Foto: Divulgação SBT |
Segundo o site de entretenimento TV Pop, “o SBT iniciou na manhã desta quinta-feira (14) a maior demissão em massa de sua história. Em uma movimentação desesperada para tentar evitar um prejuízo de mais de R$ 100 milhões no final do ano, a emissora liderada por Daniela Beyruti deverá abrir mão de cerca de 400 colaboradores até o final do mês”. Imagine se não fossem “colaboradores”, mas trabalhadores. Não seria “abrir mão”, mas sim o cruel facão!
Ainda de acordo com a reportagem, os cortes atingirão todos os setores, sem exceção, e vão causar impacto direto no orçamento da emissora, já que todas as produções do canal tiveram seus orçamentos cortados em ao menos 20%. “O TV Pop apurou que a mudança mais visível para o público até o momento da publicação deste texto é o cancelamento do SBT News na TV. O noticioso, que estreou há quase dois anos, cederá seu espaço para um bloco de reapresentações de programas antigos da rede”.
Marcelo Casagrande, âncora e editor-chefe do telejornal, entrou no ar já sabendo que seria o seu último dia a frente do programa. “Durante toda a edição, ele se despediu de repórteres, aproveitando também para dar adeus aos telespectadores no encerramento do telejornal. ‘Muito obrigado a você de casa que ficou com a gente nas últimas horas. Valeu demais! A gente se vê numa próxima. Bom feriado pra você, a gente se vê numa próxima. Saúde e paz, Brasil’, afirmou o jornalista” – um dos poucos que teve o seu emprego poupado.
A crise no Sistema Bolsonarista de Televisão
O cruel facão não está restrito apenas ao setor da produção. “Uma das áreas mais afetadas foi o departamento comercial, que contava com vários colaboradores ‘históricos’ da companhia, que davam expediente desde que a sua sede ficava na Vila Guilherme – o canal se mudou para Osasco, na Grande São Paulo, há 28 anos. No setor, os cortes tem afetado principalmente profissionais com cargos relevantes, como coordenadores e gerentes. Na Fábrica de Cenários, 20 pessoas foram dispensadas”.
A crise no SBT – também apelidado de Sistema Bolsonarista de Televisão – já vem de algum tempo. Nem o covil do fascista conseguiu salvar a corporação, mesmo cedendo o carguinho de ministro das Comunicações ao ex-deputado Fábio Faria (PP-RN), genro de Silvio Santos. Com a morte em agosto passado do “topa tudo por dinheiro”, porém, a crise se agravou. O clima na emissora é de decadência total e alguns analistas já preveem a venda da empresa.
Segundo o site Notícias da TV, a previsão é de a emissora ter um rombo superior a R$ 100 milhões neste ano, “devido aos novos investimentos em programas que não decolaram e à queda nas receitas publicitárias... As demissões começaram em agosto. O novo passaralho (jargão para demissões em grande escala) visa não apenas reduzir o prejuízo de 2024, mas, principalmente, ajustar a estrutura para 2025”.
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