sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Petardos: As revistas e a morte do miliciano

Por Altamiro Borges

Capa da 'Veja', uma das revistonas que ajudou a chocar o ovo da serpente fascista no país: "O que ele sabia? Fotos do miliciano Adriano da Nóbrega mostram que os tiros contra o ex-capitão do Bope foram dados à curta distância, fortalecendo a suspeita de 'queima de arquivo'”.

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Capa da revista IstoÉ, também apelidada de QuantoÉ nos meios jornalísticos: "Queima de arquivo. A execução do miliciano Adriano da Nóbrega, cujas ligações com a família Bolsonaro se tornaram evidentes, abre um novo capítulo nas investigações".

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Capa da 'CartaCapital', a única revista semanal que nunca compactuou com a onda fascistizante no país: "Morto não fala. Abatido em circunstâncias estranhas, o ex-PM Adriano da Nóbrega era uma prova de que o Brasil tem um presidente miliciano".

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A revista Época relata que João Doria, o ambicioso tucano que sonha com a presidência, decidiu vender o seu jatinho particular por temer o desgaste eleitoral. "O governador de SP havia comprado a aeronave com financiamento do BNDES e se tornou alvo de críticas de Bolsonaro pela operação".

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Segundo a matéria, a aeronave Legacy 650 de prefixo PR-JDJ - referência às iniciais de João Doria Jr. - foi vendida por cerca de US$ 10 milhões. "Ela é equipada com Wi-fi, cobertura global para ligações e tela de alta definição... Com motores potentes, o jato atinge até 987 km/h".

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Ainda de acordo com a Época, o jatinho de João Doria "foi adquirido a juros subsidiados... Em agosto do ano passado, BNDES divulgou lista de 134 contratos para financiamento de jatos da Embraer, num total de R$ 1,921 bilhão. No caso de Doria, o empréstimo foi de R$ 44 milhões".

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Sem alarde, a Época até admite que o "Luciano Huck também foi beneficiado com o programa... O subsídio do BNDES custou R$ 693 milhões em valores corrigidos. Após a divulgação, o presidente Jair Bolsonaro acusou Doria de 'mamar' na era PT e o chamou de 'amigão do Lula e da Dilma'".

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O "marreco de Maringá" segue omisso sobre a morte de Adriano da Nóbrega, o miliciano ligado ao clã Bolsonaro. Até Elio Gaspari, da Folha, ironiza a desculpa do ministro para ter excluído o bandido da lista de criminosos mais procurados do país. "Conta outra, doutor”, debocha.

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Quem também critica o ex-juiz Sergio Moro é o jornalista Juan Arias, do diário espanhol El País. “Como explicar o silêncio do ministro da Justiça até agora sobre a morte do importante miliciano, quando em outras ocasiões parabenizou a polícia por suas ações contra a violência”?

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Nota na Folha revela que a operação que resultou na morte de Adriano Nóbrega teve conhecimento prévio do Ministério da Justiça. “Dias antes da ação, uma das secretarias da pasta de Sergio Moro sondou a possibilidade de apoio de um helicóptero e alguns efetivos". Haja coincidências!

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O site UOL informa que os deputados Filipe Barros (PSL-PR) e Coronel Tadeu (PSL-SP) surgem como administradores de grupos de WhatsApp onde são compartilhadas fake news e ataques contra integrantes do Congresso e do STF. Eles são da tropa de choque do "capetão". Eles serão punidos, Moro?

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Paulo Guedes, o parasita do capital financeiro bajulado pela mídia rentista, é tão fascista e escroto quanto Bolsonaro. O próprio Estadão registra: "Guedes critica dólar baixo: 'Empregada doméstica indo pra Disneylândia. Peraí'". O sujeito é a típica expressão da cloaca burguesa!

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Milhões de desempregados. Milhões nas filas do INSS. Milhões sem o Bolsa Família... E bilhões para os banqueiros. Itaú Unibanco informa que seu lucro líquido somou R$ 28,4 bilhões em 2019, alta de 10,2% em relação a 2018. O Brasil é o inferno do povão e o paraíso dos banqueiros!

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Os ricaços - que bancaram o golpe contra Dilma, que levou ao poder a quadrilha de Michel Temer e resultou na vitória eleitoral do "capetão" fascista - realmente não têm do que reclamar. Além dos banqueiros, os diretores das corporações empresariais estão ganhando muita grana.

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Pesquisa da KPMG com 223 megaempresas no Brasil aponta que seus diretores ganharam em média R$ 2,8 milhões em 2019. Já a remuneração anual dos conselheiros de empresas subiu de R$ 426 mil em 2018 para R$ 541 mil em 2019. Essa cloaca ama Bolsonaro, como atestam várias pesquisas.

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