Por João Guilherme Vargas Netto
Algumas pessoas estranharam o silêncio das direções sindicais quando do anúncio do pibinho de 1%. Este silêncio contrastou com a atoarda na mídia grande, seja surpreendida ou indignada, seja leniente e explicativa, pelos de sempre.
Ao investigar o porquê do silêncio convenceu-me a resposta de um dirigente: “Não foi surpresa, a situação já estava arrochada e o número baixo apenas confirmou isso”; já estava precificado, como dizem os financistas.
Qual é hoje o estado de espírito nas bases sindicais? O que o silêncio esconde?
Uma resposta abrangente é essencial para orientar as ações sindicais e indicar as motivações capazes de engendrar mobilizações.
Nos petroleiros, por exemplo, depois de 20 dias de greve e intervenções do TST, a aceitação do menos pior na fábrica de fertilizantes de Araucária (resignação sobre as demissões e fechamento da fábrica e obtenção de vantagens imediatas para os demitidos) casa-se com a intensa participação das duas federações na luta por impedir que a Petrobras continue aplicando uma política de turnos de trabalho lesiva aos empregados.
O presidente Castello Branco já afirmou que pretende reduzir, em dois anos, os efetivos da empresa de 80 mil (incluindo os 30 mil terceirizados) a 50 mil e neste processo procura extrair mais de cada trabalhador obrigando-os (principalmente os da produção direta) a turnos escorchantes de trabalho.
Entre os petroleiros a resistência é efetiva; ao balanço da greve já se soma a luta pela definição de turnos e de métodos de trabalho compatíveis com a experiência dos trabalhadores. O estado de espírito é, pois, combativo e impõe um esforço unitário às direções sindicais.
Há também entre os funcionários públicos (federais, estaduais e municipais) vontade de luta e de resistência, apesar das dificuldades evidentes. Que mobilizações emergirão? Com qual unidade?
No geral o estado de espírito das bases sindicais é de desconforto e de desconfiança. Desconfiança que será amainada na medida em que as direções souberem enfrentar os problemas sentidos pelos trabalhadores sem grandes eloquências, sem aventuras e com unidade, fazendo ouvir suas vozes.
Algumas pessoas estranharam o silêncio das direções sindicais quando do anúncio do pibinho de 1%. Este silêncio contrastou com a atoarda na mídia grande, seja surpreendida ou indignada, seja leniente e explicativa, pelos de sempre.
Ao investigar o porquê do silêncio convenceu-me a resposta de um dirigente: “Não foi surpresa, a situação já estava arrochada e o número baixo apenas confirmou isso”; já estava precificado, como dizem os financistas.
Qual é hoje o estado de espírito nas bases sindicais? O que o silêncio esconde?
Uma resposta abrangente é essencial para orientar as ações sindicais e indicar as motivações capazes de engendrar mobilizações.
Nos petroleiros, por exemplo, depois de 20 dias de greve e intervenções do TST, a aceitação do menos pior na fábrica de fertilizantes de Araucária (resignação sobre as demissões e fechamento da fábrica e obtenção de vantagens imediatas para os demitidos) casa-se com a intensa participação das duas federações na luta por impedir que a Petrobras continue aplicando uma política de turnos de trabalho lesiva aos empregados.
O presidente Castello Branco já afirmou que pretende reduzir, em dois anos, os efetivos da empresa de 80 mil (incluindo os 30 mil terceirizados) a 50 mil e neste processo procura extrair mais de cada trabalhador obrigando-os (principalmente os da produção direta) a turnos escorchantes de trabalho.
Entre os petroleiros a resistência é efetiva; ao balanço da greve já se soma a luta pela definição de turnos e de métodos de trabalho compatíveis com a experiência dos trabalhadores. O estado de espírito é, pois, combativo e impõe um esforço unitário às direções sindicais.
Há também entre os funcionários públicos (federais, estaduais e municipais) vontade de luta e de resistência, apesar das dificuldades evidentes. Que mobilizações emergirão? Com qual unidade?
No geral o estado de espírito das bases sindicais é de desconforto e de desconfiança. Desconfiança que será amainada na medida em que as direções souberem enfrentar os problemas sentidos pelos trabalhadores sem grandes eloquências, sem aventuras e com unidade, fazendo ouvir suas vozes.
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