sábado, 29 de junho de 2019
Avião, cocaína e a tragédia do desemprego
Por Umberto Martins, no site da CTB:
Enquanto o presidente Jair Bolsonaro esmera-se na arte de achincalhar a imagem do Brasil no exterior, com um escândalo de 39 quilos a bordo de um avião presidencial, o IBGE divulga mais um retrato aterrador do mercado de trabalho brasileiro.
O número de trabalhadoras e trabalhadores considerados subutilizados, que inclui desempregados, desalentados e subocupados, subiu a 28,5 milhões, um trágico recorde. Desempregados diretos (que continuam procurando emprego diariamente, mas não encontram) são 13 milhões. Para quem é jovem o cenário é mais sombrio: 27% estão desocupados. A informalidade continua em alta, em detrimento do trabalho formal, com carteira assinada.
O número de trabalhadoras e trabalhadores considerados subutilizados, que inclui desempregados, desalentados e subocupados, subiu a 28,5 milhões, um trágico recorde. Desempregados diretos (que continuam procurando emprego diariamente, mas não encontram) são 13 milhões. Para quem é jovem o cenário é mais sombrio: 27% estão desocupados. A informalidade continua em alta, em detrimento do trabalho formal, com carteira assinada.
Pauta regressiva tem que ser barrada
Por Eleonora de Lucena e Rodolfo Lucena, no site Tutaméia:
Na sua análise, a agenda regressiva da extrema direita está gerando reações no exterior e, sobretudo, aqui. “A oposição está se aproveitando dos erros sucessivos do governo. Não só a oposição parlamentar, mas oposição social. Mulheres, negros, estudantes, LGBTs, cineastas, cantores: todos estão vendo que a pauta destrutiva em curso tem que ser parada. A força do pessoal que autenticamente rejeita a barbárie é muito grande.
O ataque à soberania nacional que o governo Bolsonaro está patrocinando não tem precedentes. Por isso a questão nacional nunca foi tão relevante. A oposição, no Congresso e nas ruas, precisa agir. É o que afirma o economista Paulo Nogueira Batista Jr. em entrevista ao Tutaméia.
Na sua análise, a agenda regressiva da extrema direita está gerando reações no exterior e, sobretudo, aqui. “A oposição está se aproveitando dos erros sucessivos do governo. Não só a oposição parlamentar, mas oposição social. Mulheres, negros, estudantes, LGBTs, cineastas, cantores: todos estão vendo que a pauta destrutiva em curso tem que ser parada. A força do pessoal que autenticamente rejeita a barbárie é muito grande.
Sindicalismo e os protagonistas relevantes
Por João Guilherme Vargas Netto
A medida provisória 873, de 1º de março deste ano – a medida provisória do boleto sindical – caducou, perdeu validade.
Editada às vésperas do Carnaval com a intenção malévola de desorganizar ainda mais as relações de trabalho e garrotear os sindicatos dos trabalhadores não teve o apoio das direções partidárias nem das direções das grandes empresas; a malvadeza de Rogério Marinho somente prosperou entre os contadores de empresas dirigidas por patrões-piratas.
As direções sindicais e os deputados ligados aos trabalhadores fizeram um bom trabalho que levou à falência da medida provisória dificultando a instalação e os trabalhos da comissão especial que a analisaria.
A medida provisória 873, de 1º de março deste ano – a medida provisória do boleto sindical – caducou, perdeu validade.
Editada às vésperas do Carnaval com a intenção malévola de desorganizar ainda mais as relações de trabalho e garrotear os sindicatos dos trabalhadores não teve o apoio das direções partidárias nem das direções das grandes empresas; a malvadeza de Rogério Marinho somente prosperou entre os contadores de empresas dirigidas por patrões-piratas.
As direções sindicais e os deputados ligados aos trabalhadores fizeram um bom trabalho que levou à falência da medida provisória dificultando a instalação e os trabalhos da comissão especial que a analisaria.
Curuguaty e a mobilização dos paraguaios
Por Leonardo Wexell Severo
Os movimentos populares paraguaios do campo e da cidade começaram a realizar uma série de mobilizações em apoio ao juiz Emiliano Rolón Fernández, acusado pela procuradora geral do Estado, Sandra Quiñonez, de “mal desempenho em suas funções” por ter absolvido os camponeses condenados pelo massacre de Curuguaty.
