domingo, 27 de outubro de 2019

A Argentina está sendo saqueada

Por Jeferson Miola, em seu blog:         

A Argentina está sendo saqueada.

Com o resultado das PASO [eleições Primárias, Abertas, Simultâneas e Obrigatórias, ocorridas em 11 de agosto] e a expectativa de vitória de Alberto Fernandez e Cristina Kirchner neste domingo, 27/10, a rapinagem neoliberal vive um clima de fim de festa na Argentina; desencadeia estratégias destrutivas contra as finanças nacionais.

É fácil entender esse terrorismo especulativo em que o capital financeiro atua nas 2 pontas: por um lado, cria problemas e dificuldades para o país e, ao mesmo tempo, obriga o governo a atuar não para estancar as perdas, mas para perder ainda mais.

No que vai dar o levante popular do Chile?

Santiago, 23/10/19. Foto: Ivan Alvarado/Reuters
Por Bepe Damasco, em seu blog:

Impressiona e emociona a massa humana que ocupa as ruas de Santiago, Valparaíso, Concepción e outras cidades do Chile. A marcha desta sexta-feira, 25 de outubro, que reuniu 1,2 milhão de pessoas na capital chilena, significa que mais de 1/5 da população da cidade aderiu ao protesto.

Tenho lido e ouvido avaliações de todo tipo sobre este tsunami político. Basicamente, na esquerda brasileira, eu dividiria o sentimento corrente em três categorias, a saber:

Como 'Veja' construiu nova farsa contra Lula

Por Joaquim de Carvalho, no Diário do Centro do Mundo:

A capa da revista Veja desta semana é uma farsa, construída com ajuda de quem quer influir no julgamento sobre a prisão a partir da condenação em segunda instância.

“O Marcos Valério nunca afirmou que Lula é o mandante do assassinato de Celso Daniel”, disse ao DCM o delegado Rodrigo Pinho de Bossi, a autoridade que tomou o depoimento que Veja utiliza para construir a versão de que o ex-presidente está envolvido na morte do ex-prefeito de Celso Daniel.

“A Veja está querendo influir no julgamento da segunda instância, e nessa farsa posso dizer, com certeza, que há a ação de Mara Gabrilli”, afirmou, em referência à senadora do PSDB que é filha de um empresário do setor de ônibus que admitiu, em depoimento a uma CPI de Santo André, que participou, conscientemente, do esquema de corrupção que existia na cidade mesmo antes da administração petista.

Questões sobre o neofascismo (e Bolsonaro)

Por Valério Arcary, no site A terra é redonda:

A ave de rapina não canta.
A desgraça não marca encontro.
A ignorância e o vento são o maior atrevimento.
(Sabedoria popular portuguesa)


Abriu-se um debate teórico-político, inclusive na esquerda, se Bolsonaro é ou não um neofascista. Este debate não é diletantismo. Exige rigor. Quais devem ser os critérios para a classificação de um movimento político? É preciso ser muito sério quando estudamos nossos inimigos. Quem não sabe contra quem luta não pode vencer.

EUA promovem desestabilização na Bolívia

Por Álvaro Verzi Rangel, no site Carta Maior:

A invasão incendiária à sede do Tribunal Eleitoral Regional de Potosí, as ações violentas contra fiscais eleitorais nas regiões de Tarija, Chuquisaca, Oruro e La Paz e o vandalismo contra uma estátua do ex-presidente venezuelano Hugo Chávez na cidade amazônica de Riberalta, confirmam as especulações sobre a existência de um plano golpista dos Estados Unidos contra a Bolívia.

A Central Operária Boliviana (COB) e a Coordenadora Nacional pela Mudança (Conalcam) resolveram declarar estado de emergência e convocaram a uma mobilização pacífica nacional em defesa da democracia, para enfrentar as ações violentas, racistas e antidemocráticas com as que os grupos de extrema-direita tentam convulsionar o país.

Há similaridades entre Bolsonaro e Collor

Por Marcos Coimbra, na revista CartaCapital:

Uma das coisas bonitas da democracia é que, adequadamente institucionalizada, ela oferece oportunidades para o eleitorado rever suas decisões. Os indivíduos sabem que podem errar e é preciso que o sistema lhes permita corrigir votos que considerem equivocados, seja pelo motivo que for.

A realização de eleições periódicas, de preferência próximas umas das outras, é o caminho mais comum para que essas reconsiderações sejam possíveis. Há também uma crescente tendência internacional de buscar soluções que abreviem o prazo para consertar equívocos. Muitos discutem a adoção de alguma forma de voto de referendo ou confirmação, como o chamado recall eleitoral, mediante o qual os eleitores podem retirar o mandato concedido a alguém que os decepcione de maneira grave.

Mídia argentina usa Bolsonaro para intimidar

Por Rafael Duarte, de Buenos Aires, no site do ComunicaSul:

De cada 10 matérias e reportagens sobre as eleições da Argentina na mídia tradicional do país, 9 são críticas aos candidatos da Frente de Todos Alberto Fernandez e Cristina Kirchner, que lideram a corrida presidencial. Nos últimos dias, até o presidente do Brasil Jair Bolsonaro (PSL) foi usado para amedrontar os eleitores que vão às urnas no próximo domingo (27).

O tradicional Clarín publicou na página 9 a matéria “Bolsonaro habló de apartar a la Argentina del Mercosur” , na qual destaca uma declaração recente do brasileiro, em viagem ao Japão, ameaçando retirar a Argentina do Mercosul caso vença a chapa Fernandez/Cristina, numa clara tentativa de interferir no pleito vizinho.