Imagem: divulgação/redes sociais |
Nos Estados Unidos, onde a liberação das armas explica a sucessão de ataques armados a escolas, com inúmeras mortes, ninguém esquece os traumas provocados por eles.
Há 23 anos, em 1999, houve o Massacre de Columbine, no Colorado, EUA, quando dois ex-alunos, de 17 e 18 anos, invadiram uma escola, atirando com escopeta, deixando o saldo de 13 mortos, inclusive os criminosos.
Mas a mídia americana não esquece, a produção cultural não esquece, o povo não esquece e, sobretudo, as pessoas ligadas às vítimas não esquecem.
O Massacre de Realengo, há 11 anos, na Escola Municipal Tasso da Silveira, no bairro de Realengo, RJ, foi cometido por um ex-aluno fortemente armado, havendo também 13 mortos, o assassino entre eles.
Com a invasão das escolas, em Aracruz, por um jovem atirador de 16 anos, com suásticas na farda camuflada e quatro mulheres mortas como "troféus", o massacre de Columbine foi mais lembrado pela mídia brasileira do que o da escola de Realengo. O motivo?
No Brasil dos assassinatos em série, de montão, sem se apontar culpas nem culpados, sem investigação, punição, sequer emoção, o sacrifício humano é naturalizado. Assim como são naturais as torturas, a fome, a injustiça.
Somos um povo endurecido por nossas tragédias crônicas. Não tivemos grandes guerras pontuais para nos traumatizar. Nossa guerra é contínua, nossos traumas são o normal, estão em nosso DNA.
Em vez de levar cobertor para o mendigo indigente em nossa calçada, mandamos o porteiro dar nele uma ducha gelada. Em vez de socorrer o corpo estendido na rua, saltamos sobre o possível cadáver, para ver melhor a vitrine. Este é o rosto do nosso horror.
O menino capixaba,16 anos, usou armas do pai, policial militar, @tenente_fabio_psicanalista. Ele agiu talvez movido pela influência desse pai tenente, um admirador de Hitler, conforme está em seu Instagram. O tenente Fábio é mais um desta atual safra de "patriotas".
O olhar da mídia? O Estadão ilustra a matéria com uma mão negra, empunhando uma pistola, e o assassino é branco, provável supremacista!
Quanto tempo o Massacre de Aracruz será notícia? Uma semana?
Um mês, se tanto...
O Massacre de Realengo, há 11 anos, na Escola Municipal Tasso da Silveira, no bairro de Realengo, RJ, foi cometido por um ex-aluno fortemente armado, havendo também 13 mortos, o assassino entre eles.
Com a invasão das escolas, em Aracruz, por um jovem atirador de 16 anos, com suásticas na farda camuflada e quatro mulheres mortas como "troféus", o massacre de Columbine foi mais lembrado pela mídia brasileira do que o da escola de Realengo. O motivo?
No Brasil dos assassinatos em série, de montão, sem se apontar culpas nem culpados, sem investigação, punição, sequer emoção, o sacrifício humano é naturalizado. Assim como são naturais as torturas, a fome, a injustiça.
Somos um povo endurecido por nossas tragédias crônicas. Não tivemos grandes guerras pontuais para nos traumatizar. Nossa guerra é contínua, nossos traumas são o normal, estão em nosso DNA.
Em vez de levar cobertor para o mendigo indigente em nossa calçada, mandamos o porteiro dar nele uma ducha gelada. Em vez de socorrer o corpo estendido na rua, saltamos sobre o possível cadáver, para ver melhor a vitrine. Este é o rosto do nosso horror.
O menino capixaba,16 anos, usou armas do pai, policial militar, @tenente_fabio_psicanalista. Ele agiu talvez movido pela influência desse pai tenente, um admirador de Hitler, conforme está em seu Instagram. O tenente Fábio é mais um desta atual safra de "patriotas".
O olhar da mídia? O Estadão ilustra a matéria com uma mão negra, empunhando uma pistola, e o assassino é branco, provável supremacista!
Quanto tempo o Massacre de Aracruz será notícia? Uma semana?
Um mês, se tanto...
0 comentários:
Postar um comentário