sexta-feira, 18 de novembro de 2016

República Judiciária Midiática do Brasil

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Por Renato Rovai, em seu blog:

Não soltei rojões pela prisão do Eduardo Cunha.

Não paguei cerveja para os amigos por saber que o Garotinho vai pra Bangu.

Não vou dar festa com champanhe e direito a usar guardanapo na cabeça porque o Sérgio Cabral vai dormir em Curitiba nesta noite.

Não gostei da agressão ao Caco Barcelos.

Não gosto da Globo.

Andrade Gutierrez e a Justiça ridicularizada

Por Carlos Fernandes, no blog Diário do Centro do Mundo:

E quando você imagina que não existe mais forma possível da justiça brasileira ser ridicularizada, eis que o ex-presidente da empreiteira Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo, presta um segundo depoimento ao TSE para “esclarecer” a sua já desmentida delação.

Após ter sido miseravelmente desmascarado pela defesa da ex-presidenta Dilma quanto à sua afirmação de que teria pago R$ 1 milhão de propina em forma de doação ao diretório do PT, Azevedo agora muda completamente a sua versão.

Lava-Jato, PF e as prisões preventivas

Por Lu Sudré, na revista Caros Amigos:

As fases da operação Lava Jato e a Polícia Federal têm, constantemente, se utilizado de prisões preventivas para dar continuidade às investigações. Nesta semana, dois ex-governadores do Rio de Janeiro foram detidos preventivamente: Anthony Garotinho (PR), secretário de Governo de Campos dos Goytacazes e Sérgio Cabral (PMDB).

Em nota, a defesa de Garotinho, detido na quarta-feira (16) em decorrência da Operação Chequinho, que investiga compra de votos na eleição municipal de 2016, afirmou que a ação faz parte de uma série de prisões ilegais decretadas pela 100ª Vara Eleitoral de Campos e suspensas por decisões liminares do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O texto ainda diz que "a Justiça certamente não permitirá que este ato de exceção se mantenha contra Garotinho".

Estados Unidos, o império hidrófobo

Ilustração: Oguz Gurel/Cartoon Movement
Por Antonio Luiz M. C. Costa, na revista CartaCapital:

Como no caso do Brexit e do referendo colombiano e com consequências muito mais graves, outra vez o resultado das urnas contraria as pesquisas, os analistas e o bom senso. Nenhuma voz respeitada previu a vitória de Donald Trump, cuja data, por dupla ironia da história, é a do 18 Brumário do calendário da Revolução Francesa e do aniversário da queda do Muro de Berlim.

A estranha decisão do FBI de investigar Hillary a nove dias da eleição pode ter contribuído para o resultado, como também a incoerência dos democratas ao focar os últimos dias de campanha no risco de Trump causar a terceira guerra mundial, após tentar por meses pintá-lo como títere de Vladimir Putin.

O fascismo é assim. Como ontem

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Empregando as palavras como elas são, é preciso dizer que o fascismo age exatamente como fizeram 50 pessoas que invadiram o plenário da Câmara ontem. Quebraram vidros, ameaçaram parlamentares. Pediram o retorno à ditadura militar, saudaram Sérgio Moro. E foram embora, sem serem incomodados. Parecem loucos descontrolados. São criminosos políticos.

O fascismo não existe sem o silêncio cúmplice e a passividade de quem tem o dever legal de combater a desordem, arruaça, e violência e dar ordem de prisão em casos dessa natureza, em que uma instituição é humilhada, ofendida. E foi exatamente isso que se viu, ontem: tolerância com um ataque a democracia -- se não foi coisa pior.

Trump, Temer e o parto da nova esperança

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

O anúncio de um fim de ciclo histórico nem sempre assume a forma de um alvorecer virtuoso.

É mais comum o oposto.

Até que uma nova ordem se imponha, a desordem é senhora.

A passagem da era colonial para a primeira crise capitalista do início do século XX foi marcada pela carnificina da Guerra de 1914-1918, cujo término completa 96 anos neste mês de novembro.

Dez milhões de pessoas morreram; 20 milhões ficaram feridas.

A perseguição da TV Globo contra Lula

Do site Lula:

A defesa do ex-presidente Lula apresentou ao juiz Sérgio Moro e à Comissão Internacional de Direitos Humanos da ONU um estudo científico sobre a cobertura da imprensa brasileira, que comprova tecnicamente - e com números impressionantes - o massacre midiático contra o ex-presidente.

