quarta-feira, 17 de agosto de 2016

TSE ameaça Temer no pós-impeachment

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

Michel Temer busca blindagem judicial tornando-se presidente efetivo, mas não tem garantias de comandar o País até 2018 caso o impeachment seja aprovado no Congresso. A ameaça ao ainda interino vem do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), razão para ele namorar o presidente da corte, Gilmar Mendes, desde as primeiras horas após substituir Dilma Rousseff.

O TSE ainda examina uma ação do PSDB contra a chapa Dilma-Temer eleita em 2014. Indóceis com o governo provisório, que rumina a ideia da reeleição e exita no arrocho fiscal, os tucanos querem que a ação vá até o fim. Foi o que disse o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), relator do impeachment e aliado de Aécio Neves, nesta segunda-feira 16, no programa Roda Viva, da TV Cultura.

FBI coordenou repressão política nos EUA

Por Breno Altman, no site Opera Mundi:

Os norte-americanos estavam com os olhos grudados na televisão. Naquela noite, dia 8 de março de 1971, Joe Frazier e Muhammad Ali disputavam, no Madison Square Garden, tradicional ginásio nova-iorquino, a primeira de suas lendárias lutas do século.

Foram quinze rounds dramáticos.

Frazier era o campeão mundial dos pesos pesados. Seu desafiante, invicto, havia sido exonerado do cinturão máximo da categoria por ter se recusado a combater na Guerra do Vietnã.

A propina do "ético" Magno Malta

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

O senador Magno Malta (PR-ES) virou uma espécie de ídolo da extrema-direita com seus discursos raivosos e ataque a políticos à esquerda. Como se tivesse uma ficha limpíssima, usa a tribuna do plenário do Senado para falar em "moral e os bons costumes", acusar adversários políticos e até debochar. Enquanto Malta acusa sem apresentar provas, o jornal Folha de S.Paulo diz ter tido acesso a e-mails que comprovam caixa 2, ou propina, para o senador na eleição de 2014.

O mito do déficit da Previdência

Por Eduardo Fagnani, no site Brasil Debate:

O déficit da Previdência é um mito. Da Assembleia Nacional Constituinte, nos anos 1980, aos dias atuais, setores detentores de riqueza do país desenvolvem ativa campanha difamatória e ideológica orientada parademonizar a Seguridade Social e, especialmente, o seu segmento da Previdência Social (a Seguridade Social compreende, ainda, a Saúde e a Assistência Social). Há um esforço dessas elites em comprovar a inviabilidade financeira da Previdência, cujo gasto equivale a 8% do PIB, para justificar nova etapa de retrocesso em direitos garantidos pela Constituição de 1988.

Viúvas do INSS na mira de Temer

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Os que preparam a proposta de reforma previdenciária de Temer estudam meios de impedir que beneficiários de pensão por morte, vale dizer, milhares de viúvas, possam acumular este benefício com a aposentadoria. Se vingar, será uma das maiores maldades da contrarreforma social que está em curso. A grande maioria das viúvas recebe apenas um salário mínimo de pensão e, depois de cumprirem o tempo de contribuição como trabalhadoras, fizeram jus a uma aposentadoria também pelo piso do INSS.

Serra "faz bullying” contra a Venezuela

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

O chanceler do Uruguai, Rodolfo Nin Novoa, acusou o governo ilegítimo de Michel Temer de querer “comprar o voto” do país para impedir a transmissão da presidência do Mercosul à Venezuela, como prevê o estatuto do bloco. A repórter Valeria Gil, do jornal uruguaio El Pais, teve acesso às notas taquigráficas de uma reunião da Comissão de Assuntos Internacionais da Câmara dos Deputados uruguaia, na quarta-feira passada, em que Nin Novoa comenta seu desagrado com a pressão de Serra. O ministro das Relações Exteriores interino esteve no país vizinho no dia 5 de julho, acompanhado do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso, como se este também tivesse cargo no governo.

O patrimônio milionário do João Dória

Da revista Fórum:

João Dória (PSDB) é o mais rico entre os candidatos à prefeitura de São Paulo em 2016. O patrimônio do tucano, calculado em R$ 179,8 milhões, é 13 vezes maior do que o da segunda candidata com mais bens, Marta Suplicy (PMDB), que possui R$ 13,3 milhões. Os valores foram declarados à Justiça, uma tarefa obrigatória para quem disputa as eleições.

E como anda a Selic?

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

O esforço hercúleo realizado pelos grandes meios de comunicação para blindar os membros da equipe econômica do governo interino parece que tem obtido algum resultado sobre o comportamento das pessoas em geral. A situação de crise aberta só tem se aprofundado a cada dia que passa: desemprego, número de falências, redução do consumo e da massa salarial, diminuição das verbas orçamentárias para serviços públicos essenciais, entre tantos outros aspectos. Mas o Brasil das editorias de economia parece ser outro.

Lula, Dilma e a boa fé de Moro

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Dias depois de o juiz Sérgio Moro ter dito no Congresso que provas ilícitas poderiam ser válidas numa investigação caso tivessem sido obtidas "de boa fé", o país tem uma boa oportunidade de passar a limpo a aplicação prática de um conceito tão subjetivo.

Autorizada ontem pelo ministro Teori Zavaski, do STF, a investigação sobre a denuncia de que Lula e Dilma agiram em conjunto para obstruir uma investigação da Lava Jato tem como base uma questão de fé.

Se é boa fé, má fé, ou zero fé, não é difícil responder.

A "reforma agrária" de Michel Temer

Por Rafael Tatemoto, no jornal Brasil de Fato:

Michel Temer (PMDB), presidente interino, estuda um pacote de medidas voltadas para o campo. As ideias sinalizadas incluem a oferta de crédito rural e a entrega de títulos de propriedade para assentados da reforma agrária. Movimentos populares que atuam na questão, entretanto, criticam as iniciativas, que entendem como uma forma de privatização das terras.

Os financiamentos serão ofertados através do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Os valores que serão destinados ainda não foram definidos e seguem em discussão.

Golpe é para impor a velha ordem política

Por Renato Rabelo, em seu blog:

A pretendida consumação da farsa do impeachment, ainda este mês, que conduz à concretização de um golpe de Estado, é uma viragem para consolidação e desenvolvimento da velha ordem política, com suas consequências econômicas, sociais e culturais, razão de ser do golpe dito legal.

Ao processo de ruptura constitucional contido no curso de um impeachment fraudado no Brasil não interessa provar inocência ou culpa da presidenta Dilma Rousseff. Semelhante ao ocorrido no Paraguai e Honduras, o único objetivo perseguido aqui é destituir o presidente da República pelo novo modelo de intervenção golpista, seguido na atualidade pelas oligarquias de direita.