Por Joanne Mota, no site da CTB:
Defesa dos interesses dos patrões, em favor de uma gestão golpista e desrespeito à CLT e à Constituição Federal, esses são os argumentos que estão escondidos por trás da linha editorial defendida pelo o impresso O Estado de São Paulo (o Estadão). Tal posicionamento tornou-se escancarado após publicação de editorial publicado nesta sexta-feira (29), que reafirma a posição do impresso na linha de frente em defesa dos interesses dos que atacam sem pudor a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e a Constituição.
“A retórica do Estadão é uma ofensa aos que, há séculos, lutam em defesa de melhores condições de trabalho, valorização da classe trabalhadora e justiça social. O país não está no século XX, como afirmou o editorial, mas, propostas como a jornada de 80 horas semanais nos levarão direto para o século XIX”, disparou o presidente da CTB, Adilson Araújo, ao rebater os ataques do Estadão à CLT e à Constituição Federal.
Araújo lembra que a gestão ilegítima de Michel Temer quer propor um projeto que permita o patronato reduzir salários e até mesmo aumentar a jornada diária de trabalho dos seus empregados.
“O objetivo, segundo vem declarando o próprio ministro interino do Trabalho, Ronaldo Nogueira, é “prestigiar” as convenções coletivas, flexibilizar direitos previstos na CLT e acabar com a Previdência Social. O que eles chamam de modernização enseja um tipo de escravidão contemporânea. Por trás desse discurso, querem implantar a era do "açoite" digital e quem vai sofrer na pele é a classe trabalhadora”.
Criminalização do movimento sindical
De forma escancarada, a linha editorial do impresso criminaliza o movimento sindical, ataca sua história de luta. Para o Estadão, a luta da classe trabalhadora, que vem de séculos e que somente a partir dos anos de 1940 alcançaram ganhos, não possui fundamento, tendo em vista as mudanças empreendidas pelos avanços tecnológicos. Ou seja, a máquina deve ditar as regras ao homem.
Dentre as propostas defendidas por Temer e as quais o Estadão chama de “modernização” tem como objetivo desvalorização, entre outros açoites, aumento da idade mínima, fim da CLT, ameaça à política de reajuste no salário mínimo.
Nivaldo Santana, vice-presidente da CTB, salienta que “como porta-voz das elites, o Estadão criminaliza a resistência unitária, reafirmada na última plenária das Centrais, aos projetos “Ponte do Futuro” e “Travessia Social”, ambos de autoria do interino Michel Temer (PMDB)”.
E completa: “Na prática, como não será mais preciso observar a CLT em relação à jornada e a salário, as empresas poderão condicionar aumentos salariais, por exemplo, ao maior parcelamento de férias, redução de intervalo de almoço ou aumento de jornada diária”.
“Os ataques ao movimento sindical não são de hoje”, lembra o secretário-geral da CTB, Wagner Gomes. Segundo ele os setores conservadores reagem a construção da unidade da classe trabalhadora em defesa dos direitos.
“Temer já percebeu que o movimento sindical está alerta e sabe que a pauta retrógrada defendida por ele só terá êxito atacando a espinha dorsal dos setores que representam os interesses dos trabalhadores: os sindicatos, as federações e as centrais”, destacou Gomes.
Boquinha publicitária
Parafraseando o próprio Estadão, ao defender as propostas da gestão interina e os interesses dos orquestradores do golpe perpetrado contra o Estado Democrático de Direito, o que se pretende de fato é garantir “boquinha publicitária” dos atores que dominam a mídia tradicional.
A pergunta que nos incomoda é quando essa mesma mídia escreverá um editorial desancando os sonegadores ou as isenções fiscais promovidas pelo Estado, a primeira camuflada pelo patinho e a segunda pelo já citado discurso da modernização.
Defesa dos interesses dos patrões, em favor de uma gestão golpista e desrespeito à CLT e à Constituição Federal, esses são os argumentos que estão escondidos por trás da linha editorial defendida pelo o impresso O Estado de São Paulo (o Estadão). Tal posicionamento tornou-se escancarado após publicação de editorial publicado nesta sexta-feira (29), que reafirma a posição do impresso na linha de frente em defesa dos interesses dos que atacam sem pudor a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e a Constituição.
“A retórica do Estadão é uma ofensa aos que, há séculos, lutam em defesa de melhores condições de trabalho, valorização da classe trabalhadora e justiça social. O país não está no século XX, como afirmou o editorial, mas, propostas como a jornada de 80 horas semanais nos levarão direto para o século XIX”, disparou o presidente da CTB, Adilson Araújo, ao rebater os ataques do Estadão à CLT e à Constituição Federal.
Araújo lembra que a gestão ilegítima de Michel Temer quer propor um projeto que permita o patronato reduzir salários e até mesmo aumentar a jornada diária de trabalho dos seus empregados.
“O objetivo, segundo vem declarando o próprio ministro interino do Trabalho, Ronaldo Nogueira, é “prestigiar” as convenções coletivas, flexibilizar direitos previstos na CLT e acabar com a Previdência Social. O que eles chamam de modernização enseja um tipo de escravidão contemporânea. Por trás desse discurso, querem implantar a era do "açoite" digital e quem vai sofrer na pele é a classe trabalhadora”.
Criminalização do movimento sindical
De forma escancarada, a linha editorial do impresso criminaliza o movimento sindical, ataca sua história de luta. Para o Estadão, a luta da classe trabalhadora, que vem de séculos e que somente a partir dos anos de 1940 alcançaram ganhos, não possui fundamento, tendo em vista as mudanças empreendidas pelos avanços tecnológicos. Ou seja, a máquina deve ditar as regras ao homem.
Dentre as propostas defendidas por Temer e as quais o Estadão chama de “modernização” tem como objetivo desvalorização, entre outros açoites, aumento da idade mínima, fim da CLT, ameaça à política de reajuste no salário mínimo.
Nivaldo Santana, vice-presidente da CTB, salienta que “como porta-voz das elites, o Estadão criminaliza a resistência unitária, reafirmada na última plenária das Centrais, aos projetos “Ponte do Futuro” e “Travessia Social”, ambos de autoria do interino Michel Temer (PMDB)”.
E completa: “Na prática, como não será mais preciso observar a CLT em relação à jornada e a salário, as empresas poderão condicionar aumentos salariais, por exemplo, ao maior parcelamento de férias, redução de intervalo de almoço ou aumento de jornada diária”.
“Os ataques ao movimento sindical não são de hoje”, lembra o secretário-geral da CTB, Wagner Gomes. Segundo ele os setores conservadores reagem a construção da unidade da classe trabalhadora em defesa dos direitos.
“Temer já percebeu que o movimento sindical está alerta e sabe que a pauta retrógrada defendida por ele só terá êxito atacando a espinha dorsal dos setores que representam os interesses dos trabalhadores: os sindicatos, as federações e as centrais”, destacou Gomes.
Boquinha publicitária
Parafraseando o próprio Estadão, ao defender as propostas da gestão interina e os interesses dos orquestradores do golpe perpetrado contra o Estado Democrático de Direito, o que se pretende de fato é garantir “boquinha publicitária” dos atores que dominam a mídia tradicional.
A pergunta que nos incomoda é quando essa mesma mídia escreverá um editorial desancando os sonegadores ou as isenções fiscais promovidas pelo Estado, a primeira camuflada pelo patinho e a segunda pelo já citado discurso da modernização.
Para se ter uma ideia, ambas representarão aos cofres públicos, somente 2016, 600 bilhões e R$ 300 bilhões, respectivamente. Ou seja, um rombo de quase R$ 1 trilhão.
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