O estudo foi preparado pelo cientista político, sociólogo e mestre em Filosofia João Feres Júnior, vice-diretor do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UERJ) e coordenador do Laboratório de Estudos de Mídia e Esfera Pública (LEMEP) – que produz o Manchetômetro,​ indicador das tendências políticas da mídia brasileira.

O alvo da PEC-55 é reduzir saúde e educação

Por Esther Dwek e Pedro Rossi, no site Brasil Debate:

Diversos defensores da PEC 55 (ex-241) têm dito que as áreas de saúde e educação não serão afetadas pela PEC, que, na realidade, trata-se apenas de maior realismo do orçamento público. Segundo esses autores, o valor a ser gasto com saúde e educação poderá ser definido por cada governo e, uma vez priorizados esses gastos, em detrimento de outros, não haveria perda nessas áreas. Em artigo recente na Folha de S. Paulo, o economista José Marcio Camargo defendeu essa visão: “A PEC não congela os gastos reais com saúde e educação. Ela estipula que, para aumentá-los, será necessário diminuir os gastos reais em outros itens do Orçamento”.

Os intocáveis estão dando um tiro no pé

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Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Nestes últimos meses em que praticamente todos os setores da vida pública ficaram moralmente rotos e esfarrapados, os condutores da Lava Jato movimentaram-se sob um halo de pureza e respeito pela cruzada contra a corrupção, que se projetou também sobre o conjunto do Judiciário e do Ministério Público. Esta luz de Curitiba agora começa a esmaecer, com os procuradores e juízes adentrando também na bruma dos que defendem privilégios, quando buscam a prerrogativa de não se submeterem à Constituição.

Temer e a Justiça ao sabor de canalhas

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Foi preciso aparecer a prova documental da farsa.

O cheque do PMDB, com o nome de Michel Temer.

Aí, claro, o “delator” mudou a versão.

O dinheiro da empreiteira Andrade Gutierrez, agora, não é mais de corrupção, é limpinho e é cheiroso.

Otávio Azevedo, ex-presidente da empreiteira, diante do cheque, mudou de versão.

O golpe na renda e nas pessoas

Por Vitor Nuzzi e Juliana Afonso, na Revista do Brasil:

Os trabalhadores no setor canavieiro da zona da mata, em Pernambuco, fecharam em outubro acordo que incluiu aumento de 9,39%, pouco acima do INPC acumulado (9,15%). O salário mensal passou a R$ 944. Eles garantiram ainda cesta básica no valor de R$ 40. Um bom acordo, avaliam, apontando o momento favorável para os preços do açúcar e do álcool. Outra cláusula considerada importante pela categoria – aproximadamente 70 mil pessoas – é a do chamado piso de garantia, de R$ 16 acima do valor do salário mínimo a ser fixado para janeiro de 2017. O mínimo é referência nos acordos do setor, observa o presidente da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Assalariados Rurais (Fetaepe) e diretor de Política Salarial da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetape), Gilvan José Antunis.

Movimento negro vai às ruas contra Temer

Enviado por Dennis de Oliveira

Entidades do movimento negro brasileiro realizam no próximo dia 20 de novembro, domingo, a Marcha da Consciência Negra. Esta marcha é tradicional no movimento negro pois celebra o dia da consciência negra, em memória de Zumbi dos Palmares.

Este ano o tema da marcha é "Fora, Temer! Nenhum direito a menos!". Isto porque o movimento negro se posiciona contra o golpe parlamentar-midiático contra a presidenta eleita Dilma Roussef. E mais ainda, contra a política recessiva do governo golpista de Michel Temer que quer retirar direitos da população pobre, onde se situa a esmagadora maioria das mulheres negras e homens negros no Brasil. Uma das medidas mais criticadas pelo movimento negro é a PEC 51 que está no Senado que congela os investimentos públicos por 20 anos que afetará profundamente as políticas públicas.

Chico Buarque e o vexame do 'Roda Morta'

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Por Altamiro Borges

A vergonhosa "entrevista" – se é que dá para chamar aquela bajulação chapa-branca de entrevista – de Michel Temer no "Roda Viva" da TV Cultura, na última segunda-feira (14), segue gerando polêmica. Nesta quinta-feira, o jornalista Paulo Pacheco, do UOL, informou que o cantor e compositor Chico Buarque estuda pedir a retirada da sua música da abertura do programa jornalístico – se é que dá para chamar aquele servilismo de jornalismo. Já um grupo de artistas lançou um manifesto em que pede a mudança do próprio nome do programa - que até poderia ser rebatizado de "Roda Morta".