sábado, 9 de dezembro de 2017

Que esperar da quadrilha de Temer?

Por Mauricio Dias, na revista CartaCapital:

A corrupção não é o problema principal do Brasil, conforme as pesquisas mostraram ao longo dos três últimos anos. Esta tem superado, por exemplo, a violência, a saúde e a educação, que, sempre presentes como os principais problemas do País, retrataram o sentimento provocado pela mídia em torno da espalhafatosa e truculenta Operação Lava Jato.

De fato, há muita roubalheira. Ela vem de longe e não emergiu agora. Talvez, atualmente, tenha chegado perto do apogeu e se tornado, veja só, o alvo principal da preocupação dos brasileiros.

O anarquismo do mercado perfeito

Por Tarso Genro, no site Sul-21: 

Uma bomba atômica social que vai desabar sobre o próximo Governo, cujos efeitos ainda são imponderáveis, é a desorganização social e produtiva que será causada pela reforma trabalhista, particularmente pela aplicação desenfreada do trabalho intermitente e precário, de acordo com as regras já vigentes, de uma parte, e com a “pejotização” acelerada, de outra parte, que transformará uma boa parte da mão de obra assalariada em falsos empresários de si mesmos. A queda da arrecadação que advirá para o financiamento da Previdência Social, o sentimento de desresponsabilização do trabalhador-nômade com os destinos da empresa tomadora “eventual” dos seus serviços e a ausência de pertencimento a uma comunidade social – aquela comunidade primária solidária que é a base de uma sociedade de convívio, como asseverara Durkheim – vai ter severas consequências políticas e econômicas.

A aposentada que ateou fogo ao próprio corpo

Ligia Maria Panisset/Facebook
Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A não ser por uns poucos familiares e amigos, a morte da professora Ligia Maria Panisset não foi muito chorada - mas sua tragédia silenciosa é símbolo do desespero que tomou conta do Brasil pós golpe.

Em 2 de dezembro, Ligia usou álcool para atear fogo ao próprio corpo em sua casa. Com 33% dele queimado, não resistiu e morreu cinco dias depois.

Morava no bairro da Penha, tradicional reduto da classe médio no Rio de Janeiro. O site SFN Notícias, que cobre essa região, registrou que, no momento em que os bombeiros chegaram ao imóvel, ela estava em um quarto em chamas que ficou completamente destruído.

Jornal Nacional censurou caso Tacla Durán

Do Jornal GGN:

A defesa de Lula lançou uma nota pública nas redes sociais, na noite de quinta (7), denunciando que o Jornal Nacional, da Rede Globo, censurou parte de uma resposta enviada à emissora que citava o caso Tacla Duran.

O jornal decidiu produzir uma reportagem sobre o juiz Sergio Moro ter liberado uma parte dos bens bloqueados de Lula. O magistrado aceitou devolver cerca de R$ 63 mil vinculados à aposentadoria, mas disse que ainda quer que Lula prove a origem lícita dos R$ 10 milhões relativos à Previdência.

A última cartada de Temer na Previdência

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Era seis de dezembro, passou para 13 e agora prevê-se para entre os dias 18 e 20 a anunciada tentativa de votar na Câmara a reforma da Previdência.

Mais dez dias para prosseguir na compra de votos, para dar ao “mercado” seu presente de Natal.

Os “campeões da moralidade” da mídia fingem que não vêem a derrama de recursos públicos que soma bilhões de reais.

Temer e Lava-Jato destroem a economia

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

Em seminário do qual participou em dezembro de 2014, nove meses depois de deflagrada a operação Lava Jato, o economista Luiz Gonzaga Belluzzo alertou: "Estou observando uma tendência na sociedade brasileira de achar que não tem importância destruir a Petrobras e as empreiteiras". Na ocasião, disse que era preciso combater a corrupção, mas ao mesmo tempo preservar a estatal e as grandes construtoras, "responsáveis por uma parcela muito importante do investimento no país". O economista recomendava "substituir a direção das empresas e preservá-las".

UFMG: fascismo e sociedade do espetáculo

Detalhe de vídeo da TV UFMG
Editorial do site Vermelho:

A autonomia das universidades surgiu ainda na Idade Média – no longínquo ano de 1088, na universidade de Bologna, Itália, e fará 930 anos no ano que vem. Foi um avanço civilizatório que, numa época de fragilidade da lei e império do arbítrio dos poderosos, destina-se a proteger o conhecimento, a liberdade de pesquisa e de pensamento. E é nesse sentido acolhida na tradição constitucional brasileira, como preconiza o artigo 207 da Carta Magna de 1988, que garante a autonomia didática, de pensamento e pesquisa e também administrativa e financeira das universidades.


O neomacarthismo da Gazeta do Povo

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

O jornal Gazeta do Povo, do mesmo grupo GRPCOM que é afiliado à Globo no Paraná, lançou uma plataforma para que professores sejam dedurados anonimamente por supostamente “usar seu tempo em sala de aula para extrapolar os conteúdos pré-definidos com claro posicionamento ideológico”. É exatamente o mesmo tipo de ação que acontecia nos Estados Unidos durante os anos do Macarthismo, quando professores eram denunciados e em seguida levados a depor diante de uma comissão, perseguidos, presos e demitidos.

Quais os planos de Doria para 2018?

Por Sâmia Bomfim, no site Mídia Ninja:

O primeiro ano da “gestão eficiente” do prefeito-empresário João Doria termina com uma reprovação de 39%, contra os 13% no início do mandato, de acordo com o Datafolha, em pesquisa publicada pelo jornal “Folha de São Paulo”.

É cada vez mais perceptível, para a população de São Paulo, a incapacidade dessa administração para resolver os problemas da cidade.
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​​Os entrevistados afirmam que o prefeito fez muito menos do que o esperado. Tal questionamento surge entre os mais pobres, mulheres, pessoas de 35 a 44 anos e com ensino médio completo. Não é por acaso a incidência desses perfis dentre aqueles descontentes com Doria.
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Como explodir o Oriente Médio

Ilustração: Josetxo Ezcurra/Rebelión
Por Phyllis Bennis, no site Outras Palavras:

O plano de Trump para reconhecer Jerusalém como a capital de Israel e no futuro transferir embaixada dos EUA de Tel Aviv para Jerusalém não vai prejudicar os esforços de paz – porque na verdade não há esforços de paz em andamento. Os protestos já começaram, e a raiva está aumentando não apenas entre os palestinos, mas em todo o mundo árabe e muçulmano, entre vários governos, incluindo aliados chave dos EUA, e entre pessoas em todo o mundo.

Para compreender o que representa este movimento é preciso enxergá-lo a partir de duas perspectivas diferentes.