Editorial do site Vermelho:
Os números do Instituto Datafolha que mostram reprovação de [ presidente] Jair Bolsonaro no combate à pandemia do coronavírus, a Covid-19; os gritos de “basta” e “fora” que se multiplicam das janelas das casas em todo o país, são derivados da irresponsabilidade e incompetência do presidente. Não à toa, ele perde espaço também nas redes sociais, onde ostentava importante popularidade.
Os fatos são facilmente perceptíveis. O mais recente é tentativa de apunhalar a classe trabalhadora com a Medida Provisória (MP) 927, que tira direitos dos trabalhadores, em plena expansão da pandemia. Diante da rejeição ao maior absurdo da chamada MP da Fome – o artigo 18, que na prática deixava muitos trabalhadores sem salários – Bolsonaro foi obrigado a recuar, pelo amplo e forte rechaço da opinião pública, das forças políticas e dos trabalhadores, mas manteve outras medidas também prejudiciais.
Isso mostra que o governo não vacila em jogar nas costas da classe trabalhadora o ônus da crise. E se recusa a olhar para o problema pela perspectiva de que o estímulo ao consumo é um dos caminhos para manter a dinâmica de funcionamento da economia, em especial as pequenas e médias empresas.
Essas, por sua vez, também precisam de apoio afetivo do Estado para sustentar o emprego e sobreviver à crise. Elas precisam de crédito público e aporte financeiro para custear a folha de pagamento e assim alimentar o ciclo consumo-produção. A situação exige que o Estado seja o maior responsável pelo impulso que o Brasil precisa para superar um dos piores momentos de sua história
O Brasil tem o privilégio de ser uma das dez maiores economias do mundo, com uma grande soma de recursos financeiros nas chamadas reservas internacionais. Numa situação de muitas dificuldades para o povo e a economia nacional, esses recursos devem ser canalizados, em primeiro lugar, para garantir a vida das pessoas. E, também, manter as empresas em atividade, evitando uma quebradeira generalizada. Mas o governo brasileiro não tem feito quase nada, longe até mesmo do mínimo necessário, ao contrário do que a maioria dos países estão fazendo em todo o mundo.
A crescente impopularidade de Bolsonaro se dá no momento em que os governadores se mobilizam em busca de soluções para atender as necessidades da população e evitar consequências ainda maiores da pandemia. Exatamente por isso, as ações dos gestores estaduais são muito mais aprovadas do que as poucas de Bolsonaro. Esse é o caminho. Junto com os governadores, é importante a mobilização de prefeitos, dos demais Poderes, dos partidos políticos, das entidades da sociedade civil, dos movimentos sociais e do movimento sindical.
São importantes, também, iniciativas como o “Programa Emergencial” apresentado pelas centrais sindicais. Dentre outras medidas, elas cobram incentivo a “acordos coletivos que preservem os salários e os empregos durante a pandemia” e a criação de um “fundo de emergência para, durante a crise, garantir um salário mínimo mensal para desempregados, informais e conexos”.
O recuo de Bolsonaro na MP que mexe com os direitos dos trabalhadores, mesmo que parcial, mostra a importância da mobilização social intensa, buscando apoio nos mais diversos segmentos sociais e políticos e da ação nas redes sociais, bem como a necessidade de uma ampla e permanente articulação no âmbito do Congresso Nacional.
Os fatos são facilmente perceptíveis. O mais recente é tentativa de apunhalar a classe trabalhadora com a Medida Provisória (MP) 927, que tira direitos dos trabalhadores, em plena expansão da pandemia. Diante da rejeição ao maior absurdo da chamada MP da Fome – o artigo 18, que na prática deixava muitos trabalhadores sem salários – Bolsonaro foi obrigado a recuar, pelo amplo e forte rechaço da opinião pública, das forças políticas e dos trabalhadores, mas manteve outras medidas também prejudiciais.
Isso mostra que o governo não vacila em jogar nas costas da classe trabalhadora o ônus da crise. E se recusa a olhar para o problema pela perspectiva de que o estímulo ao consumo é um dos caminhos para manter a dinâmica de funcionamento da economia, em especial as pequenas e médias empresas.
Essas, por sua vez, também precisam de apoio afetivo do Estado para sustentar o emprego e sobreviver à crise. Elas precisam de crédito público e aporte financeiro para custear a folha de pagamento e assim alimentar o ciclo consumo-produção. A situação exige que o Estado seja o maior responsável pelo impulso que o Brasil precisa para superar um dos piores momentos de sua história
O Brasil tem o privilégio de ser uma das dez maiores economias do mundo, com uma grande soma de recursos financeiros nas chamadas reservas internacionais. Numa situação de muitas dificuldades para o povo e a economia nacional, esses recursos devem ser canalizados, em primeiro lugar, para garantir a vida das pessoas. E, também, manter as empresas em atividade, evitando uma quebradeira generalizada. Mas o governo brasileiro não tem feito quase nada, longe até mesmo do mínimo necessário, ao contrário do que a maioria dos países estão fazendo em todo o mundo.
A crescente impopularidade de Bolsonaro se dá no momento em que os governadores se mobilizam em busca de soluções para atender as necessidades da população e evitar consequências ainda maiores da pandemia. Exatamente por isso, as ações dos gestores estaduais são muito mais aprovadas do que as poucas de Bolsonaro. Esse é o caminho. Junto com os governadores, é importante a mobilização de prefeitos, dos demais Poderes, dos partidos políticos, das entidades da sociedade civil, dos movimentos sociais e do movimento sindical.
São importantes, também, iniciativas como o “Programa Emergencial” apresentado pelas centrais sindicais. Dentre outras medidas, elas cobram incentivo a “acordos coletivos que preservem os salários e os empregos durante a pandemia” e a criação de um “fundo de emergência para, durante a crise, garantir um salário mínimo mensal para desempregados, informais e conexos”.
O recuo de Bolsonaro na MP que mexe com os direitos dos trabalhadores, mesmo que parcial, mostra a importância da mobilização social intensa, buscando apoio nos mais diversos segmentos sociais e políticos e da ação nas redes sociais, bem como a necessidade de uma ampla e permanente articulação no âmbito do Congresso Nacional.
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