"Laranjal do PSL" implica Bolsonaro

Da Rede Brasil Atual:

Reportagem do jornal Folha de S. Paulo deste domingo (6) aponta que o depoimento de um ex-assessor parlamentar do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, e uma planilha apreendida em uma gráfica sugerem o desvio de recursos do esquema de candidaturas laranjas do PSL em Minas Gerais para as campanhas de Jair Bolsonaro à presidência da República e de Marcelo Álvaro a deputado federal. A prática configuraria caixa 2, movimentação de recursos de campanha sem declaração oficial à Justiça

IBGE mostra má-fé neoliberal

Editorial do site Vermelho:

Pesquisas sobre desigualdade social no Brasil revelam na verdade o óbvio ululante. Essa categoria rodriguiana acaba de ser novamente mostrada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF). Os dados indicam que apenas 2,7% das famílias acumularam 20% do total da renda entre os anos de 2017 e 2018. Outra informação relevante é que na última POF, de 2007-08, o percentual de concentração era ainda maior: 22,1% da renda ficava entre as famílias com renda superior a dez salários mínimos.

A arte contra a opressão

Por Chico D’Angelo, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

Governos autoritários temem o poder de expressão e o anseio de liberdade manifestado pela criação artística através dos tempos. Ditaduras costumam tentar exercer forte controle ideológico sobre as manifestações artísticas, submetendo a criação ao crivo da censura ou tentando domesticá-la a partir da lógica da propaganda.

A censura federal atuou durante a ditadura militar instaurada em 1964, por exemplo, vendo na criação artística inimigo em potencial que poderia fomentar a subversão. Especialmente após o lançamento do Ato Institucional 5 (AI-5), em 1968, o cinema, as artes plásticas, a literatura e o teatro foram constante e ostensivamente acossados por censores desvairados. A máquina de tortura dos porões também atuou contra dezenas de artistas brasileiros.


Paulo Guedes segue cavalgando a tragédia

Por Marcelo Manzano, no site da Fundação Perseu Abramo:

O rosário de reformas de inspiração ultraliberal que vêm sendo desfiado desde que a presidenta Dilma foi golpeada (a imposição do teto de gastos, a reforma trabalhista, a MP da “liberdade econômica” e agora a quase concluída reforma da Previdência) não cumpriram com nenhuma de suas promessas, tão somente prolongando a estagnação econômica que angustia a sociedade brasileira e deixa a grande maioria da população ao Deus dará.

A Globo conseguirá evitar sua ruína?

Por Hildegard Angel, em seu blog:

Que irônico é o destino da Rede Globo. Acuada pela possibilidade de extinção da “reserva de mercado” das comunicações no país, dado o desejo manifesto de Donald Trump de a AT&T entrar aqui para concorrer com ela; sob prejuízo mensal de cerca de 100 milhões imposto pelo fracasso econômico do país e o boicote publicitário de Bolsonaro; ameaçada pela concorrência cada vez maior dos veículos de mídia dos neopentecostais – formadores da opinião de enorme fatia de nosso povo, exército de crentes obedientes ao “voto de cabresto” ordenado por bispos e pastores, nesse contexto catastrófico, a única possibilidade de salvação para a Globo é se compor com um líder político carismático capaz de sensibilizar e mobilizar multidões, e assim mudar o curso desse desastre iminente que dela se aproxima. E esse líder se chama Luís Inácio Lula da Silva.

Da prisão, Lula "trucou" a Lava-Jato

Por Guilherme Boulos, na revista CartaCapital:

A Lava Jato vive a sua maior crise desde o seu início. As revelações do site The Intercept, em junho, abriram a porta. A operação acaba, porém, de sofrer seu revés mais importante, com a decisão do STF que assegura o direito de manifestação final da defesa após aquela dos delatores, tese que pode anular várias sentenças de Curitiba. A derrota foi acompanhada de requintes de desmoralização, com as inacreditáveis declarações do ex-PGR Rodrigo Janot que colocaram em xeque o equilíbrio do então chefe das investigações.

