Por Fernando Rosa, no blog Viomundo:
– Hamilton Mourão, vice-presidente, general da reserva
– Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general da reserva
– Fernando Azevedo e Silva, ministro da Defesa, general da reserva
– Carlos Alberto dos Santos Cruz, secretário de Governo, general da reserva
– Bento Costa Lima, ministro das Minas e Energia, almirante de esquadra
– Floriano Peixoto Vieira Neto, secretário de Comunicação (Secom), general da reserva
– Maynard Marques de Santa Rosa, (SAE), general da reserva
– Marcos Pontes, ministro da Ciência e Tecnologia, tenente-coronel reformado
– Tarcísio Gomes de Freitas, ministro da Infraestrutura, capitão reformado
– Wagner Rosário, CGU, capitão reformado
Outros militares também ocuparão cargos no governo, entre eles o major reformado Pedro César Nunes de Souza, chefe de gabinete da Presidência, e o general Marco Aurélio Costa Vieira, secretário de Esportes.
Ainda, o colombiano naturalizado no Brasil, Ricardo Vélez, indicado para o Ministério da Educação, é professor emérito da Escola de Comando e estado Maior do Exército, onde ensina filosofia.
A partir de janeiro, outras funções serão naturalmente ocupadas por militares em estais e demais órgãos governamentais.
O último militar indicado foi o almirante de esquadra, Bento Costa Lima, para o Ministério das Minas e Energia, estratégico para o desenvolvimento e centro do debate sobre soberania nacional.
Bento Costa Lima é um defensor do desenvolvimento nuclear para defender a “Amazônia Azul”, a fronteira marítima brasileira do pré-sal.
Em 2017, em entrevista à Carta Capital, reconheceu o papel estratégico para o setor do almirante Othon, o “pai da tecnologia nuclear nacional”, perseguido e preso pela Operação Lava Jato.
Para especialistas e, mesmo militares, o risco de fracasso do novo governo pode comprometer a imagem das Forças Armadas em sua missão institucional, principalmente devido ao histórico de indisciplina do presidente eleito.
Apesar da aposta militar, a “cola” da imagem do Exército em particular na administração Bolsonaro provocou a manifestação de diversos representantes das Forças Armadas.
A politização dos quartéis foi alvo de debate entre o comandante do Exército, general Villas Bôas, e o vice-presidente, general Mourão que descartou qualquer risco disso ocorrer.
Enquanto Villas Bôas advertiu para o “risco sério” de “interesses pessoais venham a penetrar” no ambiente militar, Mourão discordou afirmando que “as Forças Armadas vão continuar como sempre estiveram”.
Nesta semana, Sérgio Mouro confirmou em sua equipe do Ministério da Justiça, no comando da Secretaria Nacional de Segurança Pública, o general da reserva Guilherme Theophilo, candidato derrotado ao governo do Ceará, nestes eleições, pelo PSDB.
Aos jornais, Moro justificou dizendo que o general foi “como é sabido, candidato nas eleições deste ano, mas já se desfiliou do partido político ao qual estava filiado”, sem citar a sigla.
Enquanto coordenador da Operação Lava Jato, o juiz Sérgio Moro foi acusado pela oposição de proteger políticos do mesmo partido do general.
A “cara” de governo de “intervenção militar” também tem potencial para dificultar a imagem do Brasil no exterior, como ocorreu com a ditadura militar.
A participação militar no processo político nacional também se expressou nas eleições estaduais, federais e para o Senado Federal.
Os números finais da apuração das eleições deste ano apontaram que 72 militares foram eleitos em todos os estados da Federação.
O PSL, partido do candidato à Presidência Jair Bolsonaro, é o que mais elegeu representantes, um total de 39 candidatos.
Entre os eleitos, estão dois generais, Sebastião Roberto Peternelli (PSC), deputado federal em São Paulo, e Elieser Girão Monteiro Filho (PSL), também deputado federal pelo Rio Grande do Norte.
