quarta-feira, 12 de junho de 2019
Rússia e China: fim do mundo unipolar?
Por Pepe Escobar, no site Outras Palavras:
Um fato extraordinário começou com uma caminhada curta em São Petersburgo, na última sexta-feira.
Depois de um passeio, eles pegaram um barco no Rio Neva, visitaram o lendário navio de cruzeiro Aurora, e deram um pulo no Hermitage, para examinar algumas das obras-primas do Renascimento. Tranquilos, calmos, plenos, a todo o momento parecia que estavam mapeando as entradas e saídas de um novo, emergente mundo multipolar.
O presidente chinês Xi Jinping foi o convidado de honra do presidente russo Vladimir Putin. Foi a oitava viagem de Xi à Rússia desde 2013, quando anunciou a Nova Rota da Seda, ou Iniciativa do Cinturão e Rota (BRI, na sigla em inglês).
Depois de um passeio, eles pegaram um barco no Rio Neva, visitaram o lendário navio de cruzeiro Aurora, e deram um pulo no Hermitage, para examinar algumas das obras-primas do Renascimento. Tranquilos, calmos, plenos, a todo o momento parecia que estavam mapeando as entradas e saídas de um novo, emergente mundo multipolar.
O presidente chinês Xi Jinping foi o convidado de honra do presidente russo Vladimir Putin. Foi a oitava viagem de Xi à Rússia desde 2013, quando anunciou a Nova Rota da Seda, ou Iniciativa do Cinturão e Rota (BRI, na sigla em inglês).
Uma greve em defesa do Brasil
Editorial do site Vermelho:
A paralisação geral marcada para sexta-feira (14) será o mais enérgico pronunciamento popular contra o descalabro social que se instalou no país sobretudo no governo Bolsonaro. Ela tem como mote a defesa da aposentadoria, ameaçada com a proposta de “reforma” da Previdência, mas outros itens se agregam a este por serem igualmente fundamentais na constituição do tecido social do país. Sem dúvida, os mais visíveis deles, nesse momento, é a defesa da Educação, também sob ameaça com os cortes neoliberais, e o combate ao desemprego, que atinge mais de 13 milhões de trabalhadores.
A paralisação geral marcada para sexta-feira (14) será o mais enérgico pronunciamento popular contra o descalabro social que se instalou no país sobretudo no governo Bolsonaro. Ela tem como mote a defesa da aposentadoria, ameaçada com a proposta de “reforma” da Previdência, mas outros itens se agregam a este por serem igualmente fundamentais na constituição do tecido social do país. Sem dúvida, os mais visíveis deles, nesse momento, é a defesa da Educação, também sob ameaça com os cortes neoliberais, e o combate ao desemprego, que atinge mais de 13 milhões de trabalhadores.
A Globo e a conspiração
Por Jeferson Miola, em seu blog:
A Globo dobrou a aposta diante do monumental escândalo que desmoralizou por completo a Lava Jato.
Enquanto a imprensa ao redor do mundo se escandaliza com a revelação das práticas mafiosas de Moro, Dallagnol e procuradores da Lava Jato [aqui], o conglomerado da família Marinho assumiu a defesa incondicional dos mafiosos e atacou o que classifica serem “provas ilegais” obtidas pelo site The Intercept junto a hackers para “atacar” sua santidade, a Lava Jato [aqui].
A Globo dobrou a aposta diante do monumental escândalo que desmoralizou por completo a Lava Jato.
Enquanto a imprensa ao redor do mundo se escandaliza com a revelação das práticas mafiosas de Moro, Dallagnol e procuradores da Lava Jato [aqui], o conglomerado da família Marinho assumiu a defesa incondicional dos mafiosos e atacou o que classifica serem “provas ilegais” obtidas pelo site The Intercept junto a hackers para “atacar” sua santidade, a Lava Jato [aqui].
Sergio Moro ladeira abaixo
Por Leandro Fortes
Sérgio Moro, vendo o chão sumir, agarra-se ao desespero, esse companheiro febril: o ex-ministro em atividade alega, agora, que os hackers imaginários do Telegram podem ter criado falsas mensagens para incriminá-lo.
Qualquer um que não tenha demência bolsonarista sabe que Moro mente, sempre mentiu.
Ele mesmo havia dito que não via nenhum problema nas mensagens vazadas pelo The Intercept Brasil. Agora, desafinando em coletivas, decidiu adotar a estratégia de desrespeitar a inteligência alheia.
Sérgio Moro, vendo o chão sumir, agarra-se ao desespero, esse companheiro febril: o ex-ministro em atividade alega, agora, que os hackers imaginários do Telegram podem ter criado falsas mensagens para incriminá-lo.
Qualquer um que não tenha demência bolsonarista sabe que Moro mente, sempre mentiu.
Ele mesmo havia dito que não via nenhum problema nas mensagens vazadas pelo The Intercept Brasil. Agora, desafinando em coletivas, decidiu adotar a estratégia de desrespeitar a inteligência alheia.
O STF e o escândalo da privatização
Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:
O Supremo Tribunal Federal (STF) adotou uma decisão bastante polêmica na quinta-feira, dia 6 de junho. O pleno foi chamado a se manifestar a respeito da necessidade de autorização legal prévia para que seja levada à privatização qualquer empresa estatal.
