Por Maurício Dias, na revista CartaCapital:
Jair Bolsonaro, vagaroso no passo, entrou em cena dias depois. Assim falou o presidente da República: “O Exército não matou ninguém. Houve um incidente, uma morte”. Ele está sempre disposto a contar a história a seu modo, em português elementar e contradições explícitas.
Sabemos que a presença de militares nas ruas com funções de polícia não é o remédio indicado para combater o crime. As Forças Armadas aí estão para defender a soberania nacional. Mas Michel Temer fez a mesura de praxe ao incluir na Constituição que militares transgressores só podem ser julgados pela Justiça fardada.
A propósito, há militares da reserva pregando o fechamento do Supremo Tribunal Federal. Caso como este só aconteceu quando o general Castello Branco tomou uma decisão contrária. Ou seja, cassou os bons, mas decapitou os maus ministros da Casa.
Há sempre situações envolvendo militares, ou um militar, na vida republicana do País. Tem sido assim desde o Estado Novo sustentado pelos fardados sob o controle de Getúlio Vargas (1936-1945). E chegou-se a Jair Bolsonaro e seu governo militarizado. Uma incógnita. Ou melhor, duas, considerando a presença do vice-presidente Hamilton Mourão.
Eles não estão sorrindo. O Ministério da Defesa enviou ao governo um projeto para a Previdência na parte que lhes toca. Os da ativa oferecem uma coisa por outra: aceitam trocar a regra da aposentadoria por tempo de serviço, por exemplo, pela de aumento da contribuição previdenciária. Eles querem mais reajustes e, ainda, a reestruturação da carreira.
“Fui eleito, Geisel não”, defendeu o General Hamilton Mourão, vice-presidente do Brasil, sobre os tempos da ditadura militar
Os militares clamam pela criação de um novo adicional. Também pretendem a edição em 90 dias de uma política de remuneração com reajustes anuais. O porcentual adicionado ao salário mais que dobraria o valor que ganham atualmente.
Mais de 600 militares da Associação de Praças Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais reuniram-se para discutir a Previdência. Aguçaram a curiosidade. “Temos de lutar e resistir”, disse um dos presentes.
É possível aguardar o que ainda decidirá o Congresso. O presidente mantém o silêncio. Já teve, porém, de receber deputados contrários. Há dúvidas quanto àqueles com os quais fechou acordos.
A cada passo que dá, Jair Bolsonaro tropeça em uma bobagem qualquer. Ou melhor, em sandices. Algumas delas insuportáveis, como esta, expelida a propósito dos 80 tiros disparados por militares para matar um inocente e ferir outros dois. “Quando eles começaram a atirar, não pararam”, nem mesmo sob os gritos de socorro, disse um parente das vítimas.
Jair Bolsonaro, vagaroso no passo, entrou em cena dias depois. Assim falou o presidente da República: “O Exército não matou ninguém. Houve um incidente, uma morte”. Ele está sempre disposto a contar a história a seu modo, em português elementar e contradições explícitas.
Sabemos que a presença de militares nas ruas com funções de polícia não é o remédio indicado para combater o crime. As Forças Armadas aí estão para defender a soberania nacional. Mas Michel Temer fez a mesura de praxe ao incluir na Constituição que militares transgressores só podem ser julgados pela Justiça fardada.
A propósito, há militares da reserva pregando o fechamento do Supremo Tribunal Federal. Caso como este só aconteceu quando o general Castello Branco tomou uma decisão contrária. Ou seja, cassou os bons, mas decapitou os maus ministros da Casa.
Há sempre situações envolvendo militares, ou um militar, na vida republicana do País. Tem sido assim desde o Estado Novo sustentado pelos fardados sob o controle de Getúlio Vargas (1936-1945). E chegou-se a Jair Bolsonaro e seu governo militarizado. Uma incógnita. Ou melhor, duas, considerando a presença do vice-presidente Hamilton Mourão.
Eles não estão sorrindo. O Ministério da Defesa enviou ao governo um projeto para a Previdência na parte que lhes toca. Os da ativa oferecem uma coisa por outra: aceitam trocar a regra da aposentadoria por tempo de serviço, por exemplo, pela de aumento da contribuição previdenciária. Eles querem mais reajustes e, ainda, a reestruturação da carreira.
“Fui eleito, Geisel não”, defendeu o General Hamilton Mourão, vice-presidente do Brasil, sobre os tempos da ditadura militar
Os militares clamam pela criação de um novo adicional. Também pretendem a edição em 90 dias de uma política de remuneração com reajustes anuais. O porcentual adicionado ao salário mais que dobraria o valor que ganham atualmente.
Mais de 600 militares da Associação de Praças Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais reuniram-se para discutir a Previdência. Aguçaram a curiosidade. “Temos de lutar e resistir”, disse um dos presentes.
É possível aguardar o que ainda decidirá o Congresso. O presidente mantém o silêncio. Já teve, porém, de receber deputados contrários. Há dúvidas quanto àqueles com os quais fechou acordos.
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