Comandado por seguidores do general Alfredo Stroessner, que governou o país por 45 anos (1954-1989) e amigos de Blas Riquelme (ex-presidente do Partido Colorado, o da ditadura), que se autoproclamava proprietário de Marina Kue, em Curuguaty, o Júri de Acusação de Magistrados (JEM) marcou para o próximo dia 9 de julho a decisão sobre o futuro de Emiliano.
Os movimentos populares paraguaios do campo e da cidade começaram a realizar uma série de mobilizações em apoio ao juiz Emiliano Rolón Fernández, acusado pela procuradora geral do Estado, Sandra Quiñonez, de “mal desempenho em suas funções” por ter absolvido os camponeses condenados pelo massacre de Curuguaty.
Comandado por seguidores do general Alfredo Stroessner, que governou o país por 45 anos (1954-1989) e amigos de Blas Riquelme (ex-presidente do Partido Colorado, o da ditadura), que se autoproclamava proprietário de Marina Kue, em Curuguaty, o Júri de Acusação de Magistrados (JEM) marcou para o próximo dia 9 de julho a decisão sobre o futuro de Emiliano.
União Europeia 7x1 Mercosul
Por Marcelo Zero
A apresentação da conclusão do acordo entre a União Europeia e o Mercosul como um “grande avanço” é, provavelmente, a maior fake news do governo Bolsonaro.
O governo e a imprensa venal falam da “grande conquista” de um acordo que demorava 20 anos para ser concluído.
Pudera. Na época em que tínhamos um governo que defendia o Brasil e o Mercosul, os nossos negociadores preferiam não fechar um acordo do que fechar um acordo ruim, lesivo à nossa soberania.
Deve-se entender que em toda negociação comercial, os países participantes têm interesses ofensivos, normalmente vinculados aos seus setores produtivos mais competitivos, e interesses defensivos, relacionados aos seus setores econômicos mais frágeis e que precisam de proteção para se desenvolver.
A apresentação da conclusão do acordo entre a União Europeia e o Mercosul como um “grande avanço” é, provavelmente, a maior fake news do governo Bolsonaro.
O governo e a imprensa venal falam da “grande conquista” de um acordo que demorava 20 anos para ser concluído.
Pudera. Na época em que tínhamos um governo que defendia o Brasil e o Mercosul, os nossos negociadores preferiam não fechar um acordo do que fechar um acordo ruim, lesivo à nossa soberania.
Deve-se entender que em toda negociação comercial, os países participantes têm interesses ofensivos, normalmente vinculados aos seus setores produtivos mais competitivos, e interesses defensivos, relacionados aos seus setores econômicos mais frágeis e que precisam de proteção para se desenvolver.
Urnas apontam novos rumos para a ABI
Por Marcelo Auler, em seu blog:
Bastou darem voz aos sócios da tradicional Associação Brasileira de Imprensa (ABI) que eles se manifestaram uníssonos. Na sexta-feira (27/06), pela segunda vez os associados da Casa do Jornalista foram chamados às urnas para decidirem sobre a futura administração da entidade. A primeira votação, em 16 de maio, com 256 eleitores participando, foi embargada judicialmente pelo ex-presidente da casa, João Domingos Meirelles.
Bastou darem voz aos sócios da tradicional Associação Brasileira de Imprensa (ABI) que eles se manifestaram uníssonos. Na sexta-feira (27/06), pela segunda vez os associados da Casa do Jornalista foram chamados às urnas para decidirem sobre a futura administração da entidade. A primeira votação, em 16 de maio, com 256 eleitores participando, foi embargada judicialmente pelo ex-presidente da casa, João Domingos Meirelles.
Os estádios vazios na Copa América
Por Ricardo Flaitt, no site Lance:
Os grandes eventos esportivos, como a Copa América, em suas peças publicitárias, estão impregnados de mensagens de união e integração dos povos, porém, no mundo real, o que se explicita são estádios vazios, ressaltando o apartheid social a que a população é submetida. A grande massa, que sustenta os campeonatos estaduais e nacionais, diante de valores incompatíveis com a realidade econômica do país, é relegada a assistir os jogos do sofá de sua casa.
Os grandes eventos esportivos, como a Copa América, em suas peças publicitárias, estão impregnados de mensagens de união e integração dos povos, porém, no mundo real, o que se explicita são estádios vazios, ressaltando o apartheid social a que a população é submetida. A grande massa, que sustenta os campeonatos estaduais e nacionais, diante de valores incompatíveis com a realidade econômica do país, é relegada a assistir os jogos do sofá de sua casa.