Por Altamiro Borges
O novo ministro da Saúde, Nelson Teich, é um fanático bolsonarista. Empresário que fez fortuna na saúde privada, ele tem ligações antigas com os milicos. Nunca atuou no SUS ou teve experiência na saúde pública. É conhecido por sua visão mercantil e sua insensibilidade social.
Em vídeo de abril de 2019, Teich teoriza que na saúde as "escolhas são inevitáveis” e prega descartar os idosos para tratar dos mais jovens. "Pra ela [pessoa idosa] melhorar eu vou gastar praticamente o mesmo dinheiro que eu vou gastar pra investir num adolescente". Os 30 milhões de idosos brasileiros que se cuidem!
Com sua nomeação, as denúncias já pipocam na internet. Regina Pussente, filha de uma ex-paciente terminal com câncer, postou: "Ele se dirigiu a nós e disse o seguinte: 'Não adianta fazer nada, ela vai morrer. Deitem ela na maca da sala ao lado, quando tudo terminar, irei atender'".
Formado pela UERJ, Teich atuou como consultor na área de saúde da equipe de campanha de Bolsonaro. Fundador e presidente do grupo Clínicas Oncológicas Integradas (COI), o oncologista deu assessoria na área de ciência e tecnologia do Ministério da Saúde até janeiro passado.
Bolsonarista e amigo de empreiteiro
O site da Veja relata que a nomeação de Teich "é uma ironia do destino". Ele era o preferido de Bolsonaro já no período da transição. "Só não foi nomeado porque o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), conseguiu apoio das bancadas da saúde e evangélica para indicar Mandetta".
A Veja garante que "a comunidade médica vê com ressalvas a indicação de Teich para chefiar o ministério. O oncologista fez carreira no setor privado e não tem intimidade com a gestão do SUS, que deverá ser um de seus principais desafios frente ao crescimento da Covid-19 no Brasil".
A revista ainda relata que "Teich é amigo do empreiteiro Meyer Nigri, dono da construtora Tecnisa", que fez lobby para que o oncologista assumisse o ministério. "Nigri doou R$9 mil para a candidatura de Bolsonaro e até hoje se mantém como um dos empresários mais próximos ao presidente".
O medo de enxotar Mandetta
Poucas horas antes de ser enxotado, Mandetta disse à revista Veja que o novo ministro da Saúde não terá como sabotar o isolamento social. "Acho que o vírus se impõe. A população se impõe. O vírus não negocia com ninguém. Não negociou com o Trump, não vai negociar com nenhum governo". A conferir!
Na mesma entrevista, Mandetta desabafou que estava exausto. "São 60 dias nessa batalha. Isso cansa". "60 dias tendo de medir palavras. Você conversa hoje, a pessoa diz que concorda, depois muda de ideia e fala tudo diferente". De fato, o "capetão" é arrogante e imbecil!
O jornal El País explica porque o "capetão" demorou tanto para defenestrar o seu ministro. "76% são contra eventual saída de Mandetta da Saúde. Nova pesquisa do Atlas Político confirma apoio ao ministro e queda de popularidade de Bolsonaro nas últimas semanas". O presidente temia o impacto da demissão da “estrela”!
Segundo o El País, "há uma queda progressiva na aprovação de Bolsonaro, que tem desafiado autoridades de saúde ao circular por Brasília, reunir pequenas multidões ao seu redor e comer dentro de estabelecimentos que estão autorizados apenas a vender ou entregar comida a domicílio".
"O governo Bolsonaro é avaliado como ruim ou péssimo por 43% dos entrevistados. Em 20 de fevereiro, o percentual negativo era de 38%. Por outro lado, hoje apenas 23% consideram sua gestão ótima ou boa, seis pontos a menos do que os 29% registrado em 20 de fevereiro", aponta o jornal espanhol El País.
O novo ministro da Saúde, Nelson Teich, é um fanático bolsonarista. Empresário que fez fortuna na saúde privada, ele tem ligações antigas com os milicos. Nunca atuou no SUS ou teve experiência na saúde pública. É conhecido por sua visão mercantil e sua insensibilidade social.
Em vídeo de abril de 2019, Teich teoriza que na saúde as "escolhas são inevitáveis” e prega descartar os idosos para tratar dos mais jovens. "Pra ela [pessoa idosa] melhorar eu vou gastar praticamente o mesmo dinheiro que eu vou gastar pra investir num adolescente". Os 30 milhões de idosos brasileiros que se cuidem!
Com sua nomeação, as denúncias já pipocam na internet. Regina Pussente, filha de uma ex-paciente terminal com câncer, postou: "Ele se dirigiu a nós e disse o seguinte: 'Não adianta fazer nada, ela vai morrer. Deitem ela na maca da sala ao lado, quando tudo terminar, irei atender'".
Formado pela UERJ, Teich atuou como consultor na área de saúde da equipe de campanha de Bolsonaro. Fundador e presidente do grupo Clínicas Oncológicas Integradas (COI), o oncologista deu assessoria na área de ciência e tecnologia do Ministério da Saúde até janeiro passado.
Bolsonarista e amigo de empreiteiro
O site da Veja relata que a nomeação de Teich "é uma ironia do destino". Ele era o preferido de Bolsonaro já no período da transição. "Só não foi nomeado porque o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), conseguiu apoio das bancadas da saúde e evangélica para indicar Mandetta".
A Veja garante que "a comunidade médica vê com ressalvas a indicação de Teich para chefiar o ministério. O oncologista fez carreira no setor privado e não tem intimidade com a gestão do SUS, que deverá ser um de seus principais desafios frente ao crescimento da Covid-19 no Brasil".
A revista ainda relata que "Teich é amigo do empreiteiro Meyer Nigri, dono da construtora Tecnisa", que fez lobby para que o oncologista assumisse o ministério. "Nigri doou R$9 mil para a candidatura de Bolsonaro e até hoje se mantém como um dos empresários mais próximos ao presidente".
O medo de enxotar Mandetta
Poucas horas antes de ser enxotado, Mandetta disse à revista Veja que o novo ministro da Saúde não terá como sabotar o isolamento social. "Acho que o vírus se impõe. A população se impõe. O vírus não negocia com ninguém. Não negociou com o Trump, não vai negociar com nenhum governo". A conferir!
Na mesma entrevista, Mandetta desabafou que estava exausto. "São 60 dias nessa batalha. Isso cansa". "60 dias tendo de medir palavras. Você conversa hoje, a pessoa diz que concorda, depois muda de ideia e fala tudo diferente". De fato, o "capetão" é arrogante e imbecil!
O jornal El País explica porque o "capetão" demorou tanto para defenestrar o seu ministro. "76% são contra eventual saída de Mandetta da Saúde. Nova pesquisa do Atlas Político confirma apoio ao ministro e queda de popularidade de Bolsonaro nas últimas semanas". O presidente temia o impacto da demissão da “estrela”!
Segundo o El País, "há uma queda progressiva na aprovação de Bolsonaro, que tem desafiado autoridades de saúde ao circular por Brasília, reunir pequenas multidões ao seu redor e comer dentro de estabelecimentos que estão autorizados apenas a vender ou entregar comida a domicílio".
"O governo Bolsonaro é avaliado como ruim ou péssimo por 43% dos entrevistados. Em 20 de fevereiro, o percentual negativo era de 38%. Por outro lado, hoje apenas 23% consideram sua gestão ótima ou boa, seis pontos a menos do que os 29% registrado em 20 de fevereiro", aponta o jornal espanhol El País.
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