A instabilidade na América do Sul

Por Marcelo Zero

Não é apenas no Brasil que a combinação de políticas neoliberais de austeridade com a lawfare contra forças progressistas vem provocando substanciais danos econômicos, sociais e políticos.

No Equador, país que tem boas reservas de petróleo, o presidente Lenín Moreno, que se beneficiou politicamente da absurda perseguição jurídica e política a Rafael Correa, grande liderança progressista, agora resolveu perseguir o povo equatoriano.

Decretou estado de emergência e proibiu reuniões e manifestações em todo o país, bem como o livre trânsito de pessoas, como resposta às revoltas populares que se seguiram ao anúncio das novas medidas econômicas receitadas pelo FMI, entre as quais se destaca a eliminação dos subsídios à gasolina e ao diesel, que tiveram aumentos de 123%.

O castelo da Lava-Jato era de areia

Por Fernando Brito, em seu blog:

Quem “pegou” primeiro o significado da imagem da capa da Veja com Sergio Moro foi o jornalista Luís Costa Pinto.

O ex-juiz, apequenado, está desconfortável na cadeira – ela, visivelmente, não é para alguém com a estatura dele: observem que os pés por um milímetro não ficam balançando no ar. Para sentar ali, diz o mobiliário histórico [do Ministério da Justiça], tem de ser maior em tudo do que essa ameba disforme e sem núcleo pensante.

Bolsonaro tende a ficar mais isolado

Por Emilly Dulce, no jornal Brasil de Fato:

A rápida perda de popularidade do presidente Jair Bolsonaro (PSL) – apontada por seguidas pesquisas de opinião pública desde o início do governo – deve se acentuar com o tempo e deixá-lo cada dia mais isolado, uma vez que o ex-capitão não conseguiu até agora apresentar um projeto para o país nem dispõe de base social capaz de sustentar por muito tempo seu discurso belicista e antipopular.

A avaliação é de João Pedro Stedile, membro da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e da Via Campesina Internacional.

Equador reage ao 'Capitalismo de Desastre'

Foto: Reuters
Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

O Equador está em chamas e agora qualquer prognóstico sobre o futuro imediato do país é incerto. Na quarta-feira (2/10), o governo anunciou abruptamente um conjunto de medidas impopulares, adotadas em sintonia com o FMI, e cujo item mais visível (mas não o mais importante) é o aumento de 123% nos preços dos combustíveis. A população, enfurecida, foi às ruas. Os transportes públicos pararam, por revolta tanto dos trabalhadores quanto dos empresários. A atividade nas escolas foi suspensa.

A nova mentira do senhor Palocci

Do site de Dilma Rousseff:

A propósito do novo vazamento da delação do senhor Antonio Palocci, a Assessoria de Imprensa de Dilma Rousseff esclarece:

1) Não há provas que atestem a veracidade das informações prestadas pelo senhor Antonio Palocci à Polícia Federal. Ele mentiu e a imprensa continua a veicular suas acusações de maneira leviana.

2) A delação do senhor Antonio Palocci não apresenta provas ou sequer indícios de que a presidenta Dilma Rousseff teve conhecimento ou participação direta em supostas ilegalidades. Não há provas que atestem que ela sabia ou tivesse autorizado o BTG Pactual a ter acesso a quaisquer informações sigilosas no âmbito do governo federal, inclusive relativas às informações do Conselho de Política Monetária (Copom).

Brumadinho e os impactos na saúde

Do site do Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz:

Oito meses após o desastre de Brumadinho (MG), em janeiro de 2019, os prognósticos mais uma vez se confirmam: os impactos gerados pela tragédia não se restringem a danos ambientais imediatos ou às mortes que, nesse caso, tornaram o país campeão em número de vítimas fatais em um desastre. Já se registra uma sobrecarga do sistema de saúde local, como foi constatado no balanço realizado por pesquisadores, profissionais de saúde e representantes de movimentos sociais, reunidos em seminário organizado pela Fiocruz, na cidade, em agosto. Os pesquisadores Carlos Machado e Mariano Andrade, do Centro de Estudos e Pesquisas em Emergências e Desastres em Saúde da Fiocruz (Cepedes/Fiocruz), que lá estiveram, analisam o cenário, no vídeo abaixo.