sexta-feira, 30 de setembro de 2016

A demissão de Trajano e a ditadura Temer

Por Altamiro Borges

Num comunicado lacônico, a ESPN Brasil anunciou nesta sexta-feira (30) a demissão do jornalista José Trajano, um dos mais respeitados comentaristas esportivos da tevê brasileira. O surpreendente corte foi comunicado com aparente cinismo pelo site da emissora: “A ESPN rescinde o contrato com José Trajano, que teve papel fundamental na construção da ESPN no Brasil. Agradecemos suas contribuições e desejamos boa sorte nesta nova fase'”. De imediato, a demissão gerou revolta nas redes sociais. Jornalistas e amantes do futebol lamentaram a dispensa. Em seu blog, o amigo Juca Kfouri postou:

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Jandira detona a Globo, que estrebucha!

Por Altamiro Borges

No debate ao vivo da TV Globo entre os candidatos à prefeitura do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (29), a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB) fez o que muita gente tem vontade de fazer, mas não tem espaço. Com coragem e altivez, ela detonou o império midiático da famiglia Marinho. "Boa noite. Nós estamos aqui na TV Globo e eu não poderia deixar de registrar que esta emissora apoiou o golpe contra a democracia e contra uma mulher eleita que foi cassada sem qualquer crime". Meio atordoada, a mediadora do debate, Ana Paula Araújo - não se sabe ainda se por servilismo ou ordens superiores -, produziu um imediato e patético direito de resposta: 

“Doria é mais falso que o botox que aplica”

Por Altamiro Borges

O paulistano parece que gosta de sofrer. No seu masoquismo, votou no desconhecido Celso Pitta, em 1996, e depois se arrependeu amargamente. Anos depois, em 2008, elegeu Gilberto Kassab – que assumira a prefeitura em 2006 com a renúncia traiçoeira de José Serra – e novamente se deu mal. Em ambos os casos, a mais rica cidade brasileira foi literalmente abandonada, com gestões desastrosas e elitistas. Agora, segundo as duvidosas pesquisas de opinião, o eleitor da capital paulista está prestes a dar um novo tiro no pé. João Doria, o milionário empresário que já foi apelidado de “João Dólar”, surge à frente nas sondagens e parece já ter o seu lugar assegurado na disputa do segundo turno.

Unidade: a principal arma contra o golpe

Por Ricardo Gebrim, no jornal Brasil de Fato:

A classe dominante aposta na permanente fragmentação das forças populares. Ao longo do enfrentamento ao cerco político conservador que produziu o golpe contra a presidenta Dilma, nossa maior conquista organizativa foi a Frente Brasil Popular. Mais uma vez, a atual geração de lutadores pôde comprovar o ensinamento de que a unidade é mais poderosa arma de um povo em luta. Essa geração constatou que os meios de comunicação têm consciência do perigo que representa a unificação nacional das lutas. Que juntos não dispersamos energias e potencializamos nossa força.

Tucanos querem amputar a democracia

Por José Carlos Ruy, no site Vermelho:

A cláusula de barreira que a PEC 36/2016, dos senadores tucanos Aécio Neves (MG) e Ricardo Ferraço (ES), pretende criar desmoraliza a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que, em dezembro de 2006, declarou inconstitucional aquela regra restritiva. E cria dois tipos de deputado – um pleno, com direitos assegurados, e outro precário, com direitos amputados. Os deputados plenos são os eleitos pelos grandes partidos; os deputados precários, por partidos pequenos.

Greve no Itamaraty é ignorada pela mídia

Por Flavio Aguiar, na Rede Brasil Atual:

Ela está passando quase despercebida, sem tsunamis nem marolas significativas na mídia. Trata-se da primeira greve dos funcionários do Itamaraty.

Começou no dia 22 de agosto. Até o momento, teve a adesão, além dos sediados no Brasil, de funcionários de 112 repartições diplomáticas brasileiras pelo mundo.

Com a greve, ficaram prejudicadas algumas atividades do serviço consular, como, por exemplo, a emissão de passaportes, certidões e outros serviços. Nota Bene: a greve é dos chamados “funcionários de chancelaria”, não dos diplomatas de carreira.

FMI ataca a valorização do salário mínimo

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

O comunicado do FMI emitido nesta quinta-feira, após a primeira visita oficial ao Brasil na fase Temer, recomendou o fim do mais importante instrumento de combate à pobreza e à desigualdade adotado nos governos Lula e Dilma, a política de valorização do salário mínimo. De 2003 a 2015, o aumento real do SM foi de 76%, alterou o perfil de consumo e foi o principal fator para redução da pobreza registrada pelo Brasil, segundo a ONU. Como diria Lula em outros tempos, nunca antes neste país o salário mínimo fora tão forte.

1947 e 2016: cassações contra a democracia

https://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Augusto César Buonicore, no site da Fundação Maurício Grabois:

Em 1945 o país havia recobrado a democracia e parecia que ela tinha vindo para ficar. Em 3 de setembro daquele mesmo ano o Partido Comunista do Brasil, então PCB, solicitou o seu registro provisório ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e para isso apresentou um novo programa, que afirmava: “A missão do Partido Comunista do Brasil será o prosseguimento da heróica luta revolucionária que o nosso povo vem realizando pela liberdade e progresso do país, iniciada no Brasil-Colônia marcadamente por Tiradentes e continuada por muitos outros até nossos dias. Trabalhará sem descanso pela unidade da classe operária e pela unidade nacional, visando sempre o progresso e a independência do Brasil e a liberdade, a cultura e o bem-estar do seu povo, no caminho do desenvolvimento histórico da sociedade para a abolição de toda exploração do homem pelo homem, com o estabelecimento da propriedade social dos meios de produção”.

Os políticos donos da mídia no Brasil

Por Iara Moura. no site do FNDC:

Na disputa eleitoral, os tempos dos programas de rádio e TV são peça central. Pudera: a visibilidade midiática, a chance de ter alguns segundos de fama, é um dos principais definidores do resultado das urnas. Pensando nisso, as candidaturas fazem esforços de elasticidade nas alianças para garantir maior tempo no programa eleitoral obrigatório e investem vultosas somas em estúdio e produção.

Os bastidores do jornalismo

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

Em 2005, como repórter da TV Globo de São Paulo, fiz uma de minhas primeiras reportagens investigativas depois de retornar ao Brasil vindo da posição de correspondente da emissora em Nova York.

O produtor era Luiz Malavolta. Foi sobre uma empresa de seguros, a Interbrazil, que participou de um esquema de financiamento de campanha do PT em Goiânia, via caixa dois.

Viajei para a capital de Goiás com o produtor Robson Cerântula.

O gosto da traição é bom, Marta?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Marta Suplicy, pode-se dizer, está sentindo o gosto do seu próprio veneno.

Depois de trair o governo de integrou (o Dilma 1), traiu o partido onde fez toda a sua carreira política e, de olho nos votos do antipetismo, virou “impixista” e “temerária”.

Tinha e tem, como qualquer pessoa, o direito de dissentir, de discordar. Mas longas e intensas relações, da ex-sexóloga deveria saber, exigem um período de “luto”. Não de sair xingando o (a) outro (a) na rua.

A delação da Folha contra jornalistas

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Passo 1 - a matéria sem gancho da Folha

Na quinta-feira, a Folha de S Paulo publicou uma não-matéria.

A não-notícia é que o governo Temer resolveu proibir toda publicidade de empresas públicas nos blogs críticos a ele. Ora, esse fato ocorreu no primeiro dia em que Temer assumiu o cargo. Qual a novidade para justificar a matéria? Nenhuma.

O gancho da matéria é o não-fato de que, desde que Temer anunciou a proibição de publicidade de empresas públicas nos blogs, nenhum órgão público anunciou mais nos blogs. Cadê a notícia?