segunda-feira, 16 de setembro de 2019
Lava-Jato foi decisiva para o golpe de 2016
Março de 2016 entra para a história como o mês em que foram cometidas algumas das maiores trapaças de nossa história política. Os áudios vazados pela Lava Jato para a Rede Globo, naquele mês, reproduzidos dezenas de vezes num mesmo dia, ajudaram a incendiar os ânimos no Congresso, ampliar a bancada golpista aliciada e comandada por Eduardo Cunha e criar o ambiente propício ao impeachment sem crime de responsabilidade.
Reforma sindical: com o pé na mina!
O governo federal criou o Grupo de Altos Estudos do Trabalho (Gaet), instalado em 30 de agosto e que será coordenado pelo ministro do Tribunal Superior do Trabalho, Ives Gandra, o mesmo que atuou na elaboração da reforma trabalhista contida na Lei 13.467/2017.
O objetivo do Gaet é propor novas mudanças na legislação trabalhista para avançar ainda mais na ampla reforma realizada em 2017. Composto por ministros e magistrados da Justiça Trabalhista, o Gaet terá 4 órgãos temáticos, que se reunirão quinzenalmente – o grupo completo se encontrará uma vez por mês. Segundo declaração da juíza do trabalho, do TRT-MG, Ana Fischer, no Twitter: “há muito o que ser feito” para simplificar contratações e revisar o modelo sindical brasileiro (Gazeta do Povo, 30/08/19). Deu para entender?
Bolsonaro pode passar vexame na ONU
Por José Reinaldo Carvalho, no blog Resistência:
O Brasil pode estar às vésperas do maior vexame diplomático da história. Não é uma constatação alarmista da oposição, mas de setores do próprio governo federal, que, lidando com informações privilegiadas, consideram a hipótese de que líderes internacionais se levantem e deixem o recinto da Assembleia Geral da ONU quando Bolsonaro subir à tribuna do órgão internacional e pronunciar o discurso de abertura, caso ele compareça, no dia 24 de setembro.
Levanta a mão quem ainda apoia Bolsonaro!
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
Fora motoristas de táxi, policiais, milicianos, fanáticos religiosos, desmatadores e picaretas em geral, está cada vez mais difícil encontrar alguém que ainda defenda o governo Bolsonaro.
Entre arrependidos, enrustidos e gente que nem toca mais no assunto, o fato é que, segundo todas as últimas pesquisas, a aprovação do ex-capitão caiu para a faixa de 30%, e 50% rejeitam o presidente eleito há menos de um ano.
Os outros 20% continuam em cima do muro como no dia da eleição.
E o que faz a familícia no poder?
Entre arrependidos, enrustidos e gente que nem toca mais no assunto, o fato é que, segundo todas as últimas pesquisas, a aprovação do ex-capitão caiu para a faixa de 30%, e 50% rejeitam o presidente eleito há menos de um ano.
Os outros 20% continuam em cima do muro como no dia da eleição.
E o que faz a familícia no poder?
Deputado do PSL e o Brasil miliciano
Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:
Vestindo uma farda militar repleta de medalhas de condecorações, um deputado bolsonarista subiu ao púlpito para oferecer um freela para assassinos: R$ 10 mil em troca da morte de um suspeito de ter assassinado uma mulher naquela mesma manhã, na região metropolitana de Vitória, Espírito Santo. Estava ali um representante do povo, na casa do povo, requisitando os serviços de um matador de aluguel. Um homem com carreira militar, condicionado a cumprir e a fazer cumprir as leis, estava ali, na casa onde se fazem leis, procurando um parceiro para a co-autoria de um crime. Poderia ser uma cena de comédia surrealista, mas é só mais um episódio corriqueiro no Brasil bolsonarista, o Brasil miliciano do PSL.
Vale segue com apetite para matar
Por Aloisio Morais, no site Jornalistas Livres:
Todo ano acontece a mesma coisa: a Vale trata de colocar fogo na mata junto à Cachoeira da Jangada, entre Córrego do Feijão e Casa Branca, distritos de Brumadinho, segundo os atentos moradores vizinhos. O objetivo já se sabe: destruir a mata para que a empresa possa obter autorização dos órgãos ambientais para expandir a extração de minério de ferro, que ainda há muito por lá. Foi ali perto que estourou a barragem que matou 248 pessoas no fatídico dia 25 de janeiro. Ainda há 22 pessoas desaparecidas. Até quando?
Todo ano acontece a mesma coisa: a Vale trata de colocar fogo na mata junto à Cachoeira da Jangada, entre Córrego do Feijão e Casa Branca, distritos de Brumadinho, segundo os atentos moradores vizinhos. O objetivo já se sabe: destruir a mata para que a empresa possa obter autorização dos órgãos ambientais para expandir a extração de minério de ferro, que ainda há muito por lá. Foi ali perto que estourou a barragem que matou 248 pessoas no fatídico dia 25 de janeiro. Ainda há 22 pessoas desaparecidas. Até quando?
'Fake news' e o ódio sob anonimato
Por Isaías Dalle, no site Carta Maior:
Exceto países da África e alguns do Oriente, o Brasil foi o último, naquele planeta dividido entre metrópoles imperiais, colônias e povos em luta pela autonomia, a permitir a existência de jornais, panfletos e outros impressos. A autorização para a existência de máquinas capazes de imprimir e propagar ideias chegou junto com a Corte de D. João VI, em 1808. Porém, o surgimento de uma imprensa regular e diversa em solo brasileiro só aconteceria mesmo a partir da segunda década dos anos 1800.
Exceto países da África e alguns do Oriente, o Brasil foi o último, naquele planeta dividido entre metrópoles imperiais, colônias e povos em luta pela autonomia, a permitir a existência de jornais, panfletos e outros impressos. A autorização para a existência de máquinas capazes de imprimir e propagar ideias chegou junto com a Corte de D. João VI, em 1808. Porém, o surgimento de uma imprensa regular e diversa em solo brasileiro só aconteceria mesmo a partir da segunda década dos anos 1800.