Para especialistas e, mesmo militares, o risco de fracasso do novo governo pode comprometer a imagem das Forças Armadas em sua missão institucional, principalmente devido ao histórico de indisciplina do presidente eleito.
Bolsonaro envolveu-se em ações e conflitos intra-quartéis quando era capitão do Exército, no final dos anos oitenta, ao desafiar a autoridade do então ministro do Exército, general Leônidas Pires Gonçalves.
Na época, após responder um inquérito militar, elegeu-se vereador, e saiu do Exército com a fama de “mau militar”, definição do general Ernesto Geisel em sua autobiografia.
A “cara” de governo de “intervenção militar” também tem potencial para dificultar a imagem do Brasil no exterior, como ocorreu com a ditadura militar.
Nesta semana, o comando do Exército movimentou-se para “limpar” a imagem de Bolsonaro, pelo menos internamente, condecorando-o com a Medalha do Pacificador com Palma do Exército, por ter impedido que um soldado se afogasse durante atividade militar no ano de 1978.
A imagem do candidato Bolsonaro defendendo a volta da ditadura, incluindo a tortura, no entanto, já correu o mundo, com grande destaque nas páginas dos principais jornais.
O atual governo conta com sete ministérios sob comando de militares, além de outros cargos ocupados por oriundos do meio militar.
Além do presidente, do vice e vários ministérios, duas secretarias chaves, a Secretaria de Assuntos Estratégicos e a Secretaria de Comunicação, serão ocupadas por militares.
A presença de militares no governo Bolsonaro é a mais expressiva desde a redemocratização e tão visível quanto os governos da ditadura militar, entre 1964 e 1985.
Segundo o organograma do novo governo, nos principais ministérios, cinco militares são do Exército, um da Aeronáutica e outro da Marinha.
Os principais indicados participaram do processo eleitoral, integrando a equipe de campanha do presidente eleito, sob o comando do general Augusto Heleno.
Outra particularidade é que cinco dos 11 brasileiros que chefiaram as tropas na missão no Haiti (Minustah), ao longo dos 13 anos, ocuparão cargos relevantes no novo governo.
Militares nos principais cargos:
– Jair Bolsonaro, presidente, capitão reformado
Além do presidente, do vice e vários ministérios, duas secretarias chaves, a Secretaria de Assuntos Estratégicos e a Secretaria de Comunicação, serão ocupadas por militares.
A presença de militares no governo Bolsonaro é a mais expressiva desde a redemocratização e tão visível quanto os governos da ditadura militar, entre 1964 e 1985.
Segundo o organograma do novo governo, nos principais ministérios, cinco militares são do Exército, um da Aeronáutica e outro da Marinha.
Os principais indicados participaram do processo eleitoral, integrando a equipe de campanha do presidente eleito, sob o comando do general Augusto Heleno.
Outra particularidade é que cinco dos 11 brasileiros que chefiaram as tropas na missão no Haiti (Minustah), ao longo dos 13 anos, ocuparão cargos relevantes no novo governo.
Militares nos principais cargos:
– Jair Bolsonaro, presidente, capitão reformado
– Hamilton Mourão, vice-presidente, general da reserva
– Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general da reserva
– Fernando Azevedo e Silva, ministro da Defesa, general da reserva
– Carlos Alberto dos Santos Cruz, secretário de Governo, general da reserva
– Bento Costa Lima, ministro das Minas e Energia, almirante de esquadra
– Floriano Peixoto Vieira Neto, secretário de Comunicação (Secom), general da reserva
– Maynard Marques de Santa Rosa, (SAE), general da reserva
– Marcos Pontes, ministro da Ciência e Tecnologia, tenente-coronel reformado
– Tarcísio Gomes de Freitas, ministro da Infraestrutura, capitão reformado
– Wagner Rosário, CGU, capitão reformado
Outros militares também ocuparão cargos no governo, entre eles o major reformado Pedro César Nunes de Souza, chefe de gabinete da Presidência, e o general Marco Aurélio Costa Vieira, secretário de Esportes.
Ainda, o colombiano naturalizado no Brasil, Ricardo Vélez, indicado para o Ministério da Educação, é professor emérito da Escola de Comando e estado Maior do Exército, onde ensina filosofia.
