Do blog Viomundo:
O veterano James Risen, um ex-repórter do New York Times, publicou artigo de opinião no influente diário norte-americano afirmando que ataques à imprensa estão se espalhando pelo mundo inspirados no desdém manifestado por Donald Trump em relação aos jornalistas.
Risen traça um paralelo entre o caso de Julian Assange, o fundador do Wikileaks duplamente acusado nos Estados Unidos, e o de Glenn Greenwald, denunciado no Brasil pelo MPF apesar de nem ter sido investigado no caso da VazaJato.
Greenwald, através do site Intercept Brasil e em parceira com diversos órgãos da mídia tradicional, divulgou troca de mensagens entre autoridades do Judiciário - dentre elas o então juiz federal Sergio Moro e o procurador chefe da Lava Jato, Deltan Dallagnol - demonstrando que eles tinham uma agenda política e atropelavam a lei.
No alerta, Risen escreveu:
Os dois casos são parcialmente baseados em um novo conceito prosecutorial, de que o jornalismo pode ser crime se visto através do foco nas interações entre repórteres e suas fontes.
Promotores agora fazem o escrutínio do processo pelo qual as fontes obtém informações secretas ou privadas e em seguida oferecem a jornalistas. Uma vez que estas interações hoje são eletrônicas, os promotores buscam criminalizar o jornalismo com a utilização de lei contra o hacking para implicar repórteres em suposta atividade criminosa cometida por suas fontes para obter acesso a dados de computadores ou telefones celulares sem autorização.
Essa abordagem dá ao governo um enorme poder sobre os jornalistas e, nos Estados Unidos, fornece aos promotores uma forma de escapar da Primeira Emenda.
Se esses casos se tornarem modelos para promotores dos Estados Unidos e de outras nações, praticamente todo repórter investigativo ficará vulnerável a acusações criminais e prisão.
Tanto o governo Trump quanto o governo brasileiro de direita do presidente Jair Bolsonaro parecem ter decidido experimentar essas táticas draconianas anti-imprensa, testando-as primeiro em jornalistas que consideram agressivos e desagradáveis.
No Brasil, assessores do presidente Jair Bolsonaro tentaram afastá-lo da denúncia feita contra Glenn Greenwald argumentando que o MPF é um órgão independente do Executivo.
O veterano James Risen, um ex-repórter do New York Times, publicou artigo de opinião no influente diário norte-americano afirmando que ataques à imprensa estão se espalhando pelo mundo inspirados no desdém manifestado por Donald Trump em relação aos jornalistas.
Risen traça um paralelo entre o caso de Julian Assange, o fundador do Wikileaks duplamente acusado nos Estados Unidos, e o de Glenn Greenwald, denunciado no Brasil pelo MPF apesar de nem ter sido investigado no caso da VazaJato.
Greenwald, através do site Intercept Brasil e em parceira com diversos órgãos da mídia tradicional, divulgou troca de mensagens entre autoridades do Judiciário - dentre elas o então juiz federal Sergio Moro e o procurador chefe da Lava Jato, Deltan Dallagnol - demonstrando que eles tinham uma agenda política e atropelavam a lei.
No alerta, Risen escreveu:
Os dois casos são parcialmente baseados em um novo conceito prosecutorial, de que o jornalismo pode ser crime se visto através do foco nas interações entre repórteres e suas fontes.
Promotores agora fazem o escrutínio do processo pelo qual as fontes obtém informações secretas ou privadas e em seguida oferecem a jornalistas. Uma vez que estas interações hoje são eletrônicas, os promotores buscam criminalizar o jornalismo com a utilização de lei contra o hacking para implicar repórteres em suposta atividade criminosa cometida por suas fontes para obter acesso a dados de computadores ou telefones celulares sem autorização.
Essa abordagem dá ao governo um enorme poder sobre os jornalistas e, nos Estados Unidos, fornece aos promotores uma forma de escapar da Primeira Emenda.
Se esses casos se tornarem modelos para promotores dos Estados Unidos e de outras nações, praticamente todo repórter investigativo ficará vulnerável a acusações criminais e prisão.
Tanto o governo Trump quanto o governo brasileiro de direita do presidente Jair Bolsonaro parecem ter decidido experimentar essas táticas draconianas anti-imprensa, testando-as primeiro em jornalistas que consideram agressivos e desagradáveis.
No Brasil, assessores do presidente Jair Bolsonaro tentaram afastá-lo da denúncia feita contra Glenn Greenwald argumentando que o MPF é um órgão independente do Executivo.
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