Editorial do site Vermelho:
A exasperação do ministro da Economia Paulo Guedes ao chamar os servidores públicos de “parasitas” vai muito além da ofensa propriamente dita. Na exaltação, ele revelou o pensamento do governo Bolsonaro sobre o papel do Estado. Suas desculpas não revogam a concepção de desprezo por essa categoria essencial.
Paulo Guedes tem dito isso abertamente, um meio para passar a mão nos R$ 296 bilhões que diz ser possível “economizar” com a “reforma” administrativa. Ele apenas expressou a forma como essa ideologia vê o povo. Para ela, a sociedade é composta de dois universos, sendo que um, o dos donos do dinheiro, se acha investido, por algum desígnio divino, de plenos poderes para decidir o que o outro deve fazer.
E assim vão empurrando goela abaixo do povo decisões que só interessam aos que parasitam a nação. A lógica desse mundo do dinheiro é o de nivelar o mundo do trabalho por baixo, impondo a precariedade das relações de trabalho para todos os trabalhadores
O caso do funcionalismo público é um clássico do gênero. Em nenhum país que se pretende civilizado o Estado abdica de um corpo de profissionais especializados. A proposta de Guedes e Bolsonaro de acabar com essas carreiras é uma irresponsabilidade e um desrespeito com uma categoria que se formou como parte estratégica do conceito de soberania nacional.
Sua postura o descredencia para defender qualquer ponto de vista e o coloca na posição de não ter nenhuma condição de falar de um tema tão importante como a “reforma” administrativa, que pretende desidratar o Estado.
O comportamento de Paulo Guedes não é diferente dos de outros integrantes do governo, a começar pelo presidente da República Jair Bolsonaro. Pode-se dizer que esse é o governo dos impropérios, que não respeita o limite da decência e, por isso mesmo, distribui agressões machistas, homofóbicas, racistas e xenófobas.
É importante situar a impostura de Paulo Guedes, um ministro ungido por Bolsonaro como espécie de oráculo do governo, um guia com a pretensão de conduzir os brasileiros pelo deserto da destruição nacional com a falsa promessa de que o país chegará a um oásis, sabidamente uma miragem.
No afã de mostrar que esse milagre é possível, ele perde o pé na realidade, o apoio no chão firme. Imagina-se uma divindade e confere a si mesmo o título e as credenciais de senhor suprema do bem e do mal, do que convém ou não ao país.
O tiro de Paulo Guedes está saindo pela culatra. Ninguém angaria respeito com desrespeito, ou exercitando a força e impondo medo. Até porque as pessoas nutrem ojeriza, e não respeito, por aquilo que temem, por aquilo que lhes é enfiado goela abaixo.
Num Estado democrático, questões assim são resolvidas com diálogo, com consideração sobre os diferentes pontos de vista envolvidos. A língua venenosa do ministro serve de alerta para as intenções do governo e comprova, mais uma vez, que democracia e bolsonarismo são conceitos antagônicos.
A exasperação do ministro da Economia Paulo Guedes ao chamar os servidores públicos de “parasitas” vai muito além da ofensa propriamente dita. Na exaltação, ele revelou o pensamento do governo Bolsonaro sobre o papel do Estado. Suas desculpas não revogam a concepção de desprezo por essa categoria essencial.
Paulo Guedes tem dito isso abertamente, um meio para passar a mão nos R$ 296 bilhões que diz ser possível “economizar” com a “reforma” administrativa. Ele apenas expressou a forma como essa ideologia vê o povo. Para ela, a sociedade é composta de dois universos, sendo que um, o dos donos do dinheiro, se acha investido, por algum desígnio divino, de plenos poderes para decidir o que o outro deve fazer.
E assim vão empurrando goela abaixo do povo decisões que só interessam aos que parasitam a nação. A lógica desse mundo do dinheiro é o de nivelar o mundo do trabalho por baixo, impondo a precariedade das relações de trabalho para todos os trabalhadores
O caso do funcionalismo público é um clássico do gênero. Em nenhum país que se pretende civilizado o Estado abdica de um corpo de profissionais especializados. A proposta de Guedes e Bolsonaro de acabar com essas carreiras é uma irresponsabilidade e um desrespeito com uma categoria que se formou como parte estratégica do conceito de soberania nacional.
Sua postura o descredencia para defender qualquer ponto de vista e o coloca na posição de não ter nenhuma condição de falar de um tema tão importante como a “reforma” administrativa, que pretende desidratar o Estado.
O comportamento de Paulo Guedes não é diferente dos de outros integrantes do governo, a começar pelo presidente da República Jair Bolsonaro. Pode-se dizer que esse é o governo dos impropérios, que não respeita o limite da decência e, por isso mesmo, distribui agressões machistas, homofóbicas, racistas e xenófobas.
É importante situar a impostura de Paulo Guedes, um ministro ungido por Bolsonaro como espécie de oráculo do governo, um guia com a pretensão de conduzir os brasileiros pelo deserto da destruição nacional com a falsa promessa de que o país chegará a um oásis, sabidamente uma miragem.
No afã de mostrar que esse milagre é possível, ele perde o pé na realidade, o apoio no chão firme. Imagina-se uma divindade e confere a si mesmo o título e as credenciais de senhor suprema do bem e do mal, do que convém ou não ao país.
O tiro de Paulo Guedes está saindo pela culatra. Ninguém angaria respeito com desrespeito, ou exercitando a força e impondo medo. Até porque as pessoas nutrem ojeriza, e não respeito, por aquilo que temem, por aquilo que lhes é enfiado goela abaixo.
Num Estado democrático, questões assim são resolvidas com diálogo, com consideração sobre os diferentes pontos de vista envolvidos. A língua venenosa do ministro serve de alerta para as intenções do governo e comprova, mais uma vez, que democracia e bolsonarismo são conceitos antagônicos.
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