A partir de janeiro, outras funções serão naturalmente ocupadas por militares em estais e demais órgãos governamentais.
O último militar indicado foi o almirante de esquadra, Bento Costa Lima, para o Ministério das Minas e Energia, estratégico para o desenvolvimento e centro do debate sobre soberania nacional.
Bento Costa Lima é um defensor do desenvolvimento nuclear para defender a “Amazônia Azul”, a fronteira marítima brasileira do pré-sal.
Em 2017, em entrevista à Carta Capital, reconheceu o papel estratégico para o setor do almirante Othon, o “pai da tecnologia nuclear nacional”, perseguido e preso pela Operação Lava Jato.
Para especialistas e, mesmo militares, o risco de fracasso do novo governo pode comprometer a imagem das Forças Armadas em sua missão institucional, principalmente devido ao histórico de indisciplina do presidente eleito.
Apesar da aposta militar, a “cola” da imagem do Exército em particular na administração Bolsonaro provocou a manifestação de diversos representantes das Forças Armadas.
A politização dos quartéis foi alvo de debate entre o comandante do Exército, general Villas Bôas, e o vice-presidente, general Mourão que descartou qualquer risco disso ocorrer.
Enquanto Villas Bôas advertiu para o “risco sério” de “interesses pessoais venham a penetrar” no ambiente militar, Mourão discordou afirmando que “as Forças Armadas vão continuar como sempre estiveram”.
Nesta semana, Sérgio Mouro confirmou em sua equipe do Ministério da Justiça, no comando da Secretaria Nacional de Segurança Pública, o general da reserva Guilherme Theophilo, candidato derrotado ao governo do Ceará, nestes eleições, pelo PSDB.
Aos jornais, Moro justificou dizendo que o general foi “como é sabido, candidato nas eleições deste ano, mas já se desfiliou do partido político ao qual estava filiado”, sem citar a sigla.
Enquanto coordenador da Operação Lava Jato, o juiz Sérgio Moro foi acusado pela oposição de proteger políticos do mesmo partido do general.
A “cara” de governo de “intervenção militar” também tem potencial para dificultar a imagem do Brasil no exterior, como ocorreu com a ditadura militar.
A participação militar no processo político nacional também se expressou nas eleições estaduais, federais e para o Senado Federal.
Os números finais da apuração das eleições deste ano apontaram que 72 militares foram eleitos em todos os estados da Federação.
O PSL, partido do candidato à Presidência Jair Bolsonaro, é o que mais elegeu representantes, um total de 39 candidatos.
Entre os eleitos, estão dois generais, Sebastião Roberto Peternelli (PSC), deputado federal em São Paulo, e Elieser Girão Monteiro Filho (PSL), também deputado federal pelo Rio Grande do Norte.
Para especialistas e, mesmo militares, o risco de fracasso do novo governo pode comprometer a imagem das Forças Armadas em sua missão institucional, principalmente devido ao histórico de indisciplina do presidente eleito.
Bolsonaro envolveu-se em ações e conflitos intra-quartéis quando era capitão do Exército, no final dos anos oitenta, ao desafiar a autoridade do então ministro do Exército, general Leônidas Pires Gonçalves.
Na época, após responder um inquérito militar, elegeu-se vereador, e saiu do Exército com a fama de “mau militar”, definição do general Ernesto Geisel em sua autobiografia.
A “cara” de governo de “intervenção militar” também tem potencial para dificultar a imagem do Brasil no exterior, como ocorreu com a ditadura militar.
Nesta semana, o comando do Exército movimentou-se para “limpar” a imagem de Bolsonaro, pelo menos internamente, condecorando-o com a Medalha do Pacificador com Palma do Exército, por ter impedido que um soldado se afogasse durante atividade militar no ano de 1978.
A imagem do candidato Bolsonaro defendendo a volta da ditadura, incluindo a tortura, no entanto, já correu o mundo, com grande destaque nas páginas dos principais jornais.
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