sábado, 14 de março de 2020

Petardo: Regina Duarte está com medo?

Por Altamiro Borges

Cadê Regina Duarte, a namoradinha do “capetão” fascista? Na terça-feira (10), Sérgio Camargo, presidente da Fundação Palmares – órgão da Secretaria de Cultura que visa promover valores da cultura negra – baixou portaria extinguindo sete colegiados que tratam da luta contra o racismo.

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A portaria arbitrária será contestada judicialmente pela Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Quilombolas (Conaq). “Qualquer cidadão comprometido com a democracia, seja quilombola ou não, deve ser contra esse ataque”, afirma Givania Maria, dirigente da entidade.

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Sérgio Camargo, um racista notório, foi nomeado para presidir a Fundação Palmares por Roberto Alvim – ex-secretário da Cultura que só foi defecado após plagiar o nazista Joseph Goebbels em um vídeo institucional. Regina Duarte assumiu a vaguinha no laranjal, mas parece "estar com medo" de exonerar o racista.

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A nomeação de Sérgio Camargo até já chegou a ser suspensa pela Justiça em razão de suas postagens nas redes sociais. Numa delas, o direitista afirmava que a escravidão foi "benéfica"; em outra, ele criticava o “racismo nutella”. Mesmo assim, Regina Duarte ainda o mantém no cargo. Medo do quê?

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A ex-atriz global estava se achando na Secretaria de Cultura. Mas parece “um pum”. Seu medo até se justifica. Além de engolir um "ativista" na Fundação Palmares, ela não consegue nem escolher seus auxiliares. O "capetão" já mostrou que a tal "carta branca" era pura fantasia e anulou uma nomeação da nova secretária “especial”.

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Segundo a Folha, "o veto de Bolsonaro à nomeação feita por Regina Duarte para a Secretaria de Diversidade Cultural foi motivado pela filiação da escolhida ao PSDB. Maria do Carmo Brant consta na Justiça Eleitoral como filiada desde 1989". A ex-tucana até se desfiliou, mas não adiantou.

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"Quando o presidente viu o nome de Brant no Diário Oficial, recebeu a informação da pendência jurídica e reclamações de assessores olavistas. Horas depois, a nomeação estava anulada". Os seguidores do filósofo de orifícios Olavo de Carvalho, guru do "capetão", derrotaram a medrosa ex-atriz global.

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O ex-tucano Xico Graziano, hoje um bolsonarista raivoso, está com algum problema cognitivo. Dias atrás, ele tuitou: "Eu não duvido que comecem a divulgar risco de epidemia de Coronavírus no Brasil para murchar a manifestação de 15 de março". Na quinta-feira (12), porém, ele mudou de ideia.

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O bolsonarista Xico Graziano recuou sem pedir desculpa: "Não irei à manifestação de rua. Acho que nem deveria ser realizada. Eu mesmo estava incrédulo, mas sinto que devemos ser precavidos. Não devemos remar contra a maré. Política fica para depois". O fascistinha ficou com medo?

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A desistência de Xico Graziano virou piada nas redes sociais. "Ué, não foi você que afirmou que a pandemia era manobra da imprensa? Enganou-se?", ironizou um internauta. "Mas não era histeria, Xico?", questionou outra. O "capetão" também recuou do ato fascista nada "espontâneo".

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O capitão – ou "capetão" – deve humilhar em breve mais um general. A especulação é do site UOL: "O ministro-chefe da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, está há pouco mais de sete meses no cargo. Mas [...] já está com a cabeça a prêmio".

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Segundo Tales Faria, a queda do general Luiz Eduardo Ramos foi prognosticada por "líderes partidários em uma conversa informal no gabinete do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ)". O milico juntou-se a Guedes, Regina Duarte e tantos outros na "linha de tiro" de Bolsonaro.

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