sábado, 30 de julho de 2016

EUA barram Jucá, o homem-forte de Temer

Por Altamiro Borges

Saiu neste sábado (30) no jornal O Globo, o mais chapa-branca da mídia golpista: "O ex-ministro do Planejamento Romero Jucá, que é também presidente do PMDB e principal articulador do governo Temer no Congresso, programou uma viagem aos Estados Unidos, no recesso parlamentar, mas teve o seu pedido de visto negado pelo governo americano, por estar sendo investigado pela Lava-Jato". O fato curioso não virou manchete no diário e nem repercutiu no Jornal Nacional da famiglia Marinho, mas revela bem o caráter do covil golpista resultante do "golpe dos corruptos".

A notinha ainda dá um alerta para os outros interinos do governo ilegítimo de Michel Temer - muitos deles envolvidos em escândalos de corrupção: "Oficialmente, segundo o Ministério Público Federal, nenhum dos denunciados na Operação Lava-Jato está proibido de deixar o país, salvo, evidentemente, os que já foram condenados. Informalmente, porém, fontes do MP observam que, mesmo não existindo alerta internacional contra a maioria dos investigados na Lava-Jato, autoridades de muitos países realmente têm negado acesso aos investigados por corrupção no Brasil. E que Jucá não foi o primeiro dos enrascados na operação a levar a porta na cara de outro país".

O oportunista Romero Jucá foi um dos líderes do golpe parlamentar que resultou no impeachment da presidenta Dilma. Logo após o assalto ao Palácio do Planalto, ele foi nomeado para o Ministério do Planejamento e passou a ser tratado pela mídia chapa-branca como "homem-forte" do Judas Michel Temer. Sua ascensão, porém, não durou muitos dias. Ele foi o primeiro "sinistro" a ser defecado após a revelação de grampos da Polícia Federal que indicavam sua participação no esquema de corrupção da Petrobras e o seu intento de "estancar a sangria" das investigações da Lava-Jato.

Mesmo exonerado, Romero Jucá seguiu dando ordens em Brasília. A mídia chapa-branca publicou - sem qualquer comentário mais cáustico - várias fotos do defenestrado em "reuniões de trabalho" no Palácio do Planalto. Um articulista da Folha chegou a chamá-lo de "ministro oculto". Nos bastidores do Senado, o peemedebista chegou a se jactar da sua influência no governo. Nos EUA, Romero Jucá é barrado por suspeita de corrupção. Já no Brasil do golpe midiático-judicial-parlamentar, o "homem-forte" do usurpador Michel Temer segue cantando de galo!

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1 comentários:

Anônimo disse...

Esse e qualquer outro cara que tenha ficha na PF ou noutro lugar ignóbil é candidato a levar ferro em certas transas tais como obter um visto aos EUA que requerem ficha limpa, maneira pela qual controlam os bandidos de aumentarem os quadros das gangs locais . . .