Do blog Viomundo:
Está no campo das possibilidades: a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) propagou aumento de 9,5% nas vendas de Natal para agradar o governo Jair Bolsonaro.
“Mercado formal de trabalho continua melhorando”, informava o site da entidade no mês passado, apesar desta estatística ser bastante questionável: é a informalidade que tem disparado no Brasil.
A taxa de desemprego de fato registrou leve queda no trimestre móvel encerrado em outubro, de 0,2%, ficando em 11,8%, mas o número de trabalhadores sem carteira assinada atingiu 11,9 milhões, um recorde (mais 280 mil pessoas em relação ao período anterior).
O número de trabalhadores por conta própria chegou a 24,4 milhões (mais 913 mil), outro recorde em relação ao período anterior. Nos dois casos, são trabalhadores precarizados.
A precarização do trabalho no Brasil é resultado direto da atuação de empresários nos bastidores dos governos Temer e Bolsonaro, os mesmos que promoveram o impeachment de Dilma Rousseff nas ruas.
A Alshop faz parte da UNECS (União Nacional de Entidades de Comércio e Serviços), presidida por George Pinheiro, que também dirige a Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB).
Da UNECS também fazem parte a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), presidida por José César da Costa, e a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), presidida por Paulo Solmucci.
Todas as entidades vem atuando nos bastidores do governo Bolsonaro pela dissolução dos direitos trabalhistas.
A Alshop, que divulgou a estatística questionada, atua no Congresso através da Frente Parlamentar de Comércio, Serviços e Empreendedorismo (FCS).
Em fevereiro de 2019 o presidente da Alshop, Nabil Sahyoun, esteve com o vice-presidente Hamilton Mourão apresentando uma série de pedidos:
Simplificação e racionalização das obrigações tributárias e administrativas;
Verticalização do sistema financeiro no país e suas nefastas consequências para a sociedade;
Elevado spread bancário e os altíssimos custos atrelados aos meios de pagamento;
A facilitação do empreender e o incentivo à geração de emprego, por meio da manutenção da legislação trabalhista atual e adoção de novas medidas que possam contribuir para simplificar e modernizar as relações de trabalho.
A Alshop e as entidades acima citadas apoiaram a MP do Emprego Verde e Amarelo, que a título de estimular o emprego de jovens permite o trabalho aos domingos e feriados desde que demandado pelos empresários, sendo obrigatório apenas um domingo de folga A CADA QUATRO para quem trabalha no setor de comércio ou serviços e um domingo de folga A CADA SETE para quem trabalha na indústria.
“É uma mentira. Estamos desconfiados de que foi manipulação com alguma segunda intenção”, reagiu o presidente da Associação Brasileira dos Lojistas Satélites (Ablos), Tito Bessa, ao suposto aumento de 9,5% nas vendas de Natal.
“Para mim, é um dado plantado”, afirmou o empresário, da rede de moda TNG à Folha de S. Paulo.
A própria Ablos, numa pesquisa informal, disse que 70% dos lojistas consultados disseram ter tido um desempenho pior ou igual ao de 2018.
Também citado pela Folha, o diretor de outra rede de lojas de vestuário, a MOB, Ângelo Campos, disse ter ouvido de outros lojistas que houve queda nas vendas de Natal: “Não sei de onde eles tiraram esse número [de aumento de 9,5%]”.
A notícia do suposto aumento das vendas de Natal foi motivo de uma entrevista coletiva do presidente da Alshop no dia 26 de dezembro.
Recebeu ampla cobertura da imprensa e reportagem de 2 minutos e 41 segundos da Agência Brasil, controlada editorialmente pelo governo Bolsonaro.
À notícia da Folha de que os lojistas de shopping querem ir à Justiça questionar a pesquisa da Alshop - que afirma ter consultado 400 comerciantes para chegar aos 9,5% de crescimento das vendas –, a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, reagiu no twitter:
É o que estamos dizendo, os indicadores divulgados não refletem o que acontece na real.
Festejam “retomada” econômica imperceptível para a maioria.
