Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:
O ex-ministro Sergio Moro teria prazo até terça-feira para prestar depoimento à Polícia Federal sobre as acusações que fez a Bolsonaro, de tentar interferir na Polícia Federal para controlar inquéritos pedidos pelo STF, como das fake news.
Acontecendo hoje, em pleno sábado pós-feriado, a Polícia Federal colabora com o ministro Celso de Mello, que tem pressa.
Ele espera que o inquérito seja concluído no prazo de 60 dias, de modo que suas consequências sejam produzidas antes de sua aposentadoria, em novembro.
Além de coroar sua carreira no Supremo com uma ação de grande envergadura, que pode ter como consequência, em tese, até mesmo o afastamento do presidente da República, Mello quer evitar a possibilidade de ser substituído, como relator, pelo ministro que será indicado por Bolsonaro para sua vaga.
Acelerando o ritmo do inquérito, a Polícia Federal também se prevalece do fato de a instituição estar sem diretor-geral, por conta da liminar do ministro Alexandre de Morais, de proibir a nomeação de Alexandre Ramagem para o cargo, alegando que sua escolha, por Bolsonaro, fere o princípio da impessoalidade na administração. Como é sabido, ele é um amigo do peito do presidente e de seus filhos.
A PF aproveita então para trabalhar com independência e livre de pressões, enquanto Bolsonaro não nomeia outro diretor-geral, ou decide esperar pelo julgamento de recurso que mandou a AGU apresentar.
O depoimento de Moro será tomado por dois delegados que já atuam no Sinq (Serviço de Inquéritos Especiais, pedidos pelo STF) e por três procuradores indicados pelo procurador-geral Augusto Aras.
Segundo fontes jurídicas, Mello espera não ter que prorrogar o prazo para a conclusão do inquérito.
Isso significa que ele deve ser concluído no final de junho, ou no início de julho.
Com base nas conclusões, o PGR poderá ou não apresentar denúncia contra Bolsonaro ao STF, que pedirá à Câmara licença para processá-lo.
Se houver denúncia, o caso aportará na Câmara em agosto.
Quando concedida, conforme manda a Constituição, o presidente é afastado inicialmente por 180 dias, até que seja julgado, perdendo o cargo se condenado.
Por isso Bolsonaro também tem outra pressa, a de montar uma base de apoio aliciando fisiológicos do Centrão.
Ele precisaria de pelo menos 172 votos para barrar o pedido de licença, como fez Temer.
Mas Bolsonaro não tem, nem seus auxiliares, a expertise de Temer em operar no balcão das barganhas políticas.
O ex-ministro Sergio Moro teria prazo até terça-feira para prestar depoimento à Polícia Federal sobre as acusações que fez a Bolsonaro, de tentar interferir na Polícia Federal para controlar inquéritos pedidos pelo STF, como das fake news.
Acontecendo hoje, em pleno sábado pós-feriado, a Polícia Federal colabora com o ministro Celso de Mello, que tem pressa.
Ele espera que o inquérito seja concluído no prazo de 60 dias, de modo que suas consequências sejam produzidas antes de sua aposentadoria, em novembro.
Além de coroar sua carreira no Supremo com uma ação de grande envergadura, que pode ter como consequência, em tese, até mesmo o afastamento do presidente da República, Mello quer evitar a possibilidade de ser substituído, como relator, pelo ministro que será indicado por Bolsonaro para sua vaga.
Acelerando o ritmo do inquérito, a Polícia Federal também se prevalece do fato de a instituição estar sem diretor-geral, por conta da liminar do ministro Alexandre de Morais, de proibir a nomeação de Alexandre Ramagem para o cargo, alegando que sua escolha, por Bolsonaro, fere o princípio da impessoalidade na administração. Como é sabido, ele é um amigo do peito do presidente e de seus filhos.
A PF aproveita então para trabalhar com independência e livre de pressões, enquanto Bolsonaro não nomeia outro diretor-geral, ou decide esperar pelo julgamento de recurso que mandou a AGU apresentar.
O depoimento de Moro será tomado por dois delegados que já atuam no Sinq (Serviço de Inquéritos Especiais, pedidos pelo STF) e por três procuradores indicados pelo procurador-geral Augusto Aras.
Segundo fontes jurídicas, Mello espera não ter que prorrogar o prazo para a conclusão do inquérito.
Isso significa que ele deve ser concluído no final de junho, ou no início de julho.
Com base nas conclusões, o PGR poderá ou não apresentar denúncia contra Bolsonaro ao STF, que pedirá à Câmara licença para processá-lo.
Se houver denúncia, o caso aportará na Câmara em agosto.
Quando concedida, conforme manda a Constituição, o presidente é afastado inicialmente por 180 dias, até que seja julgado, perdendo o cargo se condenado.
Por isso Bolsonaro também tem outra pressa, a de montar uma base de apoio aliciando fisiológicos do Centrão.
Ele precisaria de pelo menos 172 votos para barrar o pedido de licença, como fez Temer.
Mas Bolsonaro não tem, nem seus auxiliares, a expertise de Temer em operar no balcão das barganhas políticas.
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