terça-feira, 1 de junho de 2021

Intelectuais judeus peitam Bolsonaro ‘nazista’

Por Altamiro Borges

Na semana passada, 234 intelectuais judeus assinaram uma carta enfatizando que Jair Bolsonaro tem "fortes inclinações nazistas e fascistas". O grupo reagiu à atitude de algumas entidades judaicas, que mantêm relações de cumplicidade com o "capetão" genocida e negacionista.

No corajoso documento, os signatários afirmam que "é preciso chamar as coisas pelo nome". O texto é uma resposta direta aos setores sionistas-bolsonaristas que rejeitam o uso de termos relacionados ao nazismo e ao holocausto para se referir às ações (e omissões) do governo no enfrentamento da pandemia da Covid-19.

Receita avança contra as novelas da Globo

Por Altamiro Borges

Apesar da "generosidade" do Grupo Globo, que no primeiro momento até abafou em seu jornalão e nos telejornais os atos do "Fora Bolsonaro" de sábado (29) – e depois recuou diante das críticas nas redes sociais –, o fascista que ocupa o Palácio do Planalto segue no seu encalço. A revista Veja informa que o "governo Bolsonaro avança contra artistas e autores de novelas da Globo". A caçada é implacável ao império global!

Segundo notinha postada na sexta-feira (28), "depois de aplicar multas milionárias a artistas por causa de contratos 'PJ' [Pessoa Jurídica] com a Globo – só uma atriz levou um tombo de 10 milhões de reais –, a Receita Federal mira agora os escritores e diretores de novelas da emissora".

Chapa Bolsonaro-Mourão e a quebra de sigilo

Política ambiental e a sustentabilidade

Banqueiro tem "bancada" na Câmara Federal

O golpismo veste farda; e não é a do Exército

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Bolsonaro sabe que se desenha para ele, no horizonte de 2022, uma derrota acachapante. Pudera. A despeito da sabotagem de depoentes mentirosos e cínicos, a CPI do Genocídio avança, o desemprego bate recordes, os preços dos alimentos estão pela hora da morte e a fome assola milhões de brasileiros e brasileiras.

E agora um novo e fundamental ingrediente há que ser levado em conta: a oposição de esquerda está de volta às ruas. Quem esteve no #29M pôde notar pelo brilho do olhar de esperança de cada jovem, cada mulher, cada negro, cada trabalhador que as grandes manifestações de sábado foram apenas o pontapé inicial de uma campanha cívica.

Abre parênteses: todas, repito, todas as dezenas de milhares de pessoas que compareceram ao ato do Rio usavam máscaras. A imensa maioria delas inclusive de boa qualidade. Fecha parênteses.

Empresários do ensino querem nos afogar

Por Gilson Reis, na revista CartaCapital:

O Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz, publicado no dia 28 de maio, alerta para o recrudescimento da pandemia nas próximas semanas.

“Os índices de positividade dos testes para diagnóstico realizados permanecem em altos patamares, o que demonstra a circulação intensa do vírus Sars-CoV-2, gerando novas infecções, que podem resultar em casos graves de Covid-19. Esse contexto vai gerar novas pressões sobre todo o sistema de saúde. O aumento no número de internações, demonstrado pelo crescimento das taxas de ocupação dos leitos de UTI, é resultado desse novo quadro da pandemia no Brasil”, alerta o documento.

'Despartidarizar' a PM é chave na democracia

Por Fernando Brito, em seu blog:

O DCM publica a foto de um certo “Tenente Albuquerque”, policial militar que prendeu um professor com base na Lei de Segurança Nacional , por recusar-se a tirar um adesivo “Bolsonaro Genocida ” de seu automóvel.

No Recife, permanecem anônimos os que deram ordem de avançar atirando balas de borracha – que perfuraram um olho em dois homens que passavam pelo local do qual se aproximavam, em paz e desarmados, manifestantes antibolsonaro.

Um sujeito andando de bicicleta à luz do dia, desarmado, é algemado e preso por não colocar imediatamente as mãos na cabeça porque um PM, com uma pistola apontada para o seu rosto deu a famosa “ordem legal”, absolutamente ilegal.

Depois do 29 de maio, o que vem por aí?

Por Eric Nepomuceno, no site Brasil-247:

Foi a primeira grande manifestação popular contra Jair Messias desde o início da pandemia que, graças a ele e seus asseclas, se tornou genocídio. E pairam no ar, desde sábado, várias questões em aberto – umas interessantes, outras alarmantes.

