Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:
Marcadas para 3 de maio, as eleições para a escolha do novo presidente da Bolívia acabam de ser adiadas por decisão da Justiça Eleitoral daquele país.
Embora o governo tenha justificado a medida em função da pandemia do coronavírus, há uma questão democrática aqui.
Em vez marcar uma nova data para o pleito - num dia qualquer de dezembro, por exemplo - a Justiça eleitoral decidiu adiar as eleições por "tempo indeterminado".
Evitou-se, assim, um compromisso firme com a retomada do processo eleitoral, cautela essencial num país com imensa história de instabilidade política.
No episódio mais recente, em novembro de 2019 ocorreu a um golpe de Estado que forçou a renúncia de Evo Morales, permitindo a posse da autoproclamada presidente, Janine Añez, até hoje no cargo.
Até agora, as últimas pesquisas indicavam que, com 31 pontos, o sindicalista Luis Arce, aliado de Evo Morales, já estava consolidado em primeiro lugar.
Já acumulava mais do que o dobro das intenções de voto de Carlos Mesa, adversário que disputou a eleição com Evo Morales, ficando a própria Añez em terceiro.
Outro aspecto é a geopolítica continental.
Donald Trump retomou o discurso agressivo contra a Venezuela de Maduro, aliada provável de um eventual governo do afilhado de Evo Morales.
Outro fator é a posição do Brasil. Uma das utilidades do acordo diplomático-militar assinado por Jair Bolsonaro com os EUA será reforçar os laços entre Brasília e Washington, permitindo uma pareceria mais ajustada, inclusive para ações na região.
Em 3 de novembro, o eleitorado dos Estados Unidos irá às urnas para votar para presidente.
É possível que só depois disso a população boliviana tenha direito de escolher seu novo presidente em urna, retomando um processo interrompido um ano antes, pelo golpe que forçou Evo a renunciar.
Alguma dúvida?
Marcadas para 3 de maio, as eleições para a escolha do novo presidente da Bolívia acabam de ser adiadas por decisão da Justiça Eleitoral daquele país.
Embora o governo tenha justificado a medida em função da pandemia do coronavírus, há uma questão democrática aqui.
Em vez marcar uma nova data para o pleito - num dia qualquer de dezembro, por exemplo - a Justiça eleitoral decidiu adiar as eleições por "tempo indeterminado".
Evitou-se, assim, um compromisso firme com a retomada do processo eleitoral, cautela essencial num país com imensa história de instabilidade política.
No episódio mais recente, em novembro de 2019 ocorreu a um golpe de Estado que forçou a renúncia de Evo Morales, permitindo a posse da autoproclamada presidente, Janine Añez, até hoje no cargo.
Até agora, as últimas pesquisas indicavam que, com 31 pontos, o sindicalista Luis Arce, aliado de Evo Morales, já estava consolidado em primeiro lugar.
Já acumulava mais do que o dobro das intenções de voto de Carlos Mesa, adversário que disputou a eleição com Evo Morales, ficando a própria Añez em terceiro.
Outro aspecto é a geopolítica continental.
Donald Trump retomou o discurso agressivo contra a Venezuela de Maduro, aliada provável de um eventual governo do afilhado de Evo Morales.
Outro fator é a posição do Brasil. Uma das utilidades do acordo diplomático-militar assinado por Jair Bolsonaro com os EUA será reforçar os laços entre Brasília e Washington, permitindo uma pareceria mais ajustada, inclusive para ações na região.
Em 3 de novembro, o eleitorado dos Estados Unidos irá às urnas para votar para presidente.
É possível que só depois disso a população boliviana tenha direito de escolher seu novo presidente em urna, retomando um processo interrompido um ano antes, pelo golpe que forçou Evo a renunciar.
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