Vai dar um reboliço a notícia publicada pela Veja sobre – provavelmente sem consequências práticas – a ofensiva da Receita Federal contra atores e atrizes contratados pela Rede Globo como pessoas jurídicas (o que abrange quase todos os de primeira linha).
A razão do contrato como PJ são as vantagens dos dois lados: a emissora não recolhe direitos trabalhistas e os contratados pagam muito menos Imposto de Renda: 15% ou menos, dependendo do enquadramento da “empresa”, contra os 27,5% dos demais trabalhadores com os mesmos níveis salariais (na verdade, mesmo os de remuneração muito menor).
É distorção tolerada há três décadas mas a ação fiscal agora tem cara e focinho de retaliação do Governo Bolsonaro à Globo, no couro dos contratados globais.
O problema é que isso não ficará, se for adiante, restrito aos “artistas”.
Na Globo e fora dela, o expediente serve para quase todos os colunistas dos grandes jornais e para os apresentadores de todas as redes de televisão.
Ou será que vai ser só com “galã de novela” e não com os maiores “galãs” da opinião pública, como William Bonner e Luciano Huck, que são milionárias “pessoas jurídicas”?
E o Galvão Bueno, vai sentir? “Diga lá, Tino….”
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