sexta-feira, 5 de março de 2010

FHC e os marqueteiros do golpe em Honduras

Artigo publicado no blog “Honduras en Lucha” ajuda a entender melhor porque o ex-presidente FHC, que adora criticar a política externa do governo Lula, quase nada falou sobre os golpistas hondurenhos. O seu partido, o PSDB, até que se pronunciou, sempre com posições mais à direita, justificando a conspiração civil-militar e condenando a diplomacia brasileira por ter dado abrigo ao presidente eleito Manoel Zelaya, deposto em junho de 2009. Mas FHC preferiu a cautela!

O texto, intitulado “FHC, Bush, Uribe e Micheletti são cúmplices documentados”, revela que a agência publicitária Chlopak, Leonard, Schecther y Asociados (CLSA), sediada em Washington, que ajudou a divulgar a versão dos gorilas hondurenhos nos EUA, já havia prestado serviços aos presidentes Álvaro Uribe e FHC, entre outros. O escritor de ficção Peter Schecther, fundador da empresa, recebeu US$ 290 mil para produzir uma das peças publicitárias justificando o golpe.

“O chefe dos ilusionistas”

Segundo o registro obrigatório no Departamento de Justiça dos EUA, os marqueteiros da CLSA receberam fortunas para promover os golpistas “através da utilização dos meios de comunicação, contatos políticos e difusão de informações a funcionários do governo e das organizações não governamentais”. O objetivo seria “disseminar uma campanha de persuasão” junto à sociedade estadunidense, em especial junto aos congressistas, para garantir respaldo ao golpe.

O blog não deixa margem a dúvidas. “Schecther, o chefe ilusionista da CLSA, sabe como vender uma ficção política. Ele já fez isso antes. Como parte da sua consultoria eleitoral, ele já trabalhou para o ex-presidente mexicano Ernesto Zedillo, para o presidente colombiano Álvaro Uribe e para o ex-presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso”. A mesma denúncia foi confirmada pelo sítio Rebelión, editado na Espanha e um dos mais respeitados da internet.

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