terça-feira, 1 de julho de 2025

O labirinto do Brasil por ser

Di Cavalcanti, 1925
Por Roberto Amaral


“Nós, brasileiros, somos um povo em ser, impedido de sê-lo.” – Darcy Ribeiro, O povo brasileiro.

A ordem político-institucional herdada da reconstitucionalização de 1988 foi posta em recesso com o impeachment de Dilma Rousseff. Morria ali a Nova República anunciada por Ulysses Guimarães e Tancredo Neves. O golpe de Estado de 2016 se consolidou com o regime-tampão do vice perjuro, ponte para a ascensão do neofascismo, pela vez primeira no Brasil a escalar o poder pela via eleitoral.

O presidencialismo espatifa-se como bola de cristal caída ao chão e, com seus estilhaços, a direita concerta o quebra-cabeça como novo Leviatã: poderoso mostrengo que devora as instituições republicanas e impõe a ingovernabilidade como estágio preparatório do caos, indispensável para a revogação do que ainda podemos chamar de “ordem democrática” – frágil, nada obstante sua permanente conciliação com o grande capital, no que se esmera o atual Congresso, implacável no desmonte do que quer que seja que possa sugerir um Estado de bem-estar social.

Lula não deve mandar carta à Economist

Foto: Ricardo Stuckert
Por Kiko Nogueira, no Diário do Centro do Mundo:


O governo brasileiro precisa abandonar urgentemente essa ideia tola de escrever uma carta à Economist por causa de um artigo crítico a Lula.

Não vai adiantar absolutamente nada. A missiva será motivo de piada na redação e pode merecer uma resposta debochada, como seus editores fazem com alguma frequência.

A Economist é um bastião do liberalismo. Foi fundada em 1843, no auge do império britânico. Aquele mundo acabou, mas ela continua dando lição para os súditos inexistestes. Hoje, cheira a mofo como o carpete de um pub velho em Fulham.

Lenin disse que a Economist falava apenas para “milionários britânicos”, algo que continua a se refletir em seus textos.

A publicação não defende o liberalismo democrático ou o que se propaga em aulas acadêmicas, mas uma versão implacável de “livre comércio”, que se impõe globalmente através do uso da força.

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