Por Fernando Brito, em seu blog:
Teremos livros e cadernos, ano que vem, com desenhos escolares da bandeira brasileira e as letras de hinos pátrios, no ano que vem. “Os pais vão vibrar”, diz o presidente da República, comemorando também que o material didático vai ter menos “um montão de amontoado de coisa escrita”.
Mas, em nossa célere caminhada rumo ao passado, não teremos a TV Escola, ou o uso desta mídia que tem “só” 70 anos, funcionando como suporte aos professores.
Foi o que anunciou hoje o ministro da Educação, Abraham Weintraub ao ator bolsonarista Carlos Vereza, que apresenta uma programa da emissora, o Plano Sequência, sobre cinema brasileiro.
Vereza não entende as acusações presidenciais de que o canal tem uma “programação totalmente de esquerda.”
- Então, o que é que eu estou fazendo lá?
Não é de todo mau que os que viabilizaram a ascensão da ignorância ao poder sejam vítimas disso, mas o grave é que se perde um instrumento – agora muito mais amplo, com a possibilidade de ser multiplataforma, com a internet – indispensável para qualquer processo de educação moderno, ainda que a TV Escola estivesse a quilômetros de ser uma estrutura capaz de executar isso à altura das nossas necessidade.
Lembro de como Darcy Ribeiro lutou para implantar um suporte televisivo ao programa pedagógico dos Cieps, primeiro através de antenas parabólicas – não havia TV a cabo naquele início de anos 80 – e depois, com os vetos do governo federal a este uso, comprando uma hora de transmissão da velha TV Manchete – como fazem os pastores, não é mesmo? – para que o material pudesse ser gravado em videocassete e reproduzido em cada escola.
Nunca tivemos governantes capazes de dar a devida importância ao uso dos meios de comunicação no processo educacional em sua plenitude, mas temos um, agora, que se dedica a destruir o pouco que temos.
É muito mais importante fazer patriotadas primárias que investir em processos modernos de educação de qualidade, com produção de materiais que, pelo alcance, acabam sendo baratos se comparados aos que exigem mídia física.
E que viva a ignorância, que nos eterniza escravos.
Teremos livros e cadernos, ano que vem, com desenhos escolares da bandeira brasileira e as letras de hinos pátrios, no ano que vem. “Os pais vão vibrar”, diz o presidente da República, comemorando também que o material didático vai ter menos “um montão de amontoado de coisa escrita”.
Mas, em nossa célere caminhada rumo ao passado, não teremos a TV Escola, ou o uso desta mídia que tem “só” 70 anos, funcionando como suporte aos professores.
Foi o que anunciou hoje o ministro da Educação, Abraham Weintraub ao ator bolsonarista Carlos Vereza, que apresenta uma programa da emissora, o Plano Sequência, sobre cinema brasileiro.
Vereza não entende as acusações presidenciais de que o canal tem uma “programação totalmente de esquerda.”
- Então, o que é que eu estou fazendo lá?
Não é de todo mau que os que viabilizaram a ascensão da ignorância ao poder sejam vítimas disso, mas o grave é que se perde um instrumento – agora muito mais amplo, com a possibilidade de ser multiplataforma, com a internet – indispensável para qualquer processo de educação moderno, ainda que a TV Escola estivesse a quilômetros de ser uma estrutura capaz de executar isso à altura das nossas necessidade.
Lembro de como Darcy Ribeiro lutou para implantar um suporte televisivo ao programa pedagógico dos Cieps, primeiro através de antenas parabólicas – não havia TV a cabo naquele início de anos 80 – e depois, com os vetos do governo federal a este uso, comprando uma hora de transmissão da velha TV Manchete – como fazem os pastores, não é mesmo? – para que o material pudesse ser gravado em videocassete e reproduzido em cada escola.
Nunca tivemos governantes capazes de dar a devida importância ao uso dos meios de comunicação no processo educacional em sua plenitude, mas temos um, agora, que se dedica a destruir o pouco que temos.
É muito mais importante fazer patriotadas primárias que investir em processos modernos de educação de qualidade, com produção de materiais que, pelo alcance, acabam sendo baratos se comparados aos que exigem mídia física.
E que viva a ignorância, que nos eterniza escravos.
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