Por Bruno Lima Rocha, no jornal Brasil de Fato:
Estou convencido. O presidente caminha na marcha da insensatez, é um personagem que trocou de identidade. Como o ator que se confunde com o papel que lhe deram, no caso, meio que atribuído. Há uma mescla terrível de sistema de crenças alucinado - típico do pior do pós-modernismo em tempos de redes sociais - e uma excessiva exposição da era da imagem. Por exemplo: é certo que House of Cards é a arte que imita a vida e não o oposto. O conjunto das alusões e analogias da série, ao menos até o ator Kevin Spacey ser responsável pelo fim do personagem, Francis Underwood, é perfeitamente plausível, aplicado no mundo real, do concreto e da experiência. Já um sistema "mágico", de um "passado longínquo" e fundamentado na "filosofia do astrólogo" soa mais como discurso de propaganda, de pura legitimação fantasiosa. A mística somada ao extremismo conservador sempre dão uma soma terrível.
Há – ou parece haver com fortes evidências - uma ilusão ao redor da Presidência, do presidente e seus filhos, e esta circunda os apoiadores mais íntimos. As redes sociais de um chefe de Estado, do titular do Poder Executivo da ainda 10ª economia do mundo não são - ou não deveriam ser - seu lugar de catarse. Mas ocorre justamente o oposto. Não parece que ele, Jair Messias, irá se conter. E tampouco parece que se trata de "tática" ou "manobra tergiversionista" (até porque duvido que o Rasputeen do presidente saiba seu significado). Não tem Golbery do Couto e Silva na trupe governista, falta cérebro e sobram dedos teclando, digitando sem parar. Há descontrole. Estamos diante de uma versão de Jânio Quadros da extrema direita do século XXI. Com discurso reciclado, de linha chilena adotada por conveniência - certo que sim - e tendo como guru uma versão tropical no autoexílio de José López Rega. Este no caso, era mau de verdade, e operador de violência política, ao contrário do pseudo-filósofo, insuflador de discursos alheios.
Enfim, eu creio que ele, Bolsonaro, e eles - seu entorno mais próximo, os que articularam o ato de 26 de maio, também conhecido como Micareta Fascista - creem veementemente nas próprias insanidades. O que resta de lucidez no próprio PSL parece estar pulando fora da caravela ocidentalista, a começar pela própria deputada estadual paulista Janaina Conceição Paschoal e autora da ignóbil peça de impeachment lacerdista (baseada na Lei de 10 de abril de 1950, feita às pressas para conter Getúlio Vargas em seu primeiro governo eleito). Mas, diante da insanidade, do acirramento do conflito por direita e com a própria direita, estamos com a história em aberto, uma vala de profundidade abissal e cloacas explodindo.
Nota-se, por fim, uma parte da direita (do próprio PSL) aderiu ao proselitismo raivoso por senso de oportunidade, assim como as criaturas das criaturas emanadas da Atlas Network com bolsa dos irmãos Koch.
Mas, e a parcela que sequer é oportunista, é crente na própria sandice?!
E então golpistas e UDN, estão contentes?
Estou convencido. O presidente caminha na marcha da insensatez, é um personagem que trocou de identidade. Como o ator que se confunde com o papel que lhe deram, no caso, meio que atribuído. Há uma mescla terrível de sistema de crenças alucinado - típico do pior do pós-modernismo em tempos de redes sociais - e uma excessiva exposição da era da imagem. Por exemplo: é certo que House of Cards é a arte que imita a vida e não o oposto. O conjunto das alusões e analogias da série, ao menos até o ator Kevin Spacey ser responsável pelo fim do personagem, Francis Underwood, é perfeitamente plausível, aplicado no mundo real, do concreto e da experiência. Já um sistema "mágico", de um "passado longínquo" e fundamentado na "filosofia do astrólogo" soa mais como discurso de propaganda, de pura legitimação fantasiosa. A mística somada ao extremismo conservador sempre dão uma soma terrível.
Há – ou parece haver com fortes evidências - uma ilusão ao redor da Presidência, do presidente e seus filhos, e esta circunda os apoiadores mais íntimos. As redes sociais de um chefe de Estado, do titular do Poder Executivo da ainda 10ª economia do mundo não são - ou não deveriam ser - seu lugar de catarse. Mas ocorre justamente o oposto. Não parece que ele, Jair Messias, irá se conter. E tampouco parece que se trata de "tática" ou "manobra tergiversionista" (até porque duvido que o Rasputeen do presidente saiba seu significado). Não tem Golbery do Couto e Silva na trupe governista, falta cérebro e sobram dedos teclando, digitando sem parar. Há descontrole. Estamos diante de uma versão de Jânio Quadros da extrema direita do século XXI. Com discurso reciclado, de linha chilena adotada por conveniência - certo que sim - e tendo como guru uma versão tropical no autoexílio de José López Rega. Este no caso, era mau de verdade, e operador de violência política, ao contrário do pseudo-filósofo, insuflador de discursos alheios.
Enfim, eu creio que ele, Bolsonaro, e eles - seu entorno mais próximo, os que articularam o ato de 26 de maio, também conhecido como Micareta Fascista - creem veementemente nas próprias insanidades. O que resta de lucidez no próprio PSL parece estar pulando fora da caravela ocidentalista, a começar pela própria deputada estadual paulista Janaina Conceição Paschoal e autora da ignóbil peça de impeachment lacerdista (baseada na Lei de 10 de abril de 1950, feita às pressas para conter Getúlio Vargas em seu primeiro governo eleito). Mas, diante da insanidade, do acirramento do conflito por direita e com a própria direita, estamos com a história em aberto, uma vala de profundidade abissal e cloacas explodindo.
Nota-se, por fim, uma parte da direita (do próprio PSL) aderiu ao proselitismo raivoso por senso de oportunidade, assim como as criaturas das criaturas emanadas da Atlas Network com bolsa dos irmãos Koch.
Mas, e a parcela que sequer é oportunista, é crente na própria sandice?!
E então golpistas e UDN, estão contentes?
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