou a TV Globo pela “forma primária e leviana como se pretendeu manipular a opinião pública e a consciência dos nossos vereadores e deputados”. Ainda segundo o editorial, “a grade de uma televisão não pode regulamentar a vida, a ponto de prejudicar a paz, o sono e a segurança dos cidadãos, o descanso de todos, de quem vai ao estádio e de quem assiste TV em casa. Essa não é uma briga do bem contra o mal. É um movimento que coloca o apelo popular, as pessoas pedindo o fim dos jogos às 10 da noite, o bom senso, enfim”.
Rebelião das outras emissoras
A pressão, porém, não foi suficiente. A Rede Globo contou com a fidelidade do prefeito Kassab, que deve favores à emissora por sua projeção política. Na prática, ela continuará mandando no futebol brasileiro, impondo horários absurdos para os jogos. Ela detém o direito de transmissão do campeonato nacional e de vários torneios estaduais, o que já provoca distorções, obrigando os torcedores de determinados estados a assistirem partidas de outras localidades. Este monopólio também prejudica outras emissoras de televisão, que se submetem à grade da TV Globo.
Antonio Carlos Teixeira, em artigo no Observatório da Imprensa, chega a fazer um apelo para que as outras redes de televisão se rebelem. “Essa postura, que revela a crueldade do monopólio da transmissão esportiva, tem passado dos limites. Por isso, a necessidade das demais emissoras se unirem para tentar quebrar o monopólio do TV Globo. O torcedor não tem mais opção aos domingos e às quartas-feiras. Engole-se aquilo que lhe enfia goela abaixo. No seco. Sem choro”.
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