Por Eric Nepomuceno, no site Brasil-247:
Uma economia que cai sempre se levanta. Mas uma vida que se perde nunca é recuperada.
Foi o que disse o presidente da Argentina, Alberto Fernández, ao anunciar ao país a extensão, por mais quinze dias, da quarentena radical aplicada em todo o país.
Lá, quem for pego na rua sem estar indo a uma farmácia, a um supermercado ou a um hospital, vai preso.
Há raríssimas exceções para determinadas atividades previstas no decreto presidencial.
A frase é óbvia. Por que, então, chamou tanto a minha atenção?
Por ressaltar a falta de um mínimo de lucidez de Jair Messias e seus cúmplices por ação ou omissão. Fernández, que durante a sua campanha eleitoral foi chamado de digno representante da “esquerdalha”, uma mistura de esquerda com canalha, pelo (ainda) presidente brasileiro, herdou uma economia mais esfrangalhada ainda que a deixada pelo governo cleptômano de Michel Temer e arruinada pelo pinochetista que atende pelo nome de Paulo Guedes.
A Argentina tem uma dívida cavalar com o Fundo Monetário Internacional, enfrenta uma inflação assustadora, uma moeda fragilizadíssima, praticamente não tem reservas em divisas.
Pois é dentro desse quadro mais que sombrio que o governo anunciou que distribuirá recursos aos pobres e miseráveis, congelou aluguéis e hipotecas por seis meses, e suspendeu praticamente todas as atividades.
“Chegou a hora, rapaziada, de vocês ganharem menos”, disse o presidente ao empresariado, ao mercado financeiro e aos produtores do campo.
Resultado: sua popularidade junto à opinião pública chegou nesta semana a 93%.
Até na capital, Buenos Aires, tradicionalmente avessa ao peronismo, é de 88%.
Sei desde pequeno que a inveja é um sentimento mesquinho, próprio de quem não tem caráter.
Mas não posso deixar de confessar minha profunda inveja do governo de um país que faz parte da minha história de vida.
Enquanto aqui um tresloucado delirante faz o que Jair Messias anda fazendo, e pior, fazendo certamente com aprovação de boa parte de seus asseclas, fardados ou não, empijamados ou não, o governo argentino conseguiu se coordenar com todos os governadores estaduais, inclusive os de uma direita mais que profunda, para agir em coesão total.
O país inteiro parou há quinze dias, e parado vai permanecer por mais quinze.
Os custos dessa luta para diminuir os danos irreversíveis do coronavírus serão altíssimos, por certo.
Vale reiterar a frase do presidente argentino: uma economia que cai sempre se levanta.
Mas uma vida que se perde nunca é recuperada.
Menos, é claro, para Jair Messias e para os que concordam com ele, ou são cúmplices do crime imperdoável de deixar que ele continue fazendo o que faz.
Uma economia que cai sempre se levanta. Mas uma vida que se perde nunca é recuperada.
Foi o que disse o presidente da Argentina, Alberto Fernández, ao anunciar ao país a extensão, por mais quinze dias, da quarentena radical aplicada em todo o país.
Lá, quem for pego na rua sem estar indo a uma farmácia, a um supermercado ou a um hospital, vai preso.
Há raríssimas exceções para determinadas atividades previstas no decreto presidencial.
A frase é óbvia. Por que, então, chamou tanto a minha atenção?
Por ressaltar a falta de um mínimo de lucidez de Jair Messias e seus cúmplices por ação ou omissão. Fernández, que durante a sua campanha eleitoral foi chamado de digno representante da “esquerdalha”, uma mistura de esquerda com canalha, pelo (ainda) presidente brasileiro, herdou uma economia mais esfrangalhada ainda que a deixada pelo governo cleptômano de Michel Temer e arruinada pelo pinochetista que atende pelo nome de Paulo Guedes.
A Argentina tem uma dívida cavalar com o Fundo Monetário Internacional, enfrenta uma inflação assustadora, uma moeda fragilizadíssima, praticamente não tem reservas em divisas.
Pois é dentro desse quadro mais que sombrio que o governo anunciou que distribuirá recursos aos pobres e miseráveis, congelou aluguéis e hipotecas por seis meses, e suspendeu praticamente todas as atividades.
“Chegou a hora, rapaziada, de vocês ganharem menos”, disse o presidente ao empresariado, ao mercado financeiro e aos produtores do campo.
Resultado: sua popularidade junto à opinião pública chegou nesta semana a 93%.
Até na capital, Buenos Aires, tradicionalmente avessa ao peronismo, é de 88%.
Sei desde pequeno que a inveja é um sentimento mesquinho, próprio de quem não tem caráter.
Mas não posso deixar de confessar minha profunda inveja do governo de um país que faz parte da minha história de vida.
Enquanto aqui um tresloucado delirante faz o que Jair Messias anda fazendo, e pior, fazendo certamente com aprovação de boa parte de seus asseclas, fardados ou não, empijamados ou não, o governo argentino conseguiu se coordenar com todos os governadores estaduais, inclusive os de uma direita mais que profunda, para agir em coesão total.
O país inteiro parou há quinze dias, e parado vai permanecer por mais quinze.
Os custos dessa luta para diminuir os danos irreversíveis do coronavírus serão altíssimos, por certo.
Vale reiterar a frase do presidente argentino: uma economia que cai sempre se levanta.
Mas uma vida que se perde nunca é recuperada.
Menos, é claro, para Jair Messias e para os que concordam com ele, ou são cúmplices do crime imperdoável de deixar que ele continue fazendo o que faz.
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