Carreata contra quarentena, Av. Paulista, São Paulo, 17/5/20 Foto: Roberto Parizotti/Fotos Públicas |
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), classificou como “atitude sabotadora” a insistência do presidente Jair Bolsonaro de acabar com qualquer estratégia de isolamento social contra o contágio pelo novo coronavírus. “Estamos vendo uma atitude de sabotagem objetivamente liderada pelo próprio Bolsonaro. É possível que nossos esforços no sentido de maior prevenção, para salvar vidas, em larga medida se percam”, disse hoje (16).
Para o governador, Bolsonaro põe em risco os esforços dos governadores, especialmente do Nordeste, onde a situação é mais difícil devido à histórica falta de investimentos em equipamentos de saúde, a vida de muitos brasileiros e também as finanças públicas.
“Seriam necessários menos investimentos se houvesse maior prevenção. Bolsonaro é aquele que mais empurra a economia brasileira a realizar mais gastos porque ele tenta impedir a nossa ação preventiva, especialmente aquelas recomendadas na seara internacional, referentes ao isolamento e distanciamento social”.
As afirmações foram feitas durante mesa virtual do seminário Diálogos, Vida e Democracia, realizado pelo Observatório da Democracia. Além de Dino, participam os governadores do Pará, Hélder Barbalho (MDB); do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB); da Bahia, Rui Costa (PT), com mediação de Manoel Dias, Presidente da Fundação Leonel Brizola-Alberto Pasqualini. O Observatório da Democracia nasceu de questionamentos levantados durante os encontros de um grupo formado pelas fundações partidárias Cláudio Campos (PPL), Lauro Campos (Psol), João Mangabeira (PSB), Leonel Brizola – Alberto Pasqualini (PDT), Maurício Grabois (PCdoB), da Ordem Social (PROS) e Perseu Abramo (PT).
Na avaliação de Flávio Dino, a pandemia da covid-19 é uma bifurcação para a humanidade. Um sentido dá acesso a uma “saída civilizacional”, e outro, à barbárie. “Devemos perseverar no isolamento, manter clima de unidade e união mais ampla possível com quem queira o mesmo. E ao mesmo tempo abrir leitos, trabalhar por medidas protetivas e olhar para o futuro”.
Para o governador, Bolsonaro põe em risco os esforços dos governadores, especialmente do Nordeste, onde a situação é mais difícil devido à histórica falta de investimentos em equipamentos de saúde, a vida de muitos brasileiros e também as finanças públicas.
“Seriam necessários menos investimentos se houvesse maior prevenção. Bolsonaro é aquele que mais empurra a economia brasileira a realizar mais gastos porque ele tenta impedir a nossa ação preventiva, especialmente aquelas recomendadas na seara internacional, referentes ao isolamento e distanciamento social”.
As afirmações foram feitas durante mesa virtual do seminário Diálogos, Vida e Democracia, realizado pelo Observatório da Democracia. Além de Dino, participam os governadores do Pará, Hélder Barbalho (MDB); do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB); da Bahia, Rui Costa (PT), com mediação de Manoel Dias, Presidente da Fundação Leonel Brizola-Alberto Pasqualini. O Observatório da Democracia nasceu de questionamentos levantados durante os encontros de um grupo formado pelas fundações partidárias Cláudio Campos (PPL), Lauro Campos (Psol), João Mangabeira (PSB), Leonel Brizola – Alberto Pasqualini (PDT), Maurício Grabois (PCdoB), da Ordem Social (PROS) e Perseu Abramo (PT).
Na avaliação de Flávio Dino, a pandemia da covid-19 é uma bifurcação para a humanidade. Um sentido dá acesso a uma “saída civilizacional”, e outro, à barbárie. “Devemos perseverar no isolamento, manter clima de unidade e união mais ampla possível com quem queira o mesmo. E ao mesmo tempo abrir leitos, trabalhar por medidas protetivas e olhar para o futuro”.
União federativa
O governador da Bahia, Rui Costa (PT), disse invejar outros presidentes e primeiros-ministros que colocaram divergências de lado para enfrentar as pandemia e para planejar os pós-pandemia. “Bolsonaro já atacou grandes nações, como a China, a França, a Argentina e agora ataca a OMS. Com os governadores não é diferente. A ajuda aos governadores foi aprovada na Câmara mas continua na gaveta dele”.
A Bahia precisa de 1300 leitos de UTI. Hoje tem apenas 362. A demanda aumenta. Rui Costa destacou o trabalho de convencimento que tem para os prefeitos apoiarem o isolamento. Citou um município, à beira da BR, resistente. Há dois dias, recebeu telefonema do gestor, desesperado, com os óbitos que começam a aumentar na cidade. Não foi falta de aviso.
No entanto, o governador baiano está otimista em relação ao fortalecimento da federação, de 2015 para cá, que inclui a criação do Consórcio do Nordeste, em 2018, e que culminou com a resistência à política de Bolsonaro para a pandemia.
“Essa união dos governadores pode ajudar o Brasil após o pico da pandemia, para projetos que reabilitem a economia”.
Reserva de 1 trilhão
O governador do Pará, Helder Barbalho, cobrou mais envolvimento e compromisso do governo federal. Ele defende que a União utilize imediatamente a reserva de R$ 1 trilhão para garantir renda para pessoas vulneráveis respeitarem o isolamento. “Ou então que emita moeda e atenda 60 milhões de pessoas desalentadas”.
De acordo com o governador paraense, o estado está utilizando R$ 200 milhões de recursos próprios para essa finalidade, cobrando juros de 0,2%, três meses de carência e três anos de amortização. São beneficiados pequenos empresários e trabalhadores informais. Além disso, beneficia 551 alunos da rede estadual com R$ 80.
“Este é um momento de convocação nacional. Não devemos imaginar que nossas diferenças possam tomar nossas forças, mesmo que seja difícil dialogar, temos de buscar e fazer a sociedade compreender o momento. E sobretudo se inspirar na experiência de outros países que fizeram o isolamento bem feito e começam aos poucos a retomar a economia. Nosso único inimigo tem de ser o novo coronavírus.”
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