Por Christiane Peres, no site Vermelho:
Por 264 votos contra 227, base de Michel Temer na Câmara suspendeu a análise da denúncia contra o peemedebista por corrupção passiva. Agora, para Temer responder por este crime será preciso esperar até o final do mandato, no dia 1º de janeiro de 2019, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) poderá retomar a análise da denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
No total, 15 partidos (PMDB, PP, PR, PSD, DEM, PTB, PRB, PSC, Pros, SD, PEN, Pode, PTdoB, PSL e PRP) orientaram o voto “sim”, enquanto dez partidos (PT, PSDB, PSB, PDT, PCdoB, PPS, PHS, Rede, PSol e PMB) orientaram o “não”. Apenas o PV liberou a bancada para que cada deputado decidisse sua posição.
Diferentemente da votação do impeachment de Dilma, quando os golpistas votaram em nome de “Deus e da família”, ironicamente, dessa vez, a base dedicou seus votos à “estabilidade política e honestidade de Temer”.
A votação foi marcada por protestos de parlamentares da oposição que pediam transparência e tempo para debate. “Uma denúncia grave como essa não poderia ter sido votada assim. Era preciso debate, mas eles tinham pressa. Temer precisa ser investigado para o Brasil caminhar rumo às Diretas Já”, afirma a líder comunista, Alice Portugal (BA).
Para garantir o resultado a seu favor, Temer reforçou nesta semana a empreitada por apoio. Só na véspera da votação, o presidente recebeu mais de 100 parlamentares e ainda teve tempo para um almoço com a bancada ruralista, onde apresentou a recém-publicada medida provisória que alivia a dívida previdenciária de produtores rurais.
“Para além do congelamento de 20 anos nos investimentos em saúde e educação, o governo ainda diz que não tem recursos para investir em faculdades públicas por conta da “herança” do governo Dilma. Mas vimos aqui que não faltou dinheiro para comprar deputados com emendas e garantir a anistia de Temer”, avalia a presidente nacional do PCdoB, Luciana Santos (PE).
Durante a própria sessão de votação da denúncia, ministro de Temer foi visto negociando novas emendas parlamentares, explicitando os meios usados para garantir o governo do peemedebista.
“Vimos aqui não uma tropa de choque, mas uma tropa de cheque”, ironiza o deputado Rubens Pereira Jr (PCdoB-MA).
Para os deputados da base governista, a manutenção do presidente é vital para a “retomada do crescimento econômico”, uma vez que Temer “vem conseguindo imprimir uma agenda favorável ao mercado e ao emprego”.
Apesar da “segurança” de alguns discursos, a direita protagonizou cenas de empurra-empurra e bate-boca sob comando do deputado Wladimir Costa (SD-PA), que chegou a classificar partidos de esquerda de “organizações criminosas”.
“Esse é o nível dos defensores de Temer. Seria cômico se não fosse trágico e tão sério”, disse Alice Portugal em repúdio à postura do parlamentar.
Agora, uma nova batalha poderá ser travada quando o PGR, Rodrigo Janot, apresentar nova denúncia contra o presidente.
Por 264 votos contra 227, base de Michel Temer na Câmara suspendeu a análise da denúncia contra o peemedebista por corrupção passiva. Agora, para Temer responder por este crime será preciso esperar até o final do mandato, no dia 1º de janeiro de 2019, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) poderá retomar a análise da denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
No total, 15 partidos (PMDB, PP, PR, PSD, DEM, PTB, PRB, PSC, Pros, SD, PEN, Pode, PTdoB, PSL e PRP) orientaram o voto “sim”, enquanto dez partidos (PT, PSDB, PSB, PDT, PCdoB, PPS, PHS, Rede, PSol e PMB) orientaram o “não”. Apenas o PV liberou a bancada para que cada deputado decidisse sua posição.
Diferentemente da votação do impeachment de Dilma, quando os golpistas votaram em nome de “Deus e da família”, ironicamente, dessa vez, a base dedicou seus votos à “estabilidade política e honestidade de Temer”.
A votação foi marcada por protestos de parlamentares da oposição que pediam transparência e tempo para debate. “Uma denúncia grave como essa não poderia ter sido votada assim. Era preciso debate, mas eles tinham pressa. Temer precisa ser investigado para o Brasil caminhar rumo às Diretas Já”, afirma a líder comunista, Alice Portugal (BA).
Para garantir o resultado a seu favor, Temer reforçou nesta semana a empreitada por apoio. Só na véspera da votação, o presidente recebeu mais de 100 parlamentares e ainda teve tempo para um almoço com a bancada ruralista, onde apresentou a recém-publicada medida provisória que alivia a dívida previdenciária de produtores rurais.
“Para além do congelamento de 20 anos nos investimentos em saúde e educação, o governo ainda diz que não tem recursos para investir em faculdades públicas por conta da “herança” do governo Dilma. Mas vimos aqui que não faltou dinheiro para comprar deputados com emendas e garantir a anistia de Temer”, avalia a presidente nacional do PCdoB, Luciana Santos (PE).
Durante a própria sessão de votação da denúncia, ministro de Temer foi visto negociando novas emendas parlamentares, explicitando os meios usados para garantir o governo do peemedebista.
“Vimos aqui não uma tropa de choque, mas uma tropa de cheque”, ironiza o deputado Rubens Pereira Jr (PCdoB-MA).
Para os deputados da base governista, a manutenção do presidente é vital para a “retomada do crescimento econômico”, uma vez que Temer “vem conseguindo imprimir uma agenda favorável ao mercado e ao emprego”.
Apesar da “segurança” de alguns discursos, a direita protagonizou cenas de empurra-empurra e bate-boca sob comando do deputado Wladimir Costa (SD-PA), que chegou a classificar partidos de esquerda de “organizações criminosas”.
“Esse é o nível dos defensores de Temer. Seria cômico se não fosse trágico e tão sério”, disse Alice Portugal em repúdio à postura do parlamentar.
Agora, uma nova batalha poderá ser travada quando o PGR, Rodrigo Janot, apresentar nova denúncia contra o presidente.
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