A corte surpreendeu ao oferecer uma solução que contraria aspectos essenciais do processo jurídico previsto na nossa legislação no que se refere à alienação de patrimônio público, por meio de processo de privatização. A interpretação vigente até então entendia que a exigência de autorização legal prévia deriva do fato de que as empresas estatais só podem ser criadas por meio de lei. Assim, para que sua transferência ao setor privado se efetivasse, seria necessária também uma autorização legal para tanto.
O Supremo Tribunal Federal (STF) adotou uma decisão bastante polêmica na quinta-feira, dia 6 de junho. O pleno foi chamado a se manifestar a respeito da necessidade de autorização legal prévia para que seja levada à privatização qualquer empresa estatal.
A corte surpreendeu ao oferecer uma solução que contraria aspectos essenciais do processo jurídico previsto na nossa legislação no que se refere à alienação de patrimônio público, por meio de processo de privatização. A interpretação vigente até então entendia que a exigência de autorização legal prévia deriva do fato de que as empresas estatais só podem ser criadas por meio de lei. Assim, para que sua transferência ao setor privado se efetivasse, seria necessária também uma autorização legal para tanto.
The Intercept mostra miséria da mídia
Uma pergunta se recusa a calar: por qual razão o vazamento dos arquivos da Lava-Jato não teve como desaguadouro nenhum veículo da mídia comercial do país? Nem mesmo aquele que se vangloria – ou se vangloriava – de estar com o rabo preso apenas ao leitor?
Em condições normais seria o caminho natural. Porém, como a mídia hegemônica brasileira sempre teve uma postura militante pró-República de Curitiba sem dar voz ao contraditório, obstruiu ela própria o aporte de informações que desmentem sua pregação. Se trabalhou a figura do juiz Sergio Moro como uma divindade que descia do Olimpo para fazer o bem na Terra, de que forma trataria revelações que expõem os pés de barro do semideus que engendrou?
Em condições normais seria o caminho natural. Porém, como a mídia hegemônica brasileira sempre teve uma postura militante pró-República de Curitiba sem dar voz ao contraditório, obstruiu ela própria o aporte de informações que desmentem sua pregação. Se trabalhou a figura do juiz Sergio Moro como uma divindade que descia do Olimpo para fazer o bem na Terra, de que forma trataria revelações que expõem os pés de barro do semideus que engendrou?
O messianismo perverso da Lava Jato
Por Magali do Nascimento Cunha, na revista CartaCapital:
Messias, mais do que um nome, é, na origem do termo hebraico mashiah (ungido), um título atribuído a uma pessoa escolhida por Deus para resgatar o povo das mazelas, um salvador, que implantaria, com suas ações, uma nova ordem social. Jesus de Nazaré foi aclamado por seus seguidores como mashiah, traduzido na língua mais usada na época, o grego, por christos.
A partir desta compreensão, passaram a ser identificadas situações no mundo em que, para além de Jesus, figuras religiosas ou grupos, com motivação religiosa, liderados por uma personalidade carismática, assumiam o papel de Messias em causas as mais diversas. Estes são denominados movimentos messiânicos.
Messias, mais do que um nome, é, na origem do termo hebraico mashiah (ungido), um título atribuído a uma pessoa escolhida por Deus para resgatar o povo das mazelas, um salvador, que implantaria, com suas ações, uma nova ordem social. Jesus de Nazaré foi aclamado por seus seguidores como mashiah, traduzido na língua mais usada na época, o grego, por christos.
A partir desta compreensão, passaram a ser identificadas situações no mundo em que, para além de Jesus, figuras religiosas ou grupos, com motivação religiosa, liderados por uma personalidade carismática, assumiam o papel de Messias em causas as mais diversas. Estes são denominados movimentos messiânicos.
Relação Globo-Lava Jato: conteúdo explosivo
Da Rede Brasil Atual:
A relação da Rede Globo com o juiz Sergio Moro e os procuradores da Operação Lava Jato é uma ameaça à democracia no país, defendeu hoje (12) o professor da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP) Laurindo Lalo Leal Filho, em entrevista à edição da tarde do Jornal Brasil Atual, na Rádio Brasil Atual. “Esse compromisso da mídia com o Sergio Moro e a Lava Jato vem sendo um grande entrave para o processo democrático brasileiro, porque apenas uma visão do processo está sendo veiculada pela mídia. Essa aproximação é antidemocrática, inconstitucional e de alguma maneira precisa ser enfrentada por aqueles que querem defender a democracia no Brasil”, disse o especialista em análise da mídia televisiva.
Globo teme os vazamentos do Intercept
Por Altamiro Borges
O furo jornalístico do site The Intercept, que até justificaria mais um Prêmio Pulitzer ao seu editor, Glenn Greenwald, segue gerando pânico na chamada “República de Curitiba” e também no laranjal em Brasília. As mensagens vazadas comprovam que a midiática Operação Lava-Jato foi uma farsa jurídica, o maior escândalo da história do Judiciário brasileiro. Muitos já sabiam desses crimes, mas agora The Intercept garante as provas concretas.
O furo jornalístico do site The Intercept, que até justificaria mais um Prêmio Pulitzer ao seu editor, Glenn Greenwald, segue gerando pânico na chamada “República de Curitiba” e também no laranjal em Brasília. As mensagens vazadas comprovam que a midiática Operação Lava-Jato foi uma farsa jurídica, o maior escândalo da história do Judiciário brasileiro. Muitos já sabiam desses crimes, mas agora The Intercept garante as provas concretas.