Por exemplo: caso as manifestações se repitam, e nas mesmas proporções, haverá algum movimento na Câmara de Deputados para dar início a um debate consistente sobre os mais de cem pedidos de impeachment adormecidos na gaveta do anterior presidente, Rodrigo Maia, e do atual, Arthur Lira?

Como sabemos todos, é injusto chamar os partidos do tal Centrão de vendilhões. Eles não se venderam nem se vendem: se alugam. E no caso da pressão aumentar, qual seria a elevação dos preços desse aluguel, além dos bilhões já derramados?

CPI da Covid e o festival de mentiras

Por Ayrton Centeno, no jornal Brasil de Fato:

Decididamente o Brasil virou um lugar onde alguns traços até então submersos do caráter nacional – ou de parcela de sua gente – afloraram de modo abrupto nos últimos anos: a burrice, o arcaísmo, o preconceito, a desfaçatez, a prepotência.

Não que não existissem mas eram, então, contidos pelo temor de seus portadores no aguardo de uma liderança para libertá-los das amarras da civilização. Nada se compara, porém, ao boom da mentira.

Lugar privilegiado para desfrutar esta safra copiosa é a CPI da Covid. Ali, um médico, um empresário, um diplomata, um general e outra médica fizeram uma demonstração deste novo esporte nacional: a balela.

Ou a patranha, potoca, peta, lorota, loa, lampana, prego, broca e outros tantos nomes do ato de mentir segundo o dicionário Aurélio.

As armadilhas dos acordos internacionais

Por Paulo Nogueira Batista Jr.

O Brasil participa atualmente de duas negociações econômicas de importância estratégica – importância muito mais negativa do que positiva, como vou explicar. Refiro-me ao acordo Mercosul/União Europeia e à entrada do Brasil na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). As duas remontam ao governo Temer, que decidiu pleitear o ingresso na OCDE e retomar negociações antigas com a União Europeia. Foram levadas adiante pelo governo Bolsonaro, mas estão basicamente paralisadas, por obra das suas políticas climáticas. Dificilmente serão concluídas enquanto o governo não for substituído ou não mudar suas políticas nessa área (e a primeira hipótese parece mais fácil do que segunda!).

Situação de Salles ficou insustentável

Por Jose Cassio, no Diário do Centro do Mundo:

Já demos aqui no DCM sobre o aumento patrimonial de Ricardo Salles durante o período em que operou no governo de São Paulo sob Geraldo Alckmin.

Em março de 2013, Geraldo nomeou Salles como seu secretário particular.

A principal função do rapaz era distribuir cartão e chamar seu interlocutor para uma conversa particular.

Três anos depois, foi nomeado secretário de Meio Ambiente.

Deu seu primeiro salto. Seu patrimônio se multiplicou por seis, passando de R$ 1.456.173,56, em 2012, para R$ 8.859.414,45 em 2018, um crescimento de 500% – os dados são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Entre outros crimes, foi denunciado por favorecer empresas de mineração alterando mapas de zoneamento do Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Tietê.

O falo, a fala e a Frente

Curitiba, 29/5/21. Foto: Giorgia Prates/MST

Por Tarso Genro, no site Sul-21:

Além das diferentes visões do significado do que é o “humano” – nas suas imperfeições misérias e grandezas – e de como a visão destas condições do ser humano influencia os diferentes projetos políticos modernos, há uma questão de fundo (estrutural) que faz a base mais sólida e diferencia o que podemos designar no contexto nacional como os “fascistas” e os “não fascistas”. Trata-se do apreço ou o desprezo pela ciência.

Atos contra Bolsonaro mostram força do povo

Salvador, 29/5/21. Foto: @souzasantosjonas/Mídia Ninja 
Editorial do site Vermelho:


As grandes manifestações de sábado, dia 29 de maio, confirmam o que indicam as pesquisas sobre a rejeição do governo Bolsonaro. As bandeiras levantadas pela manifestação – vacina, comida, emprego e fora Bolsonaro – e os cuidados tomados, em contraposição à aglomeração irresponsável e marcada por ataques à democracia feita pelos bolsonaristas, merecem destaque. E demonstram que o povo na rua fortalece a luta contra Bolsonaro e a posição dos senadores da CPI da Covid-19 que querem ir a fundo na apuração da postura do governo diante da pandemia que tragou mais de 460 mil vidas.