Por Fernando Brito, em seu blog:
Haverá, é certo, alguma perda de apoio na classe média, mas não é de crer que a demissão de Sérgio Moro vá reduzir de forma significativa o apoio remanescente a Jair Bolsonaro.
Perde, é verdade. na classe média, mas neste grupo o seu prestígio já estava bastante abalado e os danos, pode-se assim dizer, foram perda sobre perda. Menores, portanto.
Mas que não se subestime o efeito que a distribuição da renda emergencial que o choque da pandemia do novo coronavírus obrigou o governo a fazer não vá provocar efeitos positivos sobre a popularidade do presidente, o que é natural dado o estado de miséria em que se encontra boa parte do país.
Aliás, faz tanto efeito que Donald Trump, nos EUA, fez questão de ter seu nome impresso do cheque da ajuda humanitária que se deu nos EUA, em situação bem melhor que a nossa.
A questão é quanto tempo dura uma medida em favor da população em um governo que é contra ela.
O que acontece quando este auxílio for cortado – quando e como o será – é bomba temporizada para explodir depois e talvez seja, se durar até lá, o golpe fatal na permanência de Paulo Guedes na pasta da economia.
O fato concreto é que o bolsonarismo minguante depende como nunca das falanges que, durante este período de ruas e praças vazias, teimam em manter o aguerrimento de seus simpatizantes, agarrando-se ao impulso assassino da retomada da normalidade.
Bolsonaro, é provável, vai escapar do impeachment, mesmo estropiado e ferido, por falta de condições de formação de uma ampla coalizão contra ele, num primeiro momento e pela inexpressividade política de seu vice, que só lhe tomará o lugar se isso for – aparece que não é – o veredito do grupo militar que segue agregado ao presidente.
Moro, que vive seu momento “fogo de palha” assoprado pela Globo, também não se afigura com horizontes políticos eleitorais promissores.
A crise da economia, que durará muito mais que a da pandemia, é o grande ponto de interrogação colocado diante das forças populares.
Como a iremos confrontar, o que poderemos fazer para que o país volte a almejar algum futuro, e a maneira pela qual seremos capazes de articular alianças políticas com a porção da política que resiste ao projeto autoritário no poder é o que vai definir a saída deste caminho de morte, loucura e dor em que nosso país foi lançado.
Haverá, é certo, alguma perda de apoio na classe média, mas não é de crer que a demissão de Sérgio Moro vá reduzir de forma significativa o apoio remanescente a Jair Bolsonaro.
Perde, é verdade. na classe média, mas neste grupo o seu prestígio já estava bastante abalado e os danos, pode-se assim dizer, foram perda sobre perda. Menores, portanto.
Mas que não se subestime o efeito que a distribuição da renda emergencial que o choque da pandemia do novo coronavírus obrigou o governo a fazer não vá provocar efeitos positivos sobre a popularidade do presidente, o que é natural dado o estado de miséria em que se encontra boa parte do país.
Aliás, faz tanto efeito que Donald Trump, nos EUA, fez questão de ter seu nome impresso do cheque da ajuda humanitária que se deu nos EUA, em situação bem melhor que a nossa.
A questão é quanto tempo dura uma medida em favor da população em um governo que é contra ela.
O que acontece quando este auxílio for cortado – quando e como o será – é bomba temporizada para explodir depois e talvez seja, se durar até lá, o golpe fatal na permanência de Paulo Guedes na pasta da economia.
O fato concreto é que o bolsonarismo minguante depende como nunca das falanges que, durante este período de ruas e praças vazias, teimam em manter o aguerrimento de seus simpatizantes, agarrando-se ao impulso assassino da retomada da normalidade.
Bolsonaro, é provável, vai escapar do impeachment, mesmo estropiado e ferido, por falta de condições de formação de uma ampla coalizão contra ele, num primeiro momento e pela inexpressividade política de seu vice, que só lhe tomará o lugar se isso for – aparece que não é – o veredito do grupo militar que segue agregado ao presidente.
Moro, que vive seu momento “fogo de palha” assoprado pela Globo, também não se afigura com horizontes políticos eleitorais promissores.
A crise da economia, que durará muito mais que a da pandemia, é o grande ponto de interrogação colocado diante das forças populares.
Como a iremos confrontar, o que poderemos fazer para que o país volte a almejar algum futuro, e a maneira pela qual seremos capazes de articular alianças políticas com a porção da política que resiste ao projeto autoritário no poder é o que vai definir a saída deste caminho de morte, loucura e dor em que nosso país foi lançado.
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