Não é torcer contra, é apenas sentir a realidade.
Essa política econômica não esta melhorando a vida do povo.
“Mercado formal de trabalho continua melhorando”, informava o site da entidade no mês passado, apesar desta estatística ser bastante questionável: é a informalidade que tem disparado no Brasil.
A taxa de desemprego de fato registrou leve queda no trimestre móvel encerrado em outubro, de 0,2%, ficando em 11,8%, mas o número de trabalhadores sem carteira assinada atingiu 11,9 milhões, um recorde (mais 280 mil pessoas em relação ao período anterior).
O número de trabalhadores por conta própria chegou a 24,4 milhões (mais 913 mil), outro recorde em relação ao período anterior. Nos dois casos, são trabalhadores precarizados.
A precarização do trabalho no Brasil é resultado direto da atuação de empresários nos bastidores dos governos Temer e Bolsonaro, os mesmos que promoveram o impeachment de Dilma Rousseff nas ruas.
A Alshop faz parte da UNECS (União Nacional de Entidades de Comércio e Serviços), presidida por George Pinheiro, que também dirige a Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB).
Da UNECS também fazem parte a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), presidida por José César da Costa, e a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), presidida por Paulo Solmucci.
Todas as entidades vem atuando nos bastidores do governo Bolsonaro pela dissolução dos direitos trabalhistas.
A Alshop, que divulgou a estatística questionada, atua no Congresso através da Frente Parlamentar de Comércio, Serviços e Empreendedorismo (FCS).
Em fevereiro de 2019 o presidente da Alshop, Nabil Sahyoun, esteve com o vice-presidente Hamilton Mourão apresentando uma série de pedidos:
Simplificação e racionalização das obrigações tributárias e administrativas;
Verticalização do sistema financeiro no país e suas nefastas consequências para a sociedade;
Elevado spread bancário e os altíssimos custos atrelados aos meios de pagamento;
A facilitação do empreender e o incentivo à geração de emprego, por meio da manutenção da legislação trabalhista atual e adoção de novas medidas que possam contribuir para simplificar e modernizar as relações de trabalho.
A Alshop e as entidades acima citadas apoiaram a MP do Emprego Verde e Amarelo, que a título de estimular o emprego de jovens permite o trabalho aos domingos e feriados desde que demandado pelos empresários, sendo obrigatório apenas um domingo de folga A CADA QUATRO para quem trabalha no setor de comércio ou serviços e um domingo de folga A CADA SETE para quem trabalha na indústria.
“É uma mentira. Estamos desconfiados de que foi manipulação com alguma segunda intenção”, reagiu o presidente da Associação Brasileira dos Lojistas Satélites (Ablos), Tito Bessa, ao suposto aumento de 9,5% nas vendas de Natal.
“Para mim, é um dado plantado”, afirmou o empresário, da rede de moda TNG à Folha de S. Paulo.
A própria Ablos, numa pesquisa informal, disse que 70% dos lojistas consultados disseram ter tido um desempenho pior ou igual ao de 2018.
Também citado pela Folha, o diretor de outra rede de lojas de vestuário, a MOB, Ângelo Campos, disse ter ouvido de outros lojistas que houve queda nas vendas de Natal: “Não sei de onde eles tiraram esse número [de aumento de 9,5%]”.
A notícia do suposto aumento das vendas de Natal foi motivo de uma entrevista coletiva do presidente da Alshop no dia 26 de dezembro.
Recebeu ampla cobertura da imprensa e reportagem de 2 minutos e 41 segundos da Agência Brasil, controlada editorialmente pelo governo Bolsonaro.
À notícia da Folha de que os lojistas de shopping querem ir à Justiça questionar a pesquisa da Alshop - que afirma ter consultado 400 comerciantes para chegar aos 9,5% de crescimento das vendas –, a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, reagiu no twitter:
É o que estamos dizendo, os indicadores divulgados não refletem o que acontece na real.
Festejam “retomada” econômica imperceptível para a maioria.
Não é torcer contra, é apenas sentir a realidade.
Essa política econômica não esta melhorando a